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O mundo do trabalho precisava, em nossos dias, receber um sopro de espiritualidade. O trabalho é uma ocupação normal do homem. Nesta manifestação da vida humana, mais do que a força, manifesta-se a inteligência da criatura racional, feita à imagem de Deus.
2 min — há 3 anos
A Igreja batizava outrora as festas pagãs, usando com soberana liberdade das datas e cerimônias para lhes dar um conteúdo cristão. Foi inspirando-se nesta tradição, que a Igreja, pelo Papa Pio XII, colocou a festa civil do trabalho no primeiro de maio, sob o poderoso patrocínio de São José, o humilde artesão que Deus escolheu para velar sobre a infância do Verbo Encarnado.
O mundo do trabalho precisava, em nossos dias, receber um sopro de espiritualidade. O trabalho é uma ocupação normal do homem. Nesta manifestação da vida humana, mais do que a força, manifesta-se a inteligência da criatura racional, feita à imagem de Deus. Trabalho não é só fruto de energias físicas: é particularmente, para o homem, fruto do espírito. E este fruto do espírito se enobrece e valoriza ao receber um como banho de sobrenaturalização e santidade, na imitação e no espírito dos que foram trabalhadores e santos. O trabalho assim executado, transcende os limites deste mundo, e serve para a consecução de uma recompensa eterna. É por isso que, aos trabalhadores de qualquer classe, foi dado um patrono celeste: São José Operário, em cuja oficina de carpinteiro trabalhou o próprio Filho de Deus, que santificou com seus suores divinos, as fadigas do trabalho humano.
Para proveito dos leitores, concluímos com a bela oração de São Pio X para antes do trabalho, que faz com que ele seja feito com o espírito sobrenatural que deve:
“Glorioso São José, modelo de todos os que se dedicam ao trabalho, obtende-me a graça de trabalhar com espírito de penitência para expiação de meus numerosos pecados; de trabalhar com consciência, pondo o culto do dever acima de minhas inclinações; de trabalhar com recolhimento e alegria, olhando como uma honra empregar e desenvolver pelo trabalho os dons recebidos de Deus; de trabalhar com ordem, paz, moderação e paciência, sem nunca recuar perante o cansaço e as dificuldades; de trabalhar sobretudo com pureza de intenção e com desapego de mim mesmo, tendo sempre diante dos olhos a morte e a conta que deverei dar do tempo perdido, dos talentos inutilizados, do bem omitido e da vã complacência nos sucessos, tão funesta à obra de Deus!
Tudo por Jesus, tudo por Maria, tudo à vossa imitação, ó Patriarca São José! Tal será a minha divisa na vida e na morte. Amém”.
Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
2539 artigosO Instituto Plinio Corrêa de Oliveira é uma associação de direito privado, pessoa jurídica de fins não econômicos, nos termos do novo Código Civil. O IPCO foi fundado em 8 de dezembro de 2006 por um grupo de discípulos do saudoso líder católico brasileiro, por iniciativa do Eng° Adolpho Lindenberg, seu primo-irmão e um de seus primeiros seguidores, o qual assumiu a presidência da entidade.
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