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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

Convite à reflexão: a paz é fruto da justiça, ensina Pio XII


Todos amamos, todos queremos a paz. Mas, o que é a PAZ, colocada no lema do Papa Pio XII, Opus Justitiae Pax?

Vejamos trecho de um artigo do Prof. Plinio quando os tratados internacionais estavam sendo rasgados pelo ditatorialismo hitlerista.

***

“Diz o Santo Padre Pio XII que “a paz é fruto da justiça”. Para compreendermos devidamente a definição, examinemos detidamente cada um de seus termos.

Opus Justitiae Pax – A paz é fruto da justiça

Comecemos pela palavra “paz“. São Tomás de Aquino [citando Santo Agostinho, n.d.c.] define a paz como sendo a tranqüilidade da ordem. O Doutor Angélico distingue, pois, duas espécies de tranqüilidade, é evidente. Quando um homem, física e psiquicamente bem disposto dorme, apresenta ele evidentemente um aspecto de tranqüilidade. Essa tranqüilidade resulta da ordem que reina nele. Se alguma desordem orgânica – uma dor aguda, por exemplo – viesse a se manifestar nele, perderia ele seu aspecto de tranqüilidade. O mesmo se daria se algum grave pesadelo viesse a lhe ocasionar qualquer perturbação psíquica: imediatamente seu semblante deixaria de refletir tranqüilidade. É que a tranqüilidade que nele se notava era resultante de uma profunda ordem orgânica e psíquica, e, suprimida a causa, imediatamente deixaria de se manifestar o efeito.

“Um homem desmaiado também pode dar a impressão de tranqüilidade. Evidentemente, entretanto, essa tranqüilidade que ele apresenta é muito diversa da que apresenta um homem saudável. (…)

“Quando, pois, em linguagem tomista, se fala em paz internacional, não se designa com essa expressão toda e qualquer situação de tranqüilidade internacional, mas a um estado de tranqüilidade que resulte da boa ordem nas relações entre os povos.

(…)

Conceito de “ordem”

“Melhor se poderia, talvez, compreender o que acima ficou dito, por meio de uma análise da palavra “ordem”.

Diz-se de uma coisa que ela está em ordem, quando disposta convenientemente segundo o seu fim. Um relógio, por exemplo, tem por fim marcar as horas. Se todas as suas peças estão dispostas e constituídas convenientemente segundo esse fim, elas estão em ordem. Se alguma dessas peças foi fabricada ou disposta de modo a não promover o andamento do relógio, esse estará em desordem.

O mesmo se dá com o corpo humano. Quando todos os órgãos estão anatômica e fisiologicamente adequados ao seu fim, o corpo humano está em ordem. (…)

Expondo, pois, em outros termos, a definição de São Tomás, podemos dizer que a paz é a tranqüilidade produzida pela fato de estarem as coisas dispostas segundo seu fim.

A essa definição, aplique-se o conceito do Santo Padre, e a verdadeira doutrina católica jorrará daí com evidência.

Diz o Papa que essa “tranqüilidade produzida pelo fato de estarem as coisas em ordem” é fruto da justiça.

Efetivamente, sem justiça não pode haver ordem, e sem ordem não há paz, como vimos.”

***

Pio XII condenou o nazismo; lembramos também os ensinamentos do Papa Pio XII contra o comunismo. Nazismo e comunismo são verso e reverso da mesma moeda.

Fonte: https://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG%20390319_PAZDECRISTOETREGUADESATANAS.htm#.Y78rjHbMJjE

Melhor se poderia, talvez, compreender o que acima ficou dito, por meio de uma análise da palavra “ordem”.

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Machado Costa

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