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Plinio Corrêa de Oliveira
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Semi-deus tiraniza um povo com tédio do comunismo


Xi Jinping, o Big Brother se perpetua

É a um só tempo ridículo e aterrorizador para os chineses: a doutrinação ideológica marxista foi intensificada sob “Xi Dada” – que significa “Papai Xi” –, segundo a reportagem do jornal “Le Figaro” de Paris.

Há dois anos, os 12.000 jovens desejosos de ingressar na Universidade de Tecnologia de Pequim deviam saber desenhar de cor o rosto do ditador.

Xi até escreveu um livro: O governo da China.

Como não poderia deixar de ser, foi todo um sucesso editorial! Traduzido em oito idiomas, vendeu mais de 20 milhões de exemplares.

O mais provável é que tenha sido distribuído gratuitamente, e pode bem ter acabado como as intérminas edições soviéticas do Capital de Marx, cujo papel era usado pelos russos não só pobres, mas miseráveis, para fins muito prosaicos.

Elevado a semi-deus no Olimpo infernal maoísta.

A doutrina política nele contida apresenta nebulosidades genéricas como se fossem genialidades: atingir “o sonho da China” e “rejuvenescer” essa milenar nação.

Nem todo o mundo “comprou” essas mensagens de propaganda, manifestamente inconsequentes.

Os visitantes da amostra consagrada ao novo semideus materialista desfilavam em silêncio.

Caras longas, ar entediado, todos marcavam ponto como devotos do novo culto.

Pediram dispensa do trabalho para cumprir uma “importante atividade laboral extra” e preencheram a ficha.

No Ocidente, a nossa mídia não falou do imenso gigante de pés de barro que se patenteou em Pequim.

Mostra sobre Xi Jinping durante o XIX Congresso: impossível votar por outrem

Xi entrou no panteão comunista, seu nome foi inscrito no estatuto do Partido Comunista em paridade de situação com o patriarca do crime e fundador, noticiou a agência AFP.

Ninguém sabe explicar no que consiste o glorificado “pensamento Xi Jinping” que está na boca de todo o mundo.

Fala-se do “grande renascimento da nação”, sem mencionar que ele é o chefe do Partido que a afoga em oceanos de tormentos e humilhações.

Uma coisa é concreta: Xi quer um exército “de primeiro nível mundial” até 2050, para garantir a paz. Evidentemente que não é.

O Estado de direito “socialista” se assanhará mais contra quem quiser se destacar, e o penhor da “coexistência harmoniosa entre o homem e a natureza” garantirá a continuidade das intoxicações coletivas em aras de triunfo do socialismo planetário.

Xi Jinping reeleito com voto perfeito

Houve mudanças entre seus súditos. A mídia ocidental faz alambicadas elucubrações de nomes, os quais soam perfeitamente desconhecidos aos nossos ouvidos.

A única coisa certa é que só serão nomeados homens muito da confiança de Xi para lhe assegurar “um controle total do Comitê Permanente”, estimou Willy Lam, politólogo da Universidade Chinesa de Hong Kong.

Para Bill Bishop, autor da Lettre d’Information Sinocism Chinaas mudanças serão apenas cosméticas e sempre em favor de Xi.

Com seu nome no estatuto do Partido, se alguém falar de sucessão cometerá o crime supremo. O ditador tornou-se vitalício.

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Luis Dufaur

Luis Dufaur

1042 artigos

Escritor, jornalista, conferencista de política internacional no Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, webmaster de diversos blogs.

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