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Charlie: brincadeira enganosa atrai demônios difíceis de exorcizar


Adolescentes precisaram ser socorridos em macas, tiveram desmaios e vômitos em cinco escolas de Manaus, devido a uma pseudo-brincadeira de “invocação de espíritos”, noticiou a Folha de São Paulo.

O caso ocorreu com estudantes de 12 a 14 anos e envolveu o Conselho Tutelar e a Secretaria da Educação.

O ritual para “conversar” com espíritos é ensinado em diversos vídeos na internet. Apresenta-se enganadoramente como mais um entretenimento em que os jovens invocam um certo Charlie.

Esse responderia com as palavras “sim” e “não”, escritas numa lousa ou papel. Dois lápis, em forma de cruz, giram apontando a resposta do mundo oculto.

Há adolescentes que disseram ver demônios quando invocaram espíritos malignos ou defuntos, e até acham que esses espíritos tomaram conta das escolas.

Por isso, muitos alunos de Manaus, traumatizados, deixaram de ir às aulas na escola José Carlos Mestrinho.

Houve casos semelhantes em outras quatro escolas, segundo a Secretaria da Educação e o Conselho Tutelar.

“Vi amigas vomitando e com muita tontura. Eu só fiquei com tontura, mas foi muito assustador”, disse a aluna Maria (nome fictício), 13.

A conselheira tutelar Danielle Pimenta dos Santos, que foi à escola, disse que “houve tumulto, com muitos adolescentes dizendo que tinham incorporado espíritos”.

Casos análogos estão acontecendo em outros países devido a brincadeiras com o mesmo infernal Charlie, como por exemplo na Pennsylvania, EUA, segundo noticiou o jornal britânico The Independent.

Também o jornal londrino The Telegraph falou da preocupação que existe na Inglaterra majoritariamente anglicana e agnóstica por causa de Charlie.

O padre católico Stephen McCarthy escreveu uma carta aberta aos alunos da escola superior católica São João Neumann e Santa Maria Goretti de Philadelphia, EUA, alertando para o verdadeiro fundo do problema.

O sacerdote explicou que a brincadeira denominada Charlie Charlie Challenge em inglês e espelhada pelas redes sociais não é tão inocente nem neutra assim.

Trata-se, disse, de uma “manifestação demoníaca” disfarçada de jogo. “É um jogo perigoso que está se espalhando pelas redes sociais e leva jovens a invocar os demônios”, acrescentou.

“Quero lembrá-los que não existe ‘brincadeira inocente com demônios’. Peço-lhes JAMAIS participar dela ou encorajar outros a jogar isso”, acrescentou.

“O problema de abrir-se à influência demoníaca é que vocês abrem uma janela de oportunidade aos espíritos infernais que depois não é fácil de fechar”, disse o padre, numa alusão à possessão diabólica.

Para acabar com a possessão dos demônios, fonte de todo mal, são necessários prolongados exorcismos que envolvem enorme sofrimento para os possessos, pais, parentes e amigos.

Alega-se que o jogo provém de uma “antiga tradição mexicana” de invocar espíritos infernais para obter respostas.

Não seria de espantar que fosse algo assim, mas pode ser também um embuste frequente nos ambientes satanistas.

Os índios do atual México, antes da evangelização, costumavam praticar cultos satânicos que podiam incluir drogas e sacrifícios humanos para atrair a Satanás e seus sequazes. Agora, práticas semelhantes retornam pelas redes sociais!

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Luis Dufaur

Luis Dufaur

1042 artigos

Escritor, jornalista, conferencista de política internacional no Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, webmaster de diversos blogs.

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