Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
Em Licata [ou Alicata], na Sicília, Santo Ângelo, da Ordem dos Carmelitas, presbítero e mártir, trucidado em 1219 pelos hereges na defesa da fé católica.
3 min — há 2 anos — Atualizado em: 5/5/2024, 8:00:01 AM
Segundo a tradição, dois esposos judeus de Jerusalém um dia tiveram uma visão da Santíssima Virgem, que lhes declarou que o Messias havia vindo, que era seu Filho, e os exortou a crerem nele. Tocados por essa aparição, o casal se dirigiu ao patriarca de Jerusalém, que os colocou entre os catecúmenos e, depois de instruídos, ministrou-lhes o batismo.
Maria, a esposa, deu à luz em 1185 a dois gêmeos os quais, no batismo receberam o nome de Ângelo e João. Estes eram ainda pequenos quando perderam os pais. Entretanto estes, antes de morrer, os havia deixado sob a tutela do Patriarca que os batizara. Esse verdadeiro homem de Deus educou os dois órfãos nas ciências e na virtude como a seus próprios filhos. Quando os dois fizeram dezoito anos, o Patriarca, prevendo seu fim próximo, propôs a eles que se tornassem religiosos na Ordem Carmelitana. Ângelo e João entraram então para o convento da Ordem em Jerusalém.
Desejosos de uma vida ainda mais perfeita, eles obtiveram dos Superiores licença para irem para o mosteiro do Monte Carmelo, juntar-se aos eremitas que lá viviam em penitência e contemplação. Tal foi o fervor com que os dois se entregaram à vida de santificação, que começaram a fazer muitos milagres como é atestado na Crônica da Ordem.
Santo Ângelo foi então mandado de volta a Jerusalém para receber a ordenação sacerdotal, e seu irmão posteriormente tornou-se Patriarca da Cidade Santa.
Ora, em sua viagem de volta para Jerusalém, Ângelo tinha que atravessar o rio Jordão, que havia transbordado em virtude das chuvas, impedindo a passagem. Ele convidou então as sessenta pessoas que aguardavam nas margens do rio esperando que as águas baixassem, a rezar pedindo a Deus, pelos méritos dos Santos Elias e Eliseu, que os socorresse. Imediatamente as águas baixaram, e foi possível a todos atravessar o rio sem perigo.
São inúmeros os milagres operados pela intercessão deste Santo que o espaço não nos permite narrar. De Jerusalém Ângelo, guiado por uma inspiração divina, resolveu ir para a Sicília, parando antes em Roma.
Na Cidade Eterna, estando em São João de Latrão, Ângelo encontrou-se com São Domingos e São Francisco. Este disse ao fundador dos dominicanos, apontando Santo Ângelo:
Eis um Anjo de Jerusalém; seu nome está já inscrito no céu, como mártir
E, dizendo isso, avançou até ele, e se lançou a seus pés. Santo Ângelo, conhecendo São Francisco por divina inspiração, levantou-o e lhe disse:
Que felicidade, Irmão Francisco, de vos encontrar, vós que sois um homem verdadeiramente humilde, e que mereceis portar as marcas sagradas de nossa Redenção!
Os três santos então se uniram num abraço.
Enfim, na Sicília, Ângelo foi para a cidade de Alicata, onde havia um conde muito famoso em todo o país, que levava uma vida extremamente escandalosa, vivendo em incesto com a própria irmã. O santo foi até ele e, em particular, exprobrou sua vida infame, incitando-o ao arrependimento. Como isso não surtiu efeito, ele o repreendeu em público, ameaçando-o dos castigos de Deus. E o fez com tanta energia, que até os mais íntimos confidentes do conde o abandonaram. Este jurou vingar-se.
No dia 5 de maio de 1219 (alguns dizem 1226), ao sair da Missa que celebrara na igreja de São Tiago, Santo Ângelo foi atacado por uns sicários do conde, que o feriram com cinco golpes de espada. Dizendo “Senhor, em vossas mãos encomendo meu espírito”, o santo entregou sua alma a Deus.
Como o Martirológio Romano diz que Santo Ângelo morreu nas mãos de hereges, infere-se que o Conde juntava a heresia ao incesto. Os frades carmelitas difundiram a devoção a este Santo, primeiro na Europa, depois nas Américas.
Em Licata [ou Alicata], na Sicília, Santo Ângelo, da Ordem dos Carmelitas, presbítero e mártir, trucidado em 1219 pelos hereges na defesa da fé católica.
Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
2539 artigosO Instituto Plinio Corrêa de Oliveira é uma associação de direito privado, pessoa jurídica de fins não econômicos, nos termos do novo Código Civil. O IPCO foi fundado em 8 de dezembro de 2006 por um grupo de discípulos do saudoso líder católico brasileiro, por iniciativa do Eng° Adolpho Lindenberg, seu primo-irmão e um de seus primeiros seguidores, o qual assumiu a presidência da entidade.
Seja o primeiro a comentar!
Seja o primeiro a comentar!