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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

A guerra midiática (coronavírus) vai encobrir o “Domingo de Ramos”? Nosso Senhor nos espera


Um singular Domingo de Ramos, na História da Igreja Católica, nos aguarda.

Escrevo nesse sábado, após uma leitura de jornais digitais, que açoitam nossa população de um modo implacável, ateu e materialista, exacerba os nervos e não apresenta uma esperança no horizonte.

Nem sequer tem nossa população o conforto de encontrar as igrejas abertas, nem assistir às solenidades da Semana Santa.

Convido os leitores a acompanhar as reflexões do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira

Deixemos de lado o frenesi midiático do coronavírus (Aids mata 8 vezes mais, gripe mata 3 vezes mais, aborto mata 200 X mais) e vamos consolar Nosso Senhor nesse Domingo de Ramos.

“O Domingo de Ramos é o pórtico jubiloso que transpomos hoje para entrar nas tristezas da Semana Santa. E, sempre que em terras cristãs se celebra a Paixão e Morte do Senhor, vem à lembrança dos fiéis a cena empolgante e ignominiosa, em que o filho da perdição (Judas) mostra aos esbirros, com um beijo, Aquele a quem tinha vendido.

“Nesta hora em que a malícia humana parecia ter atingido extremos incríveis, a misericórdia de Deus superabundava. Dizem os autores espirituais que ninguém pode calcular a intensidade da graça que Judas recebeu e rejeitou, quando ouviu da Vítima Divina o último apelo: “Judas, com um beijo trais o Filho do Homem?”

“Hora de imensa misericórdia para com o miserável vendilhão, sem dúvida. Mas hora, também, de imensa misericórdia para conosco. Os atos que o Divino Mestre praticou, nessa ocasião, são para nós ensinamentos de um valor sem limites. Paremos, para pensar neles um pouco.

* * *

Domingo de Ramos - Quando é Comemorado ? Qual sua História ...“Nosso Senhor é sempre infinitamente bom, e foi bom quando disse aos que O procuravam, que era Ele Jesus de Nazaré, a quem queriam, como foi bom quando consertou a orelha de Malco. Se queremos ser bons, devemos imitar a bondade de Nosso Senhor, e aprender com Ele, que há momentos em que é preciso saber prostrar por terra com santa energia os inimigos da Fé, como há ocasiões em que é preciso saber curar os próprios males daqueles que nos fazem mal.

“Por que falou Nosso Senhor tão alto, quando respondeu “Ego Sum”? Só para atordoar fisicamente os que O prendiam? Mas para quê se Ele Se entregava voluntariamente à prisão? É que Ele falou ainda mais alto a seus corações, do que a seus ouvidos, e se lhes falou alto aos ouvidos, não foi senão para lhes falar ainda mais alto aos corações. Não sabemos qual foi o proveito que aqueles homens fizeram da graça que receberam. Mas certamente o temor que tiveram, quando tombaram à voz do Mestre, lhes foi salutar como foi salutar a Saulo, quando a mesma Voz lhe gritou “Saulo, Saulo, por que Me persegues?”

“Nosso Senhor lhes falou alto aos ouvidos. Prostrou-os por terra. Mas sua voz que abatia corpos e ensurdecia ouvidos, erguia almas que estavam prostradas, e lhes abria os ouvidos dos espíritos, que estavam surdos.

       * * *

       “Com Malco, Nosso Senhor procedeu de outra maneira. Quando lhe restituiu a orelha cortada pela fogosidade de Pedro, Nosso Senhor certamente lhe queria fazer um bem temporal. Mas curando-lhe o ouvido, Nosso Senhor lhe quis sobretudo abrir o ouvido da alma. E Ele mesmo que a uns curara da surdez espiritual com o estrondejar divino da sua voz, Ele mesmo curou da mesma surdez espiritual a Malco, dizendo-lhe palavras de bondade, e restituindo-lhe a orelha que perdera.

“Vivemos em um século afetado, por certo, pela mais terrível surdez espiritual. 

“O Divino Mestre nos mostra que se queremos dissolver em nós e no próximo esta terrível surdez, é Ele só que o pode fazer, e os meios humanos em si mesmos de nada valem.

“Nesta ocasião, façamos nosso um pedido que se encontra nos Santos Evangelhos. Quando um cego viu certa vez a Nosso Senhor, lhe bradou: “Domine, ut videam”, Senhor, que eu veja!

“Hoje, aproveitemos as comemorações da Semana Santa para Lhe pedir que ouçamos: “Domine, ut audiam”. Não sabemos, na sabedoria de sua misericórdia, de que maneira Nosso Senhor curará nossa surdez espiritual.

“Sangramos como Malco, e estamos surdos como os esbirros. Pouco nos importa, que Ele queira curar-nos por este ou aquele meio: cumpra-se sua vontade divina. Fale-nos Ele pela voz terrível das provações e dos castigos, fale-nos Ele pela voz branda das consolações, uma coisa sobretudo Lhe pedimos: Senhor, que ouçamos!

“Que pelo menos nós, católicos, ouçamos plenamente a voz de Nosso Senhor, e que, correspondendo em nossa santificação interior, de modo completo e irrestrito, às graças que Ele nos dá, realizemos dentro de nós aquele pleno reinado de Nosso Senhor, de que os inimigos da Igreja parecem esperançados de arrancar os últimos vestígios sobre a face da terra.

“Nosso Senhor prometeu indestrutibilidade à sua Igreja, e prometeu que se salvaria toda alma verdadeiramente fiel.

“Confortados nessa esperança, meditemos com serenidade as tristezas destes dias de universal conturbação, como as agonias desta Semana da Paixão. Nosso Senhor é o grande Vencedor. Ele vencerá, e com Ele vencerá a Igreja”.  https://www.pliniocorreadeoliveira.info/

  •  * * *
  • Sejamos fortes, sejamos homens de Fé. Sigamos a Nosso Senhor, ouçamos a sua voz e deixemos a histeria midiática do coronavírus.
  • Temos uma alma imortal a salvar e para isso nos ajude a Santíssima Virgem. É hora de pensar e meditar na Paixão de Nosso Senhor.

 

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Nuno Alvares

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