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2 min — há 10 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:50:51 PM
De acordo com relatório do Banco Mundial, a população em estado de pobreza extrema caiu mais da metade nos últimos 30 anos.
A percentagem mundial dessa faixa era de 34,6% em 1990. Ela foi diminuindo gradualmente até atingir 14,5% em 2011.
A propósito desses dados, o jornalista Piero Esterlino, do conhecido jornal Il Corriere della Sera, denunciou os exageros demagógicos de essência esquerdista segundo os quais a humanidade gemeria sob um “liberalismo selvagem” que “joga os povos na fome, destrói o planeta e aumenta as desigualdades”.
Precisamente sob esse regime é que se deu a maior redução da pobreza acontecida na história da humanidade, comentou ironicamente outro jornal italiano, “Il Foglio”.
Dirigido por Giuliano Ferrara, um ex-comunista realista, “Il Foglio” foi um dos poucos jornais a dar a notícia do relatório do Banco Mundial. E não é por acaso, observou Piero Ostellino.
Os jornais evitam solicitamente a publicar boas notícias. Eles andam à procura do escândalo, do crime, do episódio deprimente, da degradação sexual, do exagero assustador.
A grande mídia não gosta do noticiário veraz, que eleva, reanima, mostra um caminho, dá sentido às coisas e comunica vontade de viver.
Por isso, uma realidade positiva como esta, gerada pelo regime de propriedade privada e de livre iniciativa, é silenciada pela grande mídia.
Demagogos leigos ou eclesiásticos, não raramente ocupando altos cargos no governo e na Igreja, atribuem à propriedade privada e ao regime de capitalismo privado – que é uma de suas consequências naturais – as piores calamidades que afligem a humanidade, observou Ostellino.
Isso é um sinal de que a infiltração marxista na grande mídia não arrefeceu com a queda da União Soviética. Não houve nenhuma renovação benfazeja nessas altas esferas midiáticas, eclesiásticas e políticas, quer nos respectivos âmbitos nacionais, quer no internacional.
O pensador marxista Antonio Gramsci, que atualizou o “dessueto” (obsoleto) marxismo-leninismo, defendia como objetivo prioritário a ocupação das “casamatas” da sociedade não-comunista, entre elas a mídia.
Depois, segundo ele, seria fácil impor o comunismo na política.
Uma vez ocupadas a mídia e outras “casamatas” – como seminários, conventos, paróquias e sedes episcopais –, seria fácil distorcer as mentalidades. E o comunismo cairia de maduro.
A União Soviética sucumbiu, mas continua intenso, embora sorrateiro, o trabalho contra a propriedade privada, a livre iniciativa e a família em jornais, TVs, rádios, e até em sites da Internet.
Essa propaganda habilidosa da visão socialo-comunista do mundo explica em parte por que tantos jornais estão fechando suas portas por falta de leitores.
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