Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 9 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:50:38 PM
A reforma agrária no Zimbabwe jogou o país na miséria e na ditadura comunista. Porém, diante da fome, o regime marxista teve que dar astutos passos atrás.
Agora, o ministro do Interior, Joel Biggie Matiza, em discurso público a líderes agrícolas “assentados”, prometeu que a “corrupção” em decorrência da qual 10% das propriedades foram alugadas a diplomatas, a veteranos de guerra e outros capazes de produzir, iria acabar para não prejudicar mais a igualdade prometida pelo programa de reforma agrária, informou o Zimbabwe News Day.
Na mesma ocasião, o ministro do Território e Assentamento Agrário, Douglas Mombeshora, anunciou que o governo não permitirá mais que os “brancos” continuem ficando com o grosso da produção nas terras que lhes foram dadas em concessão.
“Eles não são os proprietários da terra”, lançou Mombeshora em tom ameaçador.
“O que quer dizer que nós não permitiremos o aluguel de 10% das terras. Não faremos mais acordos com ex-produtores rurais brancos”, acrescentou.
E se os produtores depreciativamente rotulados de “brancos” alugarem suas terras a um “negro” para evitar problemas legais, terão 90 dias para abandonar definitivamente as mesmas.
Matiza acrescentou que o governo dará as terras a seus verdadeiros protetores, quer dizer, aos líderes tribais.
“A reforma agrária se espalhou desde a província de Mashonaland – acrescentou –, mas nossos chefes foram reduzidos a capatazes para fugir da distribuição da terra. Agora, nesta província, vamos proteger o verdadeiro povo contra os opressores” num autêntico discurso de luta de classes.
Ele disse ainda que mais de 20.000 pessoas constam de uma lista pedindo terra.
“Os produtores brancos que estão trabalhando em atividades agropecuárias não serão mais tolerados porque isso é ilegal nos termos da lei do país. As fazendas que excedem o tamanho fixado serão divididas, para se encaixarem dentro do tamanho máximo definido pelo governo”, concluiu.
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