Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 13 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:30:09 PM
Conversando com um amigo sobre aparições de Nossa Senhora, como a da Medalha Milagrosa, de La Salette e especialmente a de Fátima, ele me dizia: “Nessas aparições, Nossa Senhora, a par de bondades sem nome, prevê também castigos indizíveis para a humanidade pecadora e, por fim, um triunfo da Santa Igreja. Que um castigo deve ocorrer, sente-se no ar, as ofensas a Deus estão por toda parte e de modo crescente. É admirável o martírio de tantos católicos nos países pagãos. Mas… pode-se discernir algo no mundo atual que indique o tempo da conversão que deve vir?”.
A pergunta ficou rondando na minha mente. E, cá e acolá, comecei a notar certos ressurgimentos de piedade e admiração pela beleza do culto e da tradição em geral, que contrariam os horrores do mundo moderno e parecem indicativos de um triunfo da Santa Igreja que deve vir. Semelhantes a uma semente que pede para crescer e expandir-se em meio à tempestade atual.
Para não ficar em subjetivismos, relato dois acontecimentos — um referente à festa da Imaculada Conceição, na França, e outro sobre o Natal, no interior de São Paulo — que por sua importância chegaram às páginas da imprensa.
“As procissões e missões se desenvolvem em Lyon, Avignon, Reims e um pouco por toda parte na França. É uma nova apropriação do patrimônio religioso indubitavelmente portadora de esperança. Sessenta e três procissões com velas e, ademais, iluminações especiais em 42 cidades: a festa da Imaculada Conceição conhece na França, desde alguns anos, um acréscimo de fervor.
“Esta renovação da piedade popular constitui hoje uma real esperança para o futuro da fé em nosso solo, longamente fecundado pelo cristianismo. Há como uma fonte profunda, um tempo escondido e subterrâneo que ressurge à luz do dia.
“Podemos nos autorizar esta nota de otimismo, tanto mais que existem outras pequenas luzes. Seguramente, esta realidade tem necessidade de um fermento poderoso — nossas preces — e muitos esforços. Mas existe nesta piedade popular um terreno que não pede senão para ser revivificado” (Editorial da revista “Famille Chrétienne”, 17-12-11).
“A mesma história contada há mais de 2.000 anos não perde o encanto nas mãos de artesãos que usam a criatividade para reproduzir o dia do nascimento de Jesus Cristo.
“Em Ribeirão Preto, o mecânico industrial Ricardo Borges, 36, passa o ano entalhando madeira para montar o presépio em miniatura que reproduz uma vila da época de Cristo. ‘Eu quero preservar a história como era na época de Cristo’, disse ele”.
Em Araraquara, neste ano, num “presépio em tamanho natural, 18 manequins contam as histórias de 13 parábolas cristãs. Montado em frente a uma clínica, o espaço de 150 metros quadrados recebe cerca de mil pessoas a cada noite. Nívia Navarro, 48, monta o presépio: ‘Fico fascinada em contar a história de Jesus e tudo que ele fez por nós’, disse ela”
Em Sertãozinho “14 presépios no museu contam um pouco da cultura de cada povo do mundo”
Fica aqui um convite ao leitor para que observe e apoie em torno de si as iniciativas que lhe pareçam indicar uma ação da graça de Nossa Senhora preparando seus caminhos neste mundo neopagão, como outrora João Batista, no deserto, preparou os caminhos do Senhor:
Uma voz clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas”
Gregorio Vivanco Lopes
173 artigosAdvogado, formado na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Autor dos livros "Pastoral da Terra e MST incendeiam o Brasil" e, em colaboração, "A Pretexto do Combate Á Globalização Renasce a Luta de Classes".
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