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Em defesa da soberania da região amazônica e de seu desenvolvimento

Por Paulo Roberto Campos

6 minhá 5 anos — Atualizado em: 8/27/2019, 10:37:44 PM


O Sínodo da Amazônia “é um pretexto para mudar a Igreja, e o fato de ser realizado em Roma é para ressaltar o início de uma nova Igreja”

Sacrificando suas férias escolares em defesa da soberania do Brasil no tocante à nossa imensa e cobiçada Amazônia, 44 jovens cooperadores do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira percorrem em uma caravana de quatro veículos aquela região. Essa ação tem como meta esclarecer a opinião pública sobre o anunciado “Sínodo da Amazônia”, que reunirá quase 250 bispos em Roma, no próximo mês de outubro, em torno de uma agenda própria a causar as mais graves apreensões.

Nessa épica Caravana, os jovens do Instituto coletam assinaturas para a petição “Por uma Amazônia cristã e próspera”, dirigida aos eclesiásticos que participarão desse Sínodo, o qual escolheu para si o seguinte título: “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”.

A petição é contrária ao projeto de internacionalização da região, visando evitar que ela se torne “uma imensa favela verde dividida em guetos tribais”.

O abaixo-assinado alerta também para questões que poderão demolir pontos fundamentais da Fé Católica — alicerce da Nação —, como o objetivo de redefinir o ministério sacerdotal, ordenando índios casados e incluindo mulheres na celebração de liturgias exclusivas dos sacerdotes. Ademais, os responsáveis por tal Sínodo falam que não se deve mais catequizar e evangelizar os indígenas, mas, pelo contrário, assimilar seus costumes selvagens e substituir a liturgia católica por seus rituais (leia-se cultos fetichistas). Por isso, o Cardeal Gerhard Ludwig Müller, ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, denunciou: “Está despontando [com o Sínodo da Amazônia] uma visão ideológica que nada tem a ver com o Catolicismo. Esse Sínodo é um pretexto para mudar a Igreja, e o fato de ser realizado em Roma é para ressaltar o início de uma nova Igreja”.

Durante a campanha — realizada sob o sol escaldante do Norte do Brasil —, uma fanfarra dos caravanistas do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira executa hinos patrióticos e religiosos, para ajudar assim a chamar a atenção daqueles que se encontram no interior de suas casas, lojas, escritórios e restaurantes, a fim de que saiam às ruas e também apóiem a iniciativa com suas assinaturas.

Os intrépidos nortistas, com raras exceções, acolhem os jovens caravanistas com muita simpatia, e se manifestam indignados com os movimentos ecologistas radicais, os padres adeptos da “teologia da libertação” e as ONGs esquerdistas que desejam a internacionalização da Amazônia brasileira. Entre os habitantes amazônicos — extremamente contrários ao projeto de se manter os índios na floresta, intocáveis como uma espécie de “zoológico humano” —, é comum ouvir “A Amazônia é nossa, ela pertence ao Brasil”; “Sabemos bem cuidar da Amazônia”; ou ainda: “Não queremos interferência de movimentos estrangeiros, queremos o desenvolvimento socioeconômico de nossa região e as ONGs querem o contrário: a nossa estagnação sob o pretexto de defesa da ecologia”.

Eis os itens da petição, que já conta com milhares de assinaturas:

OS ABAIXO ASSINADOS VALEM-SE DA OCASIÃO PARA:

1. AGRADECER a Deus pelas riquezas humanas e naturais que concedeu à Amazônia, pelos missionários que trouxeram a Boa-Nova de Jesus Cristo, libertando-a de erros e práticas abjetas, assim como pela ação civilizadora dos colonizadores que aportaram os benefícios do progresso;

 

2.REPUDIAR com energia as ideologias neopagãs que, em nome de um conceito deturpado de respeito à natureza e de hipóteses apocalípticas carentes de base científica, contradizem o mandato divino: “Crescei e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a” (Gen. 1, 28);

3. REPUDIAR a utopia comuno-tribalista pela qual uma minoria de antropólogos neomarxistas e de teólogos da libertação pretende manter nossos irmãos indígenas no subdesenvolvimento, confinando-os num gueto étnico-cultural (verdadeiros “zoológicos humanos”) que os priva dos benefícios da convivência e da civilização nacionais, como foi denunciado profeticamente pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira há 40 anos.

4. REPROVAR a luta de classes e de raças promovida por uma versão falaciosa da história, assim como a exacerbação de conflitos agrários e meio-ambientais nas áreas de atividades agropecuárias, extrativistas e madeireiras.

 

 

5. FAZER CHEGAR aos Padres Sinodais um brado de angústia em face do perigo de que a Amazônia seja transformada numa imensa “favela verde”, com vastos espaços inocupados, habitados por escassas e indigentes populações indígenas, como ocorreu após a expulsão dos agricultores da Reserva Raposa Serra do Sol (Roraima – Brasil).

6. DENUNCIAR as ONGs e os ativistas internacionais a serviço de interesses espúrios que visam internacionalizar 200 milhões de hectares da região pan-amazônica, pondo em xeque a soberania de nove países, e MANIFESTAR PERPLEXIDADE pelo fato de um prelado da Santa Sé, Dom Marcelo Sánchez Sorondo, ter acolhido o ativista radical Martin von Hildebrand para tratar do projeto “Corredor da Anaconda” (ou “Tríplice A”), que visa a referida internacionalização, a qual constituiria um inaceitável atentado contra diversas soberanias nacionais.

7. SOLIDARIZAR-SE com a resolução das autoridades nacionais de defender a integridade do nosso território, e com os programas de plena integração de nossos irmãos indígenas na grande família nacional, para melhor garantir seus direitos e sua dignidade de pessoas humanas.

 

8. SUPLICAR a Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, que preserve a unidade católica de nossa Pátria e sua grande vocação para o futuro.

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Paulo Roberto Campos

Paulo Roberto Campos

228 artigos

Jornalista (MTB 83.371/SP), colabora voluntariamente com a Revista "CATOLICISMO" (mensário de Cultura e Atualidades) e com a "ABIM" (Agência Boa Imprensa).

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