Ideologia de gênero e o preconceito contra a desigualdade
Vai longe aagenda da “ideologia de gênero”: desta vez a vítima é o Coral de meninos daCatedral de Berlim, uma instituição típica da cultura musical alemã, com maisde 500 anos.
Fundado em1465 por Frederico II, príncipe-eleitor de Brandemburgo, o Coro do Estado e daCatedral de Berlim é formado por meninos em seus 554 anos de existência. Ganhounotoriedade mundial e é considerado uma joia entre os Corais de meninos.
Foi exatamente contra essa preciosidade da cultura musical alemã que a mãe de uma menina de 9 anos (servindo à agenda da igualdade de gênero) abriu processo: “Mãe havia alegado que filha de 9 anos sofreu “discriminação de gênero” ao ser recusada pelo coral de Berlim.”
Uma sentença que engrandece e honra a Justiça alemã
Informa Deutsche Welle que um tribunal de Berlimentendeu, nesta sexta feira (16/08), “que um tradicional coro de meninos dacapital não foi sexista ao recusar a candidatura de uma menina de nove anos”.
“O padrão acústico de um coral faz parte de sua liberdade artística”, disse o juiz responsável pelo caso, que afirmou ainda ter levado em conta evidências suficientes de que um coro de meninos tem um som distinto”.
Há coros mistos em Berlim, afirma a Administração
Ponderou, com muito acerto, a Administração do Coral de Berlim “que existem outros coros em Berlim que aceitam meninas, mas a mãe argumentou que sua filha não obteria o mesmo grau de treinamento em outros grupos” (sic).
Cabe aqui uma observação sobre o fanatismo que move os adeptos da ideologia de gênero: há corais em Berlim que são mistos, entretanto, o Coral de Berlim (com 554 anos) precisa desnaturar-se (perder a identidade) para satisfazer os caprichos de uma mãe, certamente induzida, que alega “discriminação de gênero”.
É umfanatismo contra a desigualdade, contra a identidade de uma Instituição cincovezes centenária.
Quando Pedro Álvares Cabral aportou no Brasil, em 1500, o Coral de Berlim já tinha meio século de existência.
A defesa da Instituição gira em torno da sua identidade multissecular
“Ainstituição se defendeu afirmando que o motivo “predominante” para arejeição “não girou em torno do sexo” da candidata, mas porque suavoz não “correspondeu às características sonoras desejadas por um coro demeninos”.
Kai-UweJirka, o diretor do coro, que é ligado à Universidade de Artes de Berlim (UdK),também alegou que há diferenças tonais nas vozes de meninos e meninas, e quenão faria sentido forçar uma menina a treinar exaustivamente sua voz para queela soasse como a de um menino. “Por que pais iam desejar isso para suafilha?”, perguntou”.
Osdefensores do coral argumentaram que a importância está no tom, não no talento,e que misturar os dois sexos no coro acabaria por destruir seu som tradicional.
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Maisuma prova do fanatismo que move os adeptos da “ideologia de gênero”. Umainstituição de fama mundial, cinco vezes secular, sofre uma violência, pressãoe processo para mudar a sua identidade cultural: assim é o rolo compressor da“ideologia de gênero”.
O princípio da identidade nacional
Ensina o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira “que a expressão “alma nacional” designa um conjunto de disposições psicológicas que existem em todos os indivíduos de uma mesma nação e que constituem, pois, a característica psicológica da própria nação.
“Essas disposições psicológicas engendram costumes, sistemas artísticos (Coro de Berlim) e instituições políticas impregnados a fundo da psicologia nacional. Alterada esta, a vida artística, social, cultural e política se alterará inelutavelmente. E no dia em que a alteração tiver sido completa, a nação terá perdido, até certo ponto, a identidade consigo mesma”.https://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG%20390702_OCONC%C3%8DLIO.htm
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Esta decisão do Juiz alemão em favor do Coral de Berlim, mantendo a sua identidade consigo mesmo, é um ótimo exemplo de como uma Nação mantém a sua “alma nacional”, as suas características próprias as quais são forjadas ao longo dos séculos.
Estamos na fase da reconstrução do Brasil. Tenhamos em vista que a “ideologia de gênero” é uma alavanca nas mãos da esquerda para desnaturar as famílias, as instituições e também o País.
DW encerra a notícia: “uma pesquisa com leitores realizada pela Deutsche Welle indica que 84% dos entrevistados acreditam que os coros devem ter permissão para determinar os gêneros de seus membros”.
Em outras palavras, 84% contrários à ideologia de gênero. Nossos parabéns à Nação alemã.
Fonte:https://www.dw.com/pt-br/alem%C3%A3-perde-processo-contra-coral-de-meninos/a-50059264
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