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12/10 – Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil

Por Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

5 minhá 4 anos


12 de outubro de 2017. S.A.I.R. o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, presidiu a cerimônia em homenagem aos 300 anos da Aparição de Nossa Senhora nas águas do Rio Paraíba, no Monumento do Ipiranga, em São Paulo, onde estão sepultados os restos mortais de seu tetravô, o Imperador Dom Pedro I, que, logo após proclamar a Independência do Brasil, no dia 7 de Setembro de 1822, consagrou o País a Nossa Senhora Aparecida, como sua Rainha e Padroeira. A cerimônia foi realizada por iniciativa do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira.

Na segunda quinzena de outubro de 1717, D. Pedro de Almeida, conde de Assumar, então Governador de Minas e São Paulo, passava por Guaratinguetá. A Câmara local, como era dia de abstinência de carne, solicitou aos pescadores da região o fornecimento de peixe em abundância para homenagear o ilustre hóspede.

Muitos pescadores lançaram-se com suas barcas nas águas do caudaloso Paraíba. Entre eles, encontravam-se Domingos Garcia, João Alves e Felipe Pedroso. Em vão, porém, lançavam suas redes de um lado e de outro, pois voltavam sempre vazias.

Felipe, já desanimado, queria abandonar a empreitada, mas Domingos e João insistiam, como se estivessem à espera de um milagre.

Depois de muitos lances no porto de Itaguaçu, João Alves percebeu que, ao recolher a rede, havia apanhado alguma coisa. Surpresos, os três pescadores viram que se tratava do corpo de uma pequena imagem de barro, à qual faltava a cabeça.

Tornando a lançar a rede um pouco mais abaixo, o mesmo pescador recolheu a cabeça da imagem, o que deixou a todos maravilhados. Logo reconheceram que se tratava de uma representação de Nossa Senhora da Conceição, pois a Virgem calcava o demônio debaixo dos pés. A partir de então a pesca foi tão abundante, que os três pescadores tendo já os barcos repletos, voltaram para casa.

Felipe Pedroso levou para casa a imagem “aparecida”, nome pelo qual passou a designar a imagem. Ele a conservou durante seis anos em sua casa perto de Lourenço de Sá, e depois, passando para a Ponte Alta, ficou com ela mais nove anos depois do que a deu a seu filho Atanásio Pedroso. Este construiu um oratório e colocou a imagem da Virgem em um tosco altar, onde aos sábados se juntava a vizinhança para cantar e rezar o terço.

Numa dessas ocasiões em que o grupo de devotos rezava o terço diante da Imagem, as velas do tosco altar se apagaram, sem que houvesse vento, pois a noite estava serena. Silvana Rocha levantou-se para ir acendê-las, mas todos maravilhados viram que as mesmas se acenderam novamente sozinhas. Este foi, segundo as crônicas antigas, o primeiro dos grandes prodígios operados pela Senhora Aparecida. Logo vieram outros.

Todos compreenderam então que a Virgem queria ser especialmente venerada naquela imagem retirada das águas. Para atender a esse manifesto desejo da Senhora Aparecida, os devotos da milagrosa Imagem ergueram-lhe uma capelinha com o apoio do Pe. José Alves Vilela, piedoso Vigário da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá.

Um milagre espetacular que ocorreu junto à essa capelinha, muito contribuiu para a divulgação da devoção à Senhora Aparecida. O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda do Paraná, e foi capturado no Vale do Paraíba. Estava sendo levado de volta preso por correntes e argolas em torno do pulso e do pescoço, quando passaram junto da igreja. Zacarias, cheio de confiança no poder e na bondade da Mãe do Céu, pediu para rezar diante de sua imagenzinha. Rezou com tanta fé, que as argolas e a corrente lhe caíram milagrosamente aos pés. Seu senhor, quando soube do milagre, deu-lhe logo a liberdade.

A fama dos milagres e das graças alcançadas foi ganhando regiões cada vez mais distantes, e de todas elas começaram a vir peregrinos em romaria, venerar a imagem da Virgem Aparecida.

Vendo que a humilde capelinha já estava pequena para atender a tantos romeiros, o zeloso pároco Vilela iniciou a construção de uma igreja maior. Ela foi inaugurada em 1745, vinte e oito anos depois do milagroso achado da Imagem.

Entre os peregrinos, havia nobres e plebeus, ricos e pobres, senhores e escravos, todos irmanados na mesma devoção à Mãe de Deus e nossa.

Em l743, o culto a Nossa Senhora, sob a invocação de Conceição Aparecida, foi aprovado por Dom Frei João da Cruz, bispo do Rio de Janeiro (diocese a que pertencia então o lugar onde se erguia a igreja). Essa aprovação foi fruto do zelo do mesmo Padre José Alves Vilela, o qual foi também o primeiro historiador da mesma Senhora.

O Brasil tornou-se independente sob a maternal proteção de Nossa Senhora Aparecida.

D. Pedro, então Príncipe Regente do Brasil, estava sendo muito solicitado pelos patriotas para que proclamasse a nossa independência, separando-nos de Portugal.

Viajando do Rio de Janeiro para São Paulo, o Príncipe quis deter-se diante da Imagem da Aparecida, para pedir sua proteção. Preocupado com a situação política, prometeu consagrar o Brasil à Senhora da Conceição, caso as coisas corressem favoravelmente. Foi isto no dia 22 de agosto de l822

Quinze dias depois, a 7 de setembro, na colina do Ipiranga, em São Paulo, nascia o Brasil independente, pelo brado histórico do Príncipe, que se tornava assim nosso primeiro Imperador, Dom Pedro I.

O culto a Nossa Senhora Aparecida tomou conta do Brasil. O número de milagres e graças concedidas estão atestados na “Sala dos Milagres”, da Basílica.

Em 1904, no pontificado de São Pio X, sua imagem foi coroada pelo bispo de São Paulo e, a 16 de julho de 1930, Pio XI declarou-a padroeira do Brasil.

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O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira é uma associação de direito privado, pessoa jurídica de fins não econômicos, nos termos do novo Código Civil. O IPCO foi fundado em 8 de dezembro de 2006 por um grupo de discípulos do saudoso líder católico brasileiro, por iniciativa do Eng° Adolpho Lindenberg, seu primo-irmão e um de seus primeiros seguidores, o qual assumiu a presidência da entidade.

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