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Internacionalização da Amazônia: alerta Comandante do Exército


Internacionalização da Amazônia - Soberania brasileira ameaçada
Internacionalização da Amazônia – Soberania brasileira ameaçada

Internacionalização da Amazônia é uma ameaça à soberania brasileira

O comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado Federal, alertou para os riscos de enfraquecimento da soberania do Brasil sobre a parte nacional da Amazônia. Contraditado pelos senadores, ele esclareceu que não se referia a ameaças à integridade territorial, mas a situações que limitam a autoridade do País sobre decisões estratégicas para o desenvolvimento equilibrado da região, buscando atender aos interesses do Brasil e, principalmente, da população dos estados amazônicos.

— Isso se caracteriza muito bem como os ‘déficits de soberania’ que nós estamos admitindo dentro da Amazônia — conceituou. 

Tríplice way: Corredor ecológico na Amazônia continental

general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas
General Eduardo Dias da Costa Villas Bôas

O comandante citou como exemplo de iniciativa capaz de comprometer a autoridade do País a recente proposta do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, ao Congresso de seu país. Segundo ele, Santos sugeriu a criação de um corredor ecológico na Amazônia continental, do Andes até o Oceano Atlântico, compreendendo a Amazônia brasileira. O objetivo é levar a ideia — chamada ‘tríplice way’ — para análise da próxima reunião da Conferência de Mudanças Climáticas (CoP 21), em Paris.

Riquezas intocadas

De acordo com o general, a intenção é manter toda a extensão do corredor intocado, sem exploração de suas riquezas, como contribuição para deter as mudanças climáticas. Pelo projeto, esse corredor seria implantado em até cinco anos. Antes, registrou que a Amazônia se estende por 830 mil quilômetros quadrados, em área de nove países, inclusive o Brasil (com 62% de todo o território). As riquezas são estimadas em mais de US$ 230 trilhões, com reservas de minérios raros e rica biodiversidade.

Ecologistas colocam em xeque a soberania do Brasil

O comandante informou que a proposta de criação do corredor tem origem na Fundação Gaia, organização não-governamental instalada na Colômbia e vinculada à entidade Gaia Internacional, a provedora dos recursos para os estudos. Disse que a ideia fundamental é a de que os recursos naturais da Amazônia devem ficar congelados para sempre. Ao contrário disso, ele defendeu ao longo da exposição que é possível conciliar a preservação e o uso racional das riquezas na região.

— Esse processo [radicalismo pela preservação] é como combater fantasmas, que a gente não sabe de onde vêm, quem são, o que fazem e quais são seus reais objetivos — comentou.

O general Villas Bôas foi convidado para audiência em decorrência de requerimento apresentado pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que também presidiu os trabalhos. O objetivo foi debater as questões da Amazônia, como a situação do controle das fronteiras, ameaças do tráfico de drogas e armas, além do nível de coordenação com as forças militares dos países limítrofes.

Reservas indígenas

O comandante do Exército fez também restrições ao modelo de reservas indígenas, concentradas sobretudo na Amazônia. Julgou questionável a “coincidência” do estabelecimento de reservas em áreas com forte concentração de riquezas minerais, o que procurou demonstrar com a apresentação de mapas das reservas indígenas e de jazidas minerais já identificadas.

— Não sou contra unidades de conservação em terras indígenas. Ao contrário, temos que ter desmatamento zero, temos que proteger nossos indígenas, mas temos que compatibilizar esse objetivo com a exploração dos recursos naturais — defendeu.

Sem projetos para que a exploração das riquezas seja feita de modo equilibrado, sob controle e fiscalização, o general disse que tudo passa a acontecer clandestinamente. Como exemplo, citou os veios de diamantes cor-de-rosa nas terras indígenas Roosevelt, em Rondônia. Disse que os diamantes continuam sendo extraídos e saindo ilicitamente do Brasil.

— Isso é uma hemorragia; são riquezas que o País perde, que saem pelas estruturas de contrabando, e o País não se beneficia em nada com isso — criticou”. (Fonte: “Agência Senado”, 16-7-15).

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Revista Catolicismo

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