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Sexta Feira Santa
Neste dia em que se celebra a paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo na Cruz para a redenção do gênero humano, a liturgia reveste-se de profundo caráter de luto e tristeza, muito bem expressos nos altares completamente desnudos, nos paramentos pretos, bem como no silêncio dos sinos e do órgão, e sobretudo pela ausência do santo sacrifício da Missa. Com o canto pungente da Paixão, das grandes orações solenes em que a Igreja pede confiadamente a salvação dos homens, a adoração da Cruz, e o canto dos Impropérios, tudo nos leva a impostar neste dia nosso espírito no sacrifício feito por nosso Redentor por nós.
Paterno ou Pern (em latim Paternus) nasceu na Bretanha Armórica, na França, no século V, de pais nobres e virtuosos. Estes, depois do nascimento do filho, obrigaram-se de comum acordo a observar a continência para se consagrarem inteiramente ao serviço de Deus. Entregando o menino aos cuidados da mãe, o pai transferiu-se para a Irlanda, onde viveu na prática da penitência e oração.
Quando Paterno cresceu, teve desejos de imitar o pai, e de ir viver com ele. Embarcou, seguido de alguns companheiros, para a Grã Bretanha, atravessou todo o país de Gales, e deteve-se no condado de Cardigan, onde professou a vida monástica. Não tardou que fosse escolhido como Superior dos religiosos. Construiu então vários mosteiros e igrejas, e a maior delas deveria ter depois o seu nome: Lhan-Padern-Vaur, ou igreja do Grande Paterno.
Vindo a saber que o pai ainda vivia na Irlanda, passou a esta ilha para visitá-lo, e nessa ocasião reconciliou dois reis inimigos, voltando então para seu mosteiro.
Paterno fez depois uma viagem à Palestina com os santos Davi e Teliau, e foi sagrado bispo pelo patriarca de Jerusalém, pois sua igreja de Lhan-Pater-Vaur havia sido elevada a bispado.
Passados vinte anos, tendo o rei Caradoc ido para a Bretanha por o terem os habitantes de Vannes aceitado como rei, aqueles lhe solicitaram que Paterno, seu conterrâneo, fosse seu bispo. Desse modo o Santo tomou posse da diocese de Vannes, onde se notabilizou por sua virtude e santidade.
Entretanto, como bom imitador de Nosso Senhor Jesus Cristo, ele teve que sofrer perseguições de falsos católicos. Com sua mansidão e paciência, conseguiu acalmá-los e reconciliar-se com eles. Mas resolveu deixar Vannes para ir para a região dos francos, terminando assim seus dias fora da sua cidade episcopal. Coloca-se sua morte ordinariamente no dia 15 de abril, por volta do ano de 475. Os antigos bretões honravam sua memória nesse dia, como sendo o de seu nascimento, no dia 20 de junho, aniversário de sua sagração episcopal, e no dia 1º. de novembro, como o dia de sua reconciliação com seus inimigos.
Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
2524 artigosO Instituto Plinio Corrêa de Oliveira é uma associação de direito privado, pessoa jurídica de fins não econômicos, nos termos do novo Código Civil. O IPCO foi fundado em 8 de dezembro de 2006 por um grupo de discípulos do saudoso líder católico brasileiro, por iniciativa do Eng° Adolpho Lindenberg, seu primo-irmão e um de seus primeiros seguidores, o qual assumiu a presidência da entidade.
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