Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
A Virgem Maria chorou pelos pecados da humanidade e previu eventos futuros, como a fome e a guerra.
3 min — há 2 anos — Atualizado em: 9/19/2024, 1:23:01 PM
Nossa Senhora da Salete
No dia 19 de setembro de 1846, Nossa Senhora apareceu em La Salette, na França, a dois pastorzinhos, Maximino Giraud, de 11 anos, e Mélanie Calvat, de 15. A Virgem se apresentou com os trajes da região, isto é, um vestido longo e um grande avental, lenço cruzado e amarrado às costas, touca de camponesa. Rosas coroavam sua cabeça, ladeavam o lenço e ornavam seu calçado. Em sua fronte a luz brilhava como um diadema. Sobre seus ombros carregava uma pesada corrente, enquanto outra, mais leve, caía sobre o peito, prendendo um crucifixo resplandecente, que tinha um martelo de um lado, e uma torquês do outro, simbolizando a Paixão.
Os pastorzinhos a viram sentada sobre enorme pedra, em meio a grande resplendor. Tinha o rosto entre as mãos, e chorava copiosamente.
Quando se aproximaram, Nossa Senhora se levantou, e lhes disse: "Vinde, meus filhos, não tenhais medo." Falando alternadamente em francês e no dialeto local, Ela lhes explicou que chorava pelos pecados da humanidade.
Disse-lhes a Mãe de Deus:
Se meu povo não se quer submeter, sou forçada a deixar cair o braço de meu Filho. É tão forte e tão pesado que não o posso mais.
Há quanto tempo sofro por vós.
Dei-vos seis dias para trabalhar, reservei-me o sétimo, e não o querem conceder! É isso que torna tão pesado o braço de meu Filho.
E também os carroceiros não sabem jurar sem usar o nome de meu Filho. São essas as duas coisas que tornam tão pesado o Seu braço.
Se a colheita for perdida a culpa é vossa (...) Orai bem, fazei o bem.
[Ela insiste] Se a colheita se estraga, e só por vossa causa, Eu vo-lo mostrei no ano passado com as batatinhas: e vós nem fizestes caso! Ao contrário, quando encontráveis batatinhas estragadas, blasfemáveis usando o nome de meu Filho. Elas continuarão assim e, neste ano, para o Natal, não haverá mais
Entretanto, a Santíssima Virgem tem também palavras de esperança:
Se converterem, as pedras e rochedos se transformarão em montões de trigo, e as batatinhas serão semeadas nos roçados.
E, falando não mais no dialeto local, mas em francês, Ela conclui: “Pois bem, meus filhos, transmitireis isso a todo o meu povo”.
A Virgem Maria, na mensagem que deu aos dois videntes, predisse eventos futuros da sociedade e da Igreja. O cumprimento destas previsões foi visto como uma das indicações da veracidade da aparição nas investigações que se seguiram a ela.
No que diz respeito à sociedade, a Virgem Maria previu que a colheita seria completamente fracassada. Em Dezembro de 1846, a maior parte das camadas populares foi atingida por doenças e, em 1847, uma fome assolou a Europa, resultando na perda de cerca de um milhão de vidas, sendo cem mil só na França. A cólera se tornou prevalente em várias partes da França, e custou a vida de muitas crianças. O desaparecimento da Segunda República Francesa, com a Guerra franco-prussiana (1870-1871) e a revolta da Comuna de Paris de 1871 foram igualmente previstos.
Por fim, no que diz respeito à Igreja, Ela previu que a fé católica na França e no mundo iria diminuir bastante, mesmo na hierarquia católica, por causa dos muitos pecados dos leigos e do clero. Guerras iriam ocorrer se os homens não se arrependessem, e Paris e Marselha seriam destruídas.
Além da mensagem transmitida aos dois videntes pedindo oração e penitência pela humanidade, a Mãe de Deus confiou às crianças um segredo que devia ser enviado ao Papa (Cfr. Wikipédia em português).
Em 1852 o bem-aventurado Papa Pio IX aprovou a aparição, e reconheceu a origem celeste da mensagem, mas esta nunca havia sido divulgada pelo Vaticano, e só recentemente se teve conhecimento dela.
O culto a Nossa Senhora de La Salete floresceu no século XX e, assim como o de Nossa Senhora de Lurdes (1858) e o de Nossa Senhora de Fátima (1917), continua a ser uma das mais famosas aparições marianas da Idade Moderna.
Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
2539 artigosO Instituto Plinio Corrêa de Oliveira é uma associação de direito privado, pessoa jurídica de fins não econômicos, nos termos do novo Código Civil. O IPCO foi fundado em 8 de dezembro de 2006 por um grupo de discípulos do saudoso líder católico brasileiro, por iniciativa do Eng° Adolpho Lindenberg, seu primo-irmão e um de seus primeiros seguidores, o qual assumiu a presidência da entidade.
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