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Plinio Corrêa de Oliveira
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Também Miami comemora Nossa Senhora Aparecida


Como se comemorou Nossa Senhora Aparecida nos EUA

                                                                                        F. Seidl

Miami – Como as demais etnias que compõem este imenso amálgama latino em Miami, os brasileiros não constituem um bloco coeso. Distribuídos por diferentes bairros e paróquias, são raras as ocasiões em que se reúnem num grupo numeroso. A melhor ocasião para encontrá-los é na festa de Nossa Senhora Aparecida.

Encontrei-os, no ano passado e no corrente, reunidos em grande número na paróquia Santa Catarina de Sena, onde há uma missão dos missionários de São Carlos. Já conhecia dois sacerdotes italianos que atuam nessa paróquia.

Sacerdote mineiro, capelão da Universidade de Miami

     Outro sacerdote, natural de Governador Valadares (foto), ordenado há dois anos, serviu nessa paróquia ainda como seminarista. Hoje está em outra paróquia e é capelão da Universidade de Miami. Foi ele quem incentivou a construção da gruta, que pode ser vista no filme, no terreno da igreja.

Mais de 700 brasileiros comemoram em Miami

       No dia 15 de outubro houve em São Vicente uma homenagem a Nossa Senhora Aparecida, com a participação de mais de 700 brasileiros. A cerimônia constou da recitação do Terço e do canto dos hinos nacionais americano e brasileiro. Procedeu-se, ato contínuo, a uma procissão até a igreja, presentes as bandeiras nacionais e do Vaticano seguidas daquelas de cada Estado. Postei-me atrás, com a bandeira imperial.

Durante a missa, voltei à gruta e coloquei a nossa bandeira em frente à gruta para fotografar. Terminada a celebração, houve a distribuição de refrigerantes e de salgadinhos brasileiros no local de festas. Sentei-me junto a um dos padres italianos, e pouco depois apareceu o pároco, um jovem sacerdote do sudoeste da Bahia.

No sermão, ele havia mencionado apenas o fato de que teremos o segundo turno da eleição e de que era preciso votar com consciência… Aproveitei a ocasião para lhe pôr uma questão delicada, de grande importância para um católico. Disse-lhe que compreendia a dificuldade de, num sermão, ser muito explícito ao falar sobre política, mas que julgava ter sido indispensável tratar dos problemas morais inegociáveis em jogo nessas eleições.

Terço público em Miami, 12 de outubro

      Enquanto ele tentava se equilibrar na corda bamba na tentativa de uma resposta, aproximou-se um homem mostrando fotos das manifestações em Miami durante o primeiro turno das eleições. Tudo verde e amarelo. Aí perguntei: “E Bolsonaro vai vencer?” Ele respondeu: “Estourado!”.

       Durante a missa eu havia colocado no para-brisa de alguns carros folhetos sobre princípios inegociáveis. Dei-os também a algumas pessoas e coloquei uma cópia no quadro de avisos da paróquia. Antes de sair, fui à sacristia e falei com o sacristão, um mineiro de cabelos brancos. Quando lhe mostrei o folheto, ele disse com simpatia: “Ah, Dr. Plinio Corrêa de Oliveira!”.

Na breve interlocução, tratamos do dever de nós, católicos, o sermos durante 24 horas por dia, e de modo particular no momento de votar. Confidenciei-lhe meu desapontamento com a atitude do Arcebispo de Aparecida, ao que ele respondeu: “Aquilo foi uma vergonha”.

Os frequentadores dessa igreja são geralmente oriundos da classe média baixa, alguns começando a fazer dinheiro. Segundo me disse o sacerdote italiano, além de assistência religiosa, a missão proporciona também aos nossos conacionais serviços médicos e jurídicos.

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Francisco José Saidl

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