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4 min — há 5 anos — Atualizado em: 2/9/2020, 3:33:04 AM
Transcrevemos, para nossos leitores, tópicos do artigo publicado pelo Prof. Plinio, no Legionário. Ante ao falso dilema “ceder para não perder”, o bem aventurado Pio IX portou-se com uma energia inquebrantável, desafiando o racionalismo e a impiedade. E venceu.
Como poderámos nós, católicos, nos portarmos face à impiedade moderna, à agenda homossexual à ditadura eco-tribalista?
Sigamos os passos de Pio IX, vejamos seu período histórico:
“Não é fácil, para quem vive em nossos dias (1938), ter uma idéia da devastação que o racionalismo e o modernismo fizeram na sociedade européia e americana, em todo o decurso do século XIX.
“O espírito humano, profundamente trabalhado pelos materialistas, pelos revolucionários de todos os matizes, sentia dentro de si uma revolta ardente contra o sobrenatural que o levava a repelir tudo quanto não pudesse cