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Plinio Corrêa de Oliveira
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Na Cova da Iria, a fonte de águas milagrosas que foi esquecida


O antigo fontanário de Fátima foi um manancial de incontáveis graças e milagres, de benefícios físicos e conversões até de pecadores empedernidos, a tal ponto que foi considerada como sendo a “Lourdes portuguesa”. Por que se ocultou essa abençoada fonte que fascinava todas as almas, cativava todos os corações?

Transcrição do editorial da revista Catolicismo*, Nº 845, maio/2021

Um enorme e dolorido calo no ombro, criado pelas cestas de peixe, depois de algum tempo se ulcerou e tornou-se canceroso. Era esta uma grave enfermidade para o peixeiro lisboeta Joaquim Neto. Contudo, não era o pior. Sua doença mais grave era moral: vivia com uma mulher com quem não era casado, tiveram três filhas, e para nenhuma delas pedira o batismo.

Apesar de tudo, Maria Filomena Macieira, a mulher, residente na Avenida 5 de Outubro, n° 201 (Lisboa), era devota de Nossa Senhora. Compadecida das dores de Joaquim, recebeu uma inspiração sobrenatural e aplicou em seu ombro canceroso algumas gotas da ‘água da fonte de Fátima’, rezando por sua cura.

Na manhã seguinte Joaquim estava completamente curado; e, carregando ao ombro o cesto de peixe, disse à mulher: “Estou doido de alegria. Desde que me pôs a água, não mais senti dores”. Derramando copiosas lágrimas, ambos ficaram sem saber como agradecer o milagre operado pela ‘água de Nossa Senhora’. A Sabedoria divina os iluminou, e decidiram realizar logo o matrimônio religioso segundo a Lei de Deus e batizar as três meninas. O que ocorreu no dia 9 de janeiro de 1927, festa da Sagrada Família.

Neste caso, foram dois os milagres — um físico e outro espiritual — sendo o mais prodigioso a conversão a Deus. A matéria de capa desta edição reproduz outros milagres ocorridos ao se fazer uso das águas da fonte de Fátima — a ‘Lourdes de Portugal’.

Milhares de milagres como este, todos comprovados, aconteceram pelo simples fato de os doentes beberem das ‘águas de Fátima’ ou nelas se molharem. Só o boletim Voz da Fátima (que já em 1937 contava com a excepcional tiragem de 380 mil exemplares) registrou mais de mil curas prodigiosas, que surpreenderam médicos e cientistas.

Cabe aqui uma pergunta: quem ouviu falar ou tem algum conhecimento desses milagres, muitos deles comprovados por médicos e autoridades? Tão geral desconhecimento faz pensar em um ‘tema proibido’. Por que ocultar tanta bondade maternal de Nossa Senhora, manifestada também desse modo a seus devotos em Fátima? Por que foram soterradas as abençoadas fontes?

De posse de documentos idôneos, a revista Catolicismo deste mês [capa acima] expõe pela primeira vez a seus leitores a história das ‘fontes de Fátima’. Uma história comovedora e maravilhosa de curas corpóreas, mas sobretudo de graças espirituais e curas morais, como a de empedernidos pecadores e libertinos que inesperadamente se converteram, fazendo uso das águas da Cova da Iria.

Supliquemos à Senhora de Fátima, Salus Infirmorum, que opere o grande milagre universal da conversão de toda a humanidade neopagã, mesmo que se tenha de passar antes pelos merecidos castigos. E também, como outra graça prometida por Ela, o advento de seu reinado na Terra.

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