Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 11 anos — Atualizado em: 2/8/2018, 8:38:32 PM
Li JF (nome conservado no anonimato para evitar represálias) foi juiz e presidente de tribunal numa cidade chinesa na costa oriental do país.
Mas foi condenado a 11 anos de confinamento num campo de trabalhos forçados pelo fato de pertencer à Igreja Católica dita “subterrânea”, perseguida pelo governo pela sua fidelidade à Santa Sé, informou a agência AsiaNews.
Bob Fu, fundador e presidente da associação ChinaAid contou sua história, assim que Li foi excarcerado.
“Li foi aprisionado não por corrução ou atividades criminais, mas sim porque fornecia consultoria legal gratuita aos mais débeis e vulneráveis”, explicou Fu.
“Facilmente ele teria ficado rico continuando na sua carreira de juiz – acrescenta – teria evitado a prisão, os golpes e as torturas ficando em silencia diante das injustiças”. “Mas escolheu um caminho diverso porque ouviu a Voz que em seus ouvidos dizia: ‘Esta é a estrada, percorre-a’” (Isaias 30:21).
Numa carta a Fu redigida por Li após sua liberação, o ex-juiz escreveu: “Eu perdi tudo, mas ganhei a fé em Deus!”. Na carta, ele conta como sua saúde piorou na cadeia, como sua mulher pediu o divórcio sob ameaças das autoridades e como sua filha desapareceu.
Um irmão mais novo de Li conseguiu emigrar à Tailândia em 2010, acossado pelas autoridades socialistas, tendo vivido dois anos no presídio.
Enquanto Li estava detido, o governo se empossou de sua velha casa. Não obstante isso “Li ainda diz que ganhou com seu encarceramento, porque não perdeu a fé em Deus”, sublinhou Fu.
No campo de trabalhos forçados, Li trabalhava 14 horas por dia e tinha que aguentar três horas diárias de “reeducação”.
No Ocidente, ouvem-se muitos apelos pelos pobres e pelos despossuídos. Esses humanistas, em geral bem instalados, jamais dizem uma palavra pelos católicos chineses que perseveram na sua fidelidade a Roma.
O testemunho de Li não diz muita coisa para eles, mas sim os gestos de “diálogo” do perseguidor regime marxista e de seus acólitos companheiros de estrada “progressistas”.
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