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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

22/01 – São Vicente, Mártir


Este santo bem espanhol, sofreu o martírio com tais requintes de crueldade, que é único nos anais da santidade. O Martirológio Romano resume com detalhes o que a tradição conservou a respeito desse martírio: “Em Valência, na Espanha, São Vicente, levita e mártir. Sob o desalmado prefeito Daciano sofreu cárcere, fome, cavalete, distensão de membros, chapas candentes, grelhas em brasa, e outras espécies de tormentos, até que se evolou ao céu para receber o laurel do martírio. O nobre triunfo de sua paixão Prudêncio o celebrou em versos elegantes; o bem-aventurado Agostinho e o papa São Leão também o enalteceram com os maiores louvores”.

Vicente nasceu em meados do século III em Saragoça (ou, segundo outros, em Huesca), sendo seu pai Eutício e sua mãe Enola, das mais distintas famílias do país. Desde menino foi entregue pelos pais à direção de Valério, bispo de Saragoça, e que depois seria também elevado à honra dos altares, que o formou na piedade e nas ciências divinas e humanas.

Como o bispo santo estava impedido de pregar em virtude da avançada idade, Vicente, ordenado diácono, desempenhou a contento esse cargo em seu lugar.

Pelos fins do ano 303, que foi o princípio da perseguição que os imperadores romanos Diocleciano e Maximiano moveram na Espanha, Daciano, governador da província de Tarragona, a cuja jurisdição pertencia Saragoça e Valência, querendo assinalar seu zelo e atividade em fazer cumprir os decretos imperiais, mandou prender Valério e Vicente, fazendo-os levar, carregados de cadeias, para Valência, onde ficaram na prisão por longo tempo.

Mandando vir diante de si os dois lídimos cristãos, primeiro falou com o santo bispo, mostrando que sua ancianidade e enfermidades mereciam um repouso. Que ele se sujeitasse aos decretos dos Imperadores e seria livre. São Valério pediu a São Vicente que respondesse em seu nome, e o diácono increpou os deuses pagãos, que não são senão demônios, dizendo que estavam prontos a morrer por Jesus Cristo.

Daciano limitou-se a desterrar São Valério, mas reservou a Vicente os piores tormentos como está dito no Martirológio. Mas, depois de tudo, como o Santo se mostrasse contente em sofrer por Cristo, Daciano, que compreendeu que atrás dessa constância só podia estar um poder sobrenatural com o qual não podia lutar, apelou para um diabólico estratagema: levaram o Santo para uma cela toda ornada, e o puseram num leito de delícias. O santo, que suportara todos os tormentos, apenas colocado nessa luxuriosa cama, expirou.

Seu corpo foi lançado no campo para ser devorado pelos abutres, mas foi defendido por uma águia. Daciano então mandou que o lançassem no mar, mas ele veio de novo para a praia, e foi enterrado por piedosa viúva.

Quando a paz foi restaurada, erigiu-se uma capela sobre os restos mortais de Vicente, fora das muralhas de Valência, no mesmo lugar onde hoje ele é venerado num suntuoso templo. A fama do Santo correu toda a Europa, e levou Childerico I, em 542, a trazer para a Gália uma sua dalmática e uma sandália, construindo em sua honra a igreja de São Vicente, mais tarde chamada St-Germain-des-Prés.

No ano 1175 suas relíquias foram levadas para Lisboa, de cujo patriarcado ele é o principal padroeiro.

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O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira é uma associação de direito privado, pessoa jurídica de fins não econômicos, nos termos do novo Código Civil. O IPCO foi fundado em 8 de dezembro de 2006 por um grupo de discípulos do saudoso líder católico brasileiro, por iniciativa do Eng° Adolpho Lindenberg, seu primo-irmão e um de seus primeiros seguidores, o qual assumiu a presidência da entidade.

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