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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

O Mundo Novo que está surgindo. – É de fato o que nós queremos?


Uma coisa que todos percebem é que o mundo vai se tornando cada vez mais globalizado, isto é, com a facilidade de comunicações, tanto nos transportes como no telefone, na Internet etc. Isso faz com que as pessoas, em qualquer lugar ou país, vão tendo um mesmo pensar, um mesmo querer e um mesmo sentir. As distinções entre as pessoas vão diminuindo cada vez mais.

A pandemia está sendo usada pelos mentores da Revolução como uma ocasião inédita para redesenhar o mundo, as relações sociais, o chamado Great Reset.

A alta finança, a tecnologia e a cibernética criariam o homem novo

Ao mesmo tempo, indivíduos da alta finança internacional, chegados à moderna tecnologia e à cibernética, querem aproveitar essas modificações para fazer o ser humano dar um salto qualitativo (sonhado por Marx) e assim produzir um supermundo com um super-homem, que “não agridam mais a Natureza”, jamais vistos na História. Por que querem isso? Eles dizem que as mudanças tecnológicas que o mundo tem experimentado necessitam de um mundo novo e de um homem novo que estejam de acordo com isso.

Esses “experts” dizem que o homem novo pode ser produzido através das leis da genética e acabe dando em alguma coisa fundamentalmente diferente do homem atual. De fato, o que eles querem é um homem diferente daquele que Deus criou – dotado de inteligência, vontade e sensibilidade –, que não seja mais capaz de amar a Deus. E obrigar a vida atual a tomar outro curso.

O curso até aqui – imaginado pelos evolucionistas – era da planta para o animal, do animal para o homem. Agora tomaria um curso que não se daria sem a intervenção do homem; não seria um curso espontâneo como teria sido o curso anterior, mas um curso forçado, em que o homem rouba um segredo da natureza e, como dizem os franceses, renverse – vira de cabeça para baixo – o homem, fazendo outra natureza que se ajuste à ordem de coisas computadorizada e planejada por eles. Quer dizer, uma coisa monstruosa.

União ecologia-cibernética

Elon Musk

Os ecologistas, que representam atualmente uma força ideológica muito “bombada”, estão promovendo essas mudanças. Eles querem o homem mais “de acordo com a natureza”, embora aceitem a sociedade tecnológica e computadorizada, dizendo que o mundo ecologista é inteiramente compatível com o mundo da cibernética. Seria o fim da sociedade de consumo, do reinado dos conglomerados industriais e urbanos. A sociedade industrial, que produziu as grandes fábricas, as grandes cidades, tudo isso deve desaparecer. A primazia dos Estados Unidos no mundo de hoje teria de acabar.

Essa gente pertence, como mencionei acima, à alta finança internacional, cujas empresas estão sediadas no famoso Silicon Valley da Califórnia. Por exemplo, Elon Musk, nascido em Pretória em 28-6-1971, é um empreendedor e filantropo sul-africano-canadense-americano.É o fundador, CEO e CTO da SpaceX; CEO da Tesla Motors; vice-presidente da OpenAI, fundador e CEO da Neuralink e cofundador e presidente da SolarCity. Em 7 de janeiro de 2021, com um patrimônio pessoal estimado em cerca de 188,5 bilhões de dólares, tornou-se a pessoa mais rica do mundo. Elon Musk demonstrou publicamente preocupações com a extinção da humanidade, e também propôs soluções, algumas das quais são o objetivo principal de suas empresas e já estão sendo postas em prática. Entre elas, a redução do aquecimento global através do uso de energias renováveis, um projeto multiplanetário – mais especificamente a colonização de Marte – e o desenvolvimento seguro da inteligência artificial.

O sonho do transumanismo: unir cérebro ao computador

Estamos falando de transumanismo, o verdadeiro sonho da pseudo elite que gere o mundo. Para nos convencer, basta citar as palavras do mencionado Elon Musk: “Para se unir verdadeiramente em simbiose com a Inteligência Artificial é preciso uma mediação com o cérebro, uma ligação direta entre o cérebro e o computador. Talvez a solução melhor seja ter dentro do cérebro um nível de Inteligência Artificial que opere em simbiose com o computador, precisamente como faz o cérebro biológico. E, para isso, não é necessária uma intervenção cirúrgica; basta injetar a substância no sangue, ou diretamente na jugular, e dali chega rapidamente aos neurônios”.

