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Globalismo, a morte da identidade dos Povos? (I)

A solução para a ditadura globalista é o retorno à diversidade de culturas, baseada em valores morais e tradição.

Por Marcos Machado

3 minhá 1 mês — Atualizado em: 9/21/2024, 12:53:28 PM


Globalismo, a morte da identidade dos Povos? (I)

Infelizmente, esses organismos centralistas e ditatoriais recebem o apoio do Vaticano

Índice

  1. Uma tentativa no Pós II Guerra

A globalização, os globalistas são apresentados, com muito acerto, como sendo os assassinos da liberdade; os concentracionistas de poder, os ditadores mundiais.

Mas, o principal alvo do Globalismo é matar as Nações, matar a “Alma” dos Povos. O Globalismo não tira apenas a liberdade e implanta a ditadura, ele mata as qualidades com que Deus dotou os Povos.

Como ensina o Prof. Plinio as molas propulsoras da Revolução são orgulho e sensualidade. O Globalismo é essencialmente igualitário, nivelador, massificante.

Uma tentativa no Pós II Guerra

Já nos fins de 1943, o sangrento conflito da II Grande Guerra deu ocasião ao plano de se constituir “vastas federações de Estados, formadas por povos de tradições raciais ou culturais, de interesses econômicos e geográficos afins.”

“Cada uma destas federações formaria uma só entidade diplomática, ou seja, um só organismo comum dirigiria todas as relações do grupo com as demais. Teria também uma só moeda. Teria ainda forças militares federais e coletivas. Em suma, seria um grande super-governo a enfeixar, conter e canalizar a soberania e as atividades dos governos federados.”

Essas “federações”, comentava o Prof. Plinio, “teriam um órgão federal que a todas uniria, e que seria uma nova “Liga das Nações”. Mais dominadora, mais intrusiva na vida dos Povos porque essa nova Liga “só constará dos representantes das federações.” Não mais uma Liga de Nações, teríamos apenas uma Liga de Representantes das Nações.

Analisando o projeto

“Evidentemente, o plano pode despertar simpatia debaixo de certos pontos de vista. Em primeiro lugar, em uma época em que tudo se “tecnifica”, e há organismos especializados para evitar todos os flagelos desde as epidemias até o desemprego, pareceria ilógico que não se constituísse um órgão técnico especializado para evitar o maior e mais monstruoso de todos, que é a guerra.”

Na visão otimista do plano de “Federações” de Nações, seria uma forma de evitar guerras. É o lado dourado da pílula.

Unidade na Variedade

Cada povo tem a sua índole nacional, sua psicologia coletiva, suas tradições próprias. Corresponde a um sábio e amoroso desígnio da Providência Divina: unidade na variedade, uma lei da estética do universo.

Sobretudo no mundo medieval cada país “tinha uma cultura própria, nitidamente individualizada e distinta dos demais. Cada uma destas culturas, expressão florescente dos feitios diversos de cada povo, constitui um tesouro.”

Conclui o Prof. Plinio: “Como teria sido mais pobre a civilização ocidental e cristã, se todos os povos europeus tivessem tido a mesma arte, a mesma cultura, a mesma mentalidade! Coordenadas e harmonizadas essas tendências variegadas, dentro da grande, augusta e substancial unidade de espírito da Cristandade, ela era, não germe de luta nem fonte de atritos, mas exclusivamente expressão de pujança, de riqueza, de capacidade criadora.”

Ou seja, a Cristandade medieval foi o contrário da globalização. Havia um Sacro Império, não havia ditadura sobre as Nações; não havia ditadura de modas, não haviam essas imposições ditatoriais (por exemplo na agricultura) da atual União Europeia.

A Revolução impôs o achatamento das Nações

Lembra o Prof. Plinio em seu artigo, em plena Segunda Guerra: “As condições técnicas do mundo moderno vieram, infelizmente, criar sérios embaraços à continuidade desta situação” (saudável da sociedade orgânica medieval).

“Com efeito, a mentalidade revolucionária arrastou o mundo inteiro num mesmo turbilhão, e insuflando a todas as massas a mesma tendência niveladora e destruidora, a mesma monomania igualitária e iconoclástica, teve como lamentável consequência um desejo desregrado de impor os mesmos hábitos, os mesmos costumes, os mesmos trajes, a mesma arte, a mesma filosofia, e até a mesma culinária ao mundo inteiro.”

Descrição da pura realidade, que se agravou do pós Segunda Guerra até nossos dias, em que os sonhadores da Nova Ordem Mundial querem nos impor a ditadura universal. ONU, OMS, Foro Econômico Mundial aos quais, infelizmente, até o Vaticano incentiva a ter mais poderes, mais controle, mais intervenção … para salvar a humanidade de novas pandemias …

Quando a única solução está na volta ao princípio da unidade na variedade. Que não pode ser restabelecido sem um retorno dos homens à Ordem Moral. Para reformar a sociedade precisamos da reforma do homem. Perguntamos: é muito diferente do que pediu Nossa Senhora em La Salette, em Fátima?

Veremos, com o favor de Nossa Senhora, em outro artigo.

Fonte: Problemas internacionais - Plinio Corrêa de Oliveira, Legionário, 2 de maio de 1943, N. 560

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Autor

Marcos Machado

Marcos Machado

492 artigos

Pesquisador e compilador de escritos do Prof. Plinio. Percorreu mais de mil cidades brasileiras tomando contato direto com a população, nas Caravanas da TFP. Participou da recuperação da obra intelectual do fundador da TFP. Ex aluno da Escola de Minas de Ouro Preto.

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