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Facebook: intemperança frenética desilude empregados, apesar dos altos salários

Por John Horvat II

3 minhá 9 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:48:57 PM


O paraíso do Facebook…

O Facebook é um típico produto de nossa economia pós-moderna. Trata-se de uma daquelas empresas “de diversão”, que quebra todas as regras, rompe hierarquias tradicionais e deixa seus empregados exercitarem sua criatividade sem as restrições normalmente impostas. E isto parece funcionar fabulosamente.

Com a média de rendimentos salariais entre $74.000 dólares por ano, o Facebook pode escolher os melhores graduados nas universidades da nação. Os empregados desfrutam de muitos privilégios e prestígios. Todos literalmente fazem um lanche livre em cafeterias gourmet da empresa e não é de se admirar que o Facebook se encontra entre os melhores lugares do mundo para trabalhar.

Poderia parecer que o sucesso do Facebook invalida a alegação daqueles que criticam a empresa como um exemplo daquilo que eu chamo de “frenética intemperança” da economia moderna. O celebrado estilo livre do Facebook e o enorme rendimento da empresa dizem que a “intemperança frenética” paga bem as contas.

… e suas consequências

Mas, assim como as páginas pessoais que o Facebook hospeda, as aparências enganam.

Por detrás das imagens otimistas, há uma realidade problemática que muitas vezes não é vista: nem todos estão felizes em trabalhar no clima supostamente idílico da empresa.

No site de perguntas e respostas Quora, ex-empregados expressaram descontentamento com o Facebook. A discussão franca está especialmente focada no frenético andamento do trabalho e nas consequências psicológicas de trabalhar sob pressão. Um artigo no Daily Telegraph sobre esse assunto atraiu centenas de comentários ecoando uma surpreendente desilusão com o Facebook.

Empregadores podem ser submetidos de 12 a 14 horas de trabalho por dia sob condições de estresse.
Empregadores podem ser submetidos de 12 a 14 horas de trabalho por dia sob condições estressantes.

A diversão no ambiente de trabalho parece não ser tão divertida

Mas do que esses ex-empregados reclamam? Curiosamente, daquelas coisas “divertidas” que são anunciadas como o supra-sumo da moda no que se refere ao ambiente de trabalho pós-moderno: a falta de organização, foco e regulamentos.

Trabalhar para o Facebook pode ser cansativo uma vez que não há uma rotina de trabalho normal, como das 9 às 17 horas. Empregados podem ser submetidos de 12 a 14 horas de trabalho por dia sob condições estressantes.

Engenheiros reclamaram do assim chamado “24/7” [estar disponível 24 horas na semana] para manter o serviço e a administração. Os empregados são completamente absorvidos pelo rápido e intensivo ritmo de trabalho.

A falta de barreiras e a atmosfera em que tudo é livre supõe fomentar a criatividade, mas também são altamente estressantes para os trabalhadores que se queixam de uma enorme falta de privacidade na gigante da mídia social.

“Na maioria das empresas, você constrói um muro entre sua vida profissional e privada”, escreveu um ex-empregado. “Este muro não existe no Facebook, o que pode criar situações desconfortáveis para alguns.”

Ainda outra reclamação popular foi que tudo é indefinido e sem foco. Funcionários sentiram a falta de infraestrutura para fornecer orientação ou apoio. Há jogos de adivinhação constantes nos quais trabalhadores esperavam intuir o que está acontecendo em seus departamentos e o que se espera deles. O resultado é a “falta de profissionalismo” e “estabilidade” no qual as instruções não são claras e falta organização.

Estas e outras reclamações sublinham a importância dos relacionamentos humanos e a liderança no ambiente de trabalho. Não é de se admirar que, apesar de altos salários, privilégios e o prestígio de serem parte de uma empresa de grande porte, há aqueles que optam por não trabalhar em uma panela de pressão.

As pessoas não foram feitas para viver em uma atmosfera na qual o descuido, a ausência de restrição e a imediata gratificação dominam. Eles precisam de orientação, infraestrutura e liderança para os apoiar.

Resultado, a intemperança frenética tem seu imposto e este recai sobre a psique, causando exaustão e desilusão.

O Facebook precisa encarar o fato de que a vida não é uma página de Facebook constituído por posts superficiais, diversões e jogos. Até mesmo a gigante da mídia social deve aprender essa lição importante ou ela pode esperar para ver a si mesma cada vez mais “descurtida” e “sem amigos” por seus empregados desiludidos.

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