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Plinio Corrêa de Oliveira
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“Eu me consumo de zelo pelo Senhor Deus dos exércitos”


Contava-se antigamente que, para ouvir de certo homem suspeito se ele tinha ou não praticado um furto, levaram-no diante de uma imagem do Profeta Elias. Desejava-se verificar se continuaria negando o crime. O suspeito disse que não acreditava em Deus e aceitou o desafio. Posto diante da imagem, ficou tão amedrontado que confessou ser ele o ladrão. Alegou depois que não conseguia mentir diante daquela fisionomia increpadora do Profeta.

Desse Santo Profeta do Altíssimo, os livros registram numerosas alegorias ou alcunhas. Eis algumas: Espada do Senhor Deus dos Exércitos; raio exterminador dos ímpios; trovão e ímpeto de fogo; força avassaladora; vingador dos crimes; justiceiro da honra de Deus; pavor dos maus; glória dos bons; martelo dos tiranos; precursor e prefigura de Cristo; defensor das Leis divinas; extirpador dos idólatras; primeiro devoto da Santíssima Virgem; pai e chefe dos carmelitas (pater et dux carmelitarum).

Segundo muitos de seus fiéis, o Profeta era invocado como “Elias-o-trovão”, porque comandava os trovões, os raios e a chuva. Na cidade russa de Novgorod havia duas igrejas: uma consagrada a “Elias-o-úmido”, outra a “Elias-o-seco”. Os devotos rezavam a uma ou outra invocação conforme as necessidades da agricultura — quando se precisava de chuva ou de estiagem para as plantações. Narra-se que em uma das Cruzadas Santo Elias apareceu no céu com um gládio em chamas, pondo em fuga os maometanos.

Por tudo isso, podemos sustentar que Elias não foi um homem incerto, morno, indefinido, indeciso, genérico, e muito menos um centrista… Mas algum acomodado a quem coubessem qualificativos como esses objetaria que Elias era puro ódio. Por um lado isso é verdade, pois odiava o mal. Mas por outro lado se consumia de amor a Deus, abrasava-se de zelo pela sua honra. Conforme registra a Sagrada Escritura, é dele a afirmação: Zelo zelatus sum pro Domino Deo exercituum (“Eu me consumo de zelo pelo Senhor Deus dos exércitos” – 1 Reis, 19,10).

Muito de acordo com um antigo adágio espanhol, “quem ama, odeia; e quem odeia, combate”, podemos dizer que o ódio de Elias contra os inimigos de Deus crescia em decorrência de seu amor a Deus. Também podemos afirmar que Elias foi o escolhido por Deus para seu vingador contra os ímpios prevaricadores, que em seu tempo (quase 1.000 anos antes de Cristo) afrontavam as Leis divinas.

Podemos então indagar: Se o Profeta Elias vivesse em nossos dias de tanta prevaricação moral e afronta à verdadeira Religião, qual seria a atitude “eliática”? Como ele se comportaria?

Leia, estimado leitor, a matéria de capa da edição da revista Catolicismo deste mês, e certamente encontrará os elementos para a resposta. Depois, se desejar, envie-nos seus comentários.

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