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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

VOZ QUE ALERTA


Líderes guerrilheiros das Farc que romperam o “processo de paz” e voltaram às armas

Os resultadosdas eleições realizadas na Colômbia em 27 de outubro passado representam uma vozde alerta a ser considerada com a máxima urgência

Sea Colômbia decidir ignorar os sinais de alarme disparados, com evidente eruidoso estrondo, nas últimas eleições, poderemos dizer que o nosso destino jáestá escrito; que dias de grande turbulência estão se aproximando; e que osinimigos do país darão o golpe final para destruir a nação. Se não nosprepararmos para evitá-lo, haverá dias de agitação social, de caos político eeconômico, que inevitavelmente trarão o colapso da ordem legal e institucional.

No pleito queelegeu o presidente Ivan Duque, há um ano e meio, a esquerda encabeçada peloex-guerrilheiro Gustavo Petro, com surpresa para todos, conquistou oito milhõesde votos, contra os pouco mais de dez milhões que elegeram o Presidente. É claroque os votos de Petro não eram pessoais nem são endossados ​​por qualquer candidaturapresidencial de extrema-esquerda no futuro, mas foram indicadores de um grandedescontentamento, depois de oito anos de um governo corrupto, apoiador das FARC(Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia) e do tráfico de drogas, como foi o de JuanManuel Santos.

A conclusãoóbvia, que está na boca de todos, é a de que se o atual governo não fizer bemas coisas — isto é, se não resolver urgente e efetivamente os grandes problemasdo país — o próximo governo a ser eleito em 2022 será de extrema-esquerda.

Pois bem, transcorridauma terça parte da atual gestão, os indicadores apresentam uma imagem sombria:as prefeituras das principais cidades, como Bogotá, Medellín e Cali, foramconquistadas por candidatos de extrema-esquerda; as principais provínciastambém foram ganhas pela oposição; o partido do presidente Duque foi humilhado,pois seus candidatos, alguns deles muito mal escolhidos, estiveram longe dosvencedores.

A essa situação,em si mesma da maior gravidade, acrescenta-se como componente explosivo muitoimportante a erupção anarquista surgida em várias nações vizinhas, visando destruí-laspor meio da mais espetacular agressão ideológica e política acontecida desde aqueda do Muro de Berlim, há 30 anos.

O Chile, o Equadore o Peru foram submetidos ao vandalismo mais radical, articulado por minoriasanarquistas ideologizadas, dirigidas pelo Fórum de São Paulo e acionadas porterroristas da Venezuela e de Cuba, que comandam os agitadores locais edemonstraram enorme capacidade de destruição. Para resumir, basta lembrar asdeclarações de Diosdado Cabello, o sátrapa venezuelano, que alegou tratar-se depequena brisabolivariana”, que esses comunistas pretendem transformar em um verdadeiro“furacão”.

O Pres. Duque deixa a nação à deriva ante o ressurgimento de níveis alarmantes de insegurança

O próximoobjetivo de tal “furacão” é a Colômbia. Sobre isso, não podemos ter a menordúvida. Desde o início do processo de paz conduzido pelo ex-presidente Santosas FARC não renunciaram à luta armada, ao tráfico de drogas nem ao terrorismo.É evidente que, com a chamada dissidência, toda a estrutura criminosa das FARCestá intacta, pronta para agir e para tentar tomar o poder — em aliança com oscartéis de drogas, que são as próprias FARC com outros nomes — e assim dar ogolpe definitivo para dominar e destruir a Colômbia.

No entanto, há algoque preocupa ainda mais. Os colombianos conviveram durante décadas com ofantasma do comunismo, o qual ameaçava tomar o poder, mas nunca o alcançou porqueuma forte resistência na opinião pública impediu o seu avanço. No entanto, asrecentes eleições indicam que, diante do perigo que nos espreita, nosso Presidente,seus ministros e funcionários mais importantes nada parecem notar, deixando anação à deriva ante o ressurgimento de níveis alarmantes de insegurança, perigoe ansiedade.

Esse resultadoeleitoral denuncia fundamentalmente que as pessoas não veem no Presidente acapacidade para enfrentar os problemas que surgem em nosso caminho. No entanto,é claro que ele tem capacidade para fazer a coisa certa, se quiser. Muitascoisas foram alcançadas em matéria de combate à corrupção, transparência naadministração do Estado, correção de situações muito graves deixadas por Santos,em seu desvario para entregar a nação colombiana às FARC. Mas isso não basta.

Cumpre encarar operigo com antecedência e enfrentá-lo de forma decisiva, escolhendo para isso aspessoas certas, que sabem com que tipo de inimigo nós estamos lidando. Nãobasta que existam boas intenções, boas ideias e bons burocratas nas posiçõesmais importantes do governo, onde se traçam as diretrizes e se estabelece ocaminho a seguir, pois o que estamos prestes a ter diante de nós é uma hordainfernal para destruir o que alcançamos em séculos de progresso.

Esse é odesafio! Esse é o Presidente de que precisamos a partir de agora. Os erros dopassado devem ser corrigidos; mas, acima de tudo, o governo e os colombianosdevem entender que estaremos sujeitos a uma avalanche marxista desejosa de nosdestruir, sob o mentiroso pretexto de buscar a paz e a equidade social. E senão fizermos nada, eles nos destruirão! Mas se nos prepararmos para o próximoataque, certamente seremos vitoriosos.

O que toda aColômbia deve ter bem claro é que, queimando e destruindo infraestrutura detransporte público, igrejas, shopping centers, e semeando terror nasruas, como está acontecendo agora no Chile, nós não acabaremos com a pobrezanem melhoraremos o nível de vida de ninguém. Este é um golpe de Estado articuladopela extrema-esquerda latino-americana, para impor regimes totalitários emtodas as nações, no estilo mais autêntico de Cuba, Nicarágua e Venezuela.

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Fonte: Revista Catolicismo, Nº 828, Dezembro/2019.

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Eugenio Trujillo Villegas

Eugenio Trujillo Villegas

24 artigos

Diretor da Sociedad Colombiana Tradición y Acción

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