Um técnico explicou as palavras de Musk dizendo que isso se faz utilizando a ciência da genética e introduzindo pequenos interruptores de proteína que se podem ativar: eles acendem ou apagam os neurônios, mandando minúsculas faixas de luz para forçar o próprio neurônio a dizer aquilo que queremos que eles digam.

Essa gente é ecologista e panteísta. Agora nós já sabemos de onde vem a força ecologista no mundo.

O papel do tribalismo comuno-missionário

Prof. Plinio Corrêa de Oliveira

Agora, se o clero católico fosse inteiramente ortodoxo, esse plano da Revolução não seria possível. Era necessário que também dentro da Igreja surgisse uma corrente comuno-estruturalista. O Sínodo da Amazônia apontou nesse sentido.

A Quarta Revolução (a Primeira foi a Protestante, a Segunda a Francesa, a Terceira a Comunista e a Quarta a da Sorbonne em Maio de 1968) dentro da Igreja Católica já foi denunciada pelo Prof. Plinio e se ajusta perfeitamente a esse novo patamar sonhado pelos globalistas:

“Ela deverá ser a derrocada da ditadura do proletariado em consequência de uma nova crise, por força da qual o Estado hipertrofiado será vítima de sua própria hipertrofia. E desaparecerá, dando origem a um estado de coisas cientificista e cooperativista, no qual – dizem os comunistas – o homem terá alcançado um grau de liberdade, de igualdade e de fraternidade até aqui insuspeitável.”

Continua o Prof. Plinio:

“IV Revolução e tribalismo: uma eventualidade – Como? –

Livro: Revolução e Contra-Revolução.

“É impossível não perguntar se a sociedade tribal sonhada pelas atuais correntes estruturalistas dá uma resposta a esta indagação. O estruturalismo vê na vida tribal uma síntese ilusória entre o auge da liberdade individual e do coletivismo consentido, na qual este último acaba por devorar a liberdade. Segundo tal coletivismo, os vários ‘eus’ ou as pessoas individuais, com sua inteligência, sua vontade e sua sensibilidade, e conseqüentemente seus modos de ser, característicos e conflitantes, se fundem e se dissolvem na personalidade coletiva da tribo geradora de um pensar, de um querer, de um estilo de ser densamente comuns. Bem entendido, o caminho rumo a este estado de coisas tribal tem de passar pela extinção dos velhos padrões de reflexão, volição e sensibilidade individuais, gradualmente substituídos por modos de pensamento, deliberação e sensibilidade cada vez mais coletivos. É, portanto, neste campo que principalmente a transformação se deve dar.  

“De que forma? – Nas tribos, a coesão entre os membros é assegurada sobretudo por um comum pensar e sentir, do qual decorrem hábitos comuns e um comum querer. Nelas, a razão individual fica circunscrita a quase nada, isto é, aos primeiros e mais elementares movimentos que seu estado atrofiado lhe consente. ‘Pensamento selvagem’, pensamento que não pensa e se volta apenas para o concreto. Tal é o preço da fusão coletivista tribal. Ao pajé incumbe manter, num plano místico, esta vida psíquica coletiva, por meio de cultos totêmicos carregados de ‘mensagens’ confusas, mas ‘ricas’ dos fogos fátuos ou até mesmo das fulgurações provenientes dos misteriosos mundos da transpsicologia ou da parapsicologia.

“É pela aquisição dessas “riquezas” que o homem compensaria a atrofia da razão. Da razão, sim, outrora hipertrofiada pelo livre exame, pelo cartesianismo, etc., divinizada pela Revolução Francesa, utilizada até o mais exacerbado abuso em toda escola de pensamento comunista, e agora, por fim, atrofiada e feita escrava a serviço do totemismo transpsicológico e parapsicológico…” (Revolução e Contra-Revolução, p. 62).

