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Plinio Corrêa de Oliveira

Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

Crise moral e religiosa leva à crise política, social e econômica

Por Plinio Corrêa de Oliveira

3 minhá 8 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:48:31 PM


Crise-na-Igreja-ruinas-300x199Na situação brasileira, até que ponto está ameaçado o direito que Deus tem de que sua Religião seja ensinada e apoiada, e que os católicos tenham a liberdade de praticá-la?

Sua Lei tem que ser praticada porque Ele é o Supremo Senhor e Criador de todos os seres. Portanto, a Ele todo mundo deve obediência.

Se analisarmos essas incógnitas, veremos desde logo o seguinte: no âmago desses problemas se encontra uma crise religiosa. Esta vai se tornando cada vez mais evidente.

Os senhores conhecem perfeitamente o que é o progressismo católico. Conhecem os erros, os desatinos, as concessões morais inadmissíveis que esse progressismo vai fazendo à modernidade, aos costumes depravados e sensuais. Conhecem de que maneira os trajes imorais, a promiscuidade entre os sexos e a facilidade com que se consente nas práticas que são contrárias á natureza etc.

Tais erros vão se espalhando, sem nenhuma resistência ponderável por parte dos meios progressistas que, antes pelo contrário, às vezes lhes dão apoio. Por exemplo, padres progressistas que em confessionários dizem a penitentes que eles podem, mesmo depois de casados e divorciados, casarem-se de novo. O que, evidentemente, é contrário à Lei de Deus. A indissolubilidade do vínculo conjugal proíbe o divórcio. E quem se casou uma vez está ligado a umvínculo que só a morte pode romper.

É um vínculo que nem o Papa pode dispensar. O Papa não pode dispensar um casado da obrigação de fidelidade para com a sua esposa, e reciprocamente. A indissolubilidade desse vínculo foi instituída pelo próprio Cristo Nosso Senhor, e ninguém pode dispensar.

Nessa crise, se tomarmos em consideração que o eixo de toda a vida de um País é a moral, onde a moral católica não é praticada, mais cedo ou mais tarde o País soçobra. Vendo até que ponto a moral católica não é ensinada e se favorece a transgressão desta moral em nome de não sei que “renovação religiosa”, então podemos ter ideia de como a consistência moral do povo brasileiro está ameaçada. Tanto mais que sintomas desses, nós os observamos de norte a sul do País, do litoral até o mais interior. A crise avança por todas as partes.

Vemos o povo brasileiro minado por dentro, no que tem de mais fundo, na sua formação religiosa e na sua própria alma, por tais fatores de decadência e desagregação. Também incide sobre o povo um outro fator péssimo: a propaganda contínua da imoralidade difundida pela mídia.Não se abre um jornal, não se liga uma televisão, não se folheia uma revista, não se ouve falar de uma fita de cinema nos quais, de um modo ou de outro, a moral não seja bombardeada.

Portanto, não há dúvida nenhuma a respeito do seguinte: quando a religião sofre uma crise dessa natureza, a ordem política, social e econômica entra em decadência. E, nessas condições, vemos o nosso País, e sobretudo a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, num estado de grande aflição. Julgo que, antes de tudo, o importante é nos convencermos a respeito dessa aflição.

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Plinio Corrêa de Oliveira

Plinio Corrêa de Oliveira

556 artigos

Homem de fé, de pensamento, de luta e de ação, Plinio Corrêa de Oliveira (1908-1995) foi o fundador da TFP brasileira. Nele se inspiraram diversas organizações em dezenas de países, nos cinco continentes, principalmente as Associações em Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP), que formam hoje a mais vasta rede de associações de inspiração católica dedicadas a combater o processo revolucionário que investe contra a Civilização Cristã. Ao longo de quase todo o século XX, Plinio Corrêa de Oliveira defendeu o Papado, a Igreja e o Ocidente Cristão contra os totalitarismos nazista e comunista, contra a influência deletéria do "american way of life", contra o processo de "autodemolição" da Igreja e tantas outras tentativas de destruição da Civilização Cristã. Considerado um dos maiores pensadores católicos da atualidade, foi descrito pelo renomado professor italiano Roberto de Mattei como o "Cruzado do Século XX".

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