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4 min — há 7 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:46:47 PM
Apesar de todas as evidências em contrário, há muitos que tentam separar o Islã do terrorismo feito em seu nome. Entre os que assim agem estão infelizmente inúmeros eclesiásticos, entre os quais se destaca o próprio Papa Francisco.
Para estranheza dos católicos, em seu empenho para que o Ocidente aceite sem distinção os imigrantes, o Sumo Pontífice não leva em conta o perigo que a entrada maciça de muçulmanos na Europa representa para a Fé e a Civilização Cristã. Por outro lado, chegou a declarar que o terrorismo muçulmano em si não existe. E em sua viagem ao Egito, após o massacre perpetrado pelo Estado Islâmico contra duas igrejas coptas no Domingo de Páscoa, ele pouco fez para confortar os cristãos inocentes, mas esmerou-se em reforçar os laços com os líderes islâmicos.
Gregório III Laham, antigo Patriarca dos Greco-Melquitas e influente líder dos católicos no Oriente até recentemente, segue o seu exemplo. Para surpresa geral, ele declarou: “A Igreja Católica Greco-Melquita é a Igreja do Islã.” E acrescentou que os ataques do Jihad contra cristãos do Oriente Médio eram “uma conspiração sionista contra o Islã”.
Por isso mesmo é muito oportuna a entrevista concedida pelo Pe. Henrique Boulad [foto] ao “National Catholic Reporter” em 10 de junho sobre o Islã. De nacionalidade egípcia, o Pe. Boulad foi Provincial dos Jesuítas desse país e diretor do Centro Cultural Jesuíta em Alexandria. Ele cita em sua entrevista alguns dos trechos nos quais o Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, ordena como eles devem agir em relação aos cristãos, denominados de “infiéis”:
“Mate os não crentes em qualquer lugar que os encontre” (Alcorão, 2:191).
“Faça guerra aos infiéis que vivem em suas cercanias” (Id. 9:5).
“Qualquer outra religião que não seja o Islã é inaceitável” (Id. 3:85).
“Mutile e crucifique os infiéis que criticarem o Islã” (Id. 5:33).
“Puna os descrentes com roupas de fogo, cordas com ganchos de ferro, água fervente, derreta suas peles e estômagos” (Id. 22:19).
“Os muçulmanos não devem ter infiéis como amigos” (Id 3:28).
“Aterrorize e decapite aqueles que creem em outras escrituras que não o Alcorão” (Id. 8:12).
Respondendo a uma pergunta sobre a possibilidade de uma genuína reforma do Islã e de um verdadeiro diálogo com ele, o Pe. Boulad foi taxativo:
“Todas as tentativas feitas por muçulmanos mais abertos para reformar o Islã fracassaram tragicamente até agora, e eu duvido que um ‘Islã reformado’ permaneça ‘Islã’”. Segundo ele, nos últimos dois séculos houve várias tentativas frustradas para reformá-lo.
A posição do erudito Jesuíta não é isolada, mas compartilhada por inúmeros especialistas, entre eles o também o egípcio e jesuíta Pe. Samir Kallil Samir, por sinal seu parente.
Por outro lado, os fatos recentes de terrorismo e intolerância do Islã, na Europa e Oriente Médio, comprovam o que os verdadeiros especialistas sobre ele não deixam de afirmar.[1]
Na mencionada entrevista ao “National Catholic Reporter” o Pe. Henrique Boulad comentou a carta que enviou em agosto último ao Papa Francisco, sobre a sua posição tolerante em relação a esse inimigo da Civilização Cristã:
“Parece-me que sob o pretexto de abertura, tolerância e caridade cristã, a Igreja Católica caiu na armadilha da ideologia esquerdista liberal que está destruindo o Ocidente. Qualquer coisa que não se compagine com essa ideologia é imediatamente estigmatizada em nome do ‘politicamente correto’. Muitos pensam que algumas de vossas posições estão alinhadas com essa ideologia e que vós ides, por complacência, de concessões em concessões, de compromissos em compromissos, às expensas da verdade.”
Prossegue o Pe. Boulad em sua advertência: “O Ocidente está num total fracasso ético e moral, religioso e espiritual. E não é relativizando a dolorosa realidade que se ajudará essas sociedades a emergirem de sua confusão. Defendendo o Islã a todo custo e procurando exonerá-lo dos horrores cometidos em seu nome todos os dias, se acabará por trair a verdade.”
Argumenta ainda o jesuíta: “Jesus nos disse: ‘a Verdade vos tornará livres’. Foi porque Ele recusou qualquer compromisso a esse respeito que sofreu o destino que O aguardava. Seguindo-O, um sem-número de cristãos preferiu o martírio ao compromisso. É o caso até hoje, no Egito e em muitos outros lugares.”
O Pe. Boulad insiste: “Com extrema fragilidade, os cristãos — tanto do Leste quanto do Oeste — estão esperando de vós algo mais que declarações vagas e inócuas que podem obscurecer a realidade. Vosso predecessor, o Papa Bento XVI, teve a coragem de tomar uma posição clara e sem ambiguidade. Sua atitude levantou [contra ele] uma grande oposição e conquistou-lhe muitos inimigos. Mas a confrontação franca não é mais salutar que um diálogo baseado no compromisso?”.
O arguto jesuíta, fazendo a distinção entre “promotores da paz” e “pacifistas”, diz estas severas palavras ao Sucessor de Pedro: “Já é hora de emergir de um silêncio vergonhoso e embaraçado em face desse Islamismo que ataca o Ocidente e o resto do mundo. Uma atitude sistemática e conciliatória nossa é interpretada pela maioria dos muçulmanos como sinal de medo e fraqueza. Jesus nos disse: Bem-aventurados os que promovem a paz, e não: Bem-aventurados os pacifistas. Paz a qualquer preço é pura e simplesmente uma traição à verdade.”
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