Conúbio entre os globalistas e os tribalistas “católicos”

As novelas que circulam são muito coerentes entre si, seguem um sistema muito simples, que é o sistema da loucura, da impossibilidade, como que obrigando a natureza a produzir as imagens do demônio, quando outrora a literatura produzia a imagem de Deus. E virar toda a natureza, a ordem física, a ordem biológica etc., de maneira a involuir rumo à tara, ao pior possível, como objetivo.

Ficção científica (às vezes abreviado para Sci-Fi, do inglês) é um gênero de ficção especulativa que lida tipicamente com conceitos imaginativos e futurísticos, como os da ciência e tecnologia avançadas, exploração do espaço, viagem no tempo, universos paralelos e vida extraterrena. Tem sido, às vezes, chamada de “literatura de ideias” e explora com frequência as consequências potenciais das inovações científicas, sociais e tecnológicas. A ficção científica, cujas raízes estão nos tempos antigos, é relacionada com a fantasia, o horror, os super-homens imaginários, e contém muitos subgêneros. A literatura de ficção, filme, televisão e outros tipos de mídia se tornaram populares e influentes na maior parte do mundo. Além de proporcionarem entretenimento, podem também criticar a atual sociedade, e se diz que dão uma “sensação de maravilhamento”.

Acaba sendo que a Sci-Fi desde Júlio Verne revela certo caráter profético, só que profetismo do demônio. Assim eles o consideram. Mas a gente percebe que a Ficção Cientifica só tem êxito quando está na linha deste falso profetismo.

A “aldeia global”

No começo dos anos 1960, McLuhan escreveu que a cultura baseada no papel impresso e com características individualistas desapareceria logo, forçada pela interdependência eletrônica, quando a mídia eletrônica tomaria o lugar da cultura visual com a cultura auditiva e oral. Nessa nova era, a humanidade moveria do individualismo e da fragmentação para uma identidade coletiva com uma base tribal. McLuhan cunhou o nome “aldeia global” para essa nova organização social. A impressão gráfica é a fase extrema da cultura alfabética que tira o homem da situação tribal. A impressão gráfica é a tecnologia do individualismo. Se o homem decidir modificar essa tecnologia visual por uma tecnologia eletrônica, o individualismo também será modificado.

Da teocracia à gurucracia

Quer dizer, o demônio propriamente se substituiria a Deus na direção até mesmo do universo material. Para o que eu creio que, teologicamente falando, ele tem recursos naturais. Quer dizer, como anjo, como puro espírito, acho que ele tem força para mover todo o Universo, porque seria um regime propriamente demonocrático, à maneira (ao revés) da teocracia antiga, em que Deus, no período dos Juízes em Israel, se comunicava aos profetas e revelava: “Quero tal coisa”. Revelava aos Juízes e os Juízes mandavam fazer. Aí o demônio também diria: “Quero tal coisa”, por meio dos gurus. E se pode imaginar, portanto, uma gurucracia enorme.

A meta final do demônio é fazer-se adorar pelos homens

Vamos pôr o problema em termos mais simples, mais claros. O objetivo do demônio sendo de fazer os homens conviverem com ele, para implantar o reino dele na Terra – é o objetivo! –, então, implantar o reino dele não é um reino mecânico, em que ele mande e, portanto, os homens obedeçam, em princípio não é isso não. É fazer-se adorar enquanto horroroso, essa é a tese. Em consequência, fazer adorá-lo no horror dele, como um modo de odiar Aquele que o reduziu a este estado, como um modo de detestar a perfeição de Quem o reduziu a este estado e amar a abjeção dele, que é o papel dele no inferno. O modo que ele tem é de ir habituando a humanidade ao hediondo. A devoção a Nossa Senhora e ao nosso Anjo da Guarda nos protegerá e inspirará na luta contra essa nova etapa da Revolução, fomentada pelo demônio. Nossa Senhora de Fátima previu as graves consequências da difusão dos erros do comunismo, a apostasia de tantos, mas previu também sua vitória: Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!

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João Carlos Leal da Costa

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