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Plinio Corrêa de Oliveira
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Classes sociais, harmonias, desigualdades ou luta de classes?


           O historiador G. Lenotre (1857-1935) compôs vários contos natalinos, cujo enredo se desenvolve nos dias da Revolução Francesa, descrevendo situações e personagens daquela época. Entre eles “Mathiote”, o limpa-chaminés que numa noite de Natal ajudou o Conde de Plessis-Morambert a fugir da prisão.
 Um menino, limpador de chaminés, arrisca sua vida para salvar a do Conde. O Prof. Plinio relata e comenta esse conto que vai de encontro à luta de classes insuflada pela esquerda e pela Teologia de Libertação.

     “A harmonia, afabilidade, boa relação entre as classes sociais, baseadas num princípio profundamente católico, que é o seguinte: deve haver uma hierarquia de classes sociais; mas essa hierarquia não pode ser levada tão longe, que aquele que está em cima negue a elevada condição de homem ao que está debaixo e, sobretudo, a elevada condição de batizado e que é membro do Corpo Místico de Cristo.

         “Portanto, deve tratar o outro com bondade, com afabilidade, protegê-lo, ajudá-lo nas suas necessidades, e até além de suas necessidades.

          “Então, o cumprimento desse dever por parte dos que estão de cima traz um dever da parte dos que estão debaixo: é o dever da gratidão. Quando aquele que foi benfeitor está em apuros, eles retribuem. E aí está o vínculo que reúne as classes sociais diversas numa unidade.

          A Igualdade pregada pelos comunistas é anti natural e contrária ao Plano Divino

         “São Tomás de Aquino diz formalmente que há nobres e plebeus, grandes e pequenos, ricos e pobres, inteligentes e menos inteligentes, para o benefício não só dos que são mais, mas também dos que são menos; porque aquele que é menos, recebendo um benefício daquele que é mais, vê naquele que é mais como quê uma imagem de Deus e pode amar melhor a Deus.

        “Isso não quer dizer que, pela doutrina católica, exista necessariamente uma aristocracia. Quer dizer, que a aristocracia é, também ela, conforme à doutrina católica.

         “Na própria Idade Média houve Estados sem aristocracia. As cidades livres da Alemanha, por exemplo, eram cidades burguesas. Mas eram cidades nas quais havia, como em toda sociedade bem organizada, os grandes e os pequenos, em que o teor de relações entre grandes e pequenos era esse.

        “Deus é infinito e é Pai nosso, que somos finitos, e quer que entre nós os maiores sejam pais dos menores. É esse o grande princípio. Nós somos paternalistas, mesmo! E quando eles nos acusam de sermos paternalistas, nós devemos responder que: essa acusação, para nós, é uma glória; e que vocês tenham chegado a usar a palavra paternalismo para fazer dela uma injúria, denuncia quem são eles. Vocês nos qualificam e se qualificam. Isso é o que os senhores devem responder.”

Leia a íntegra do conto natalino em: https://www.pliniocorreadeoliveira.info/Mult_740810_mathiote.htm

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Nuno Alvares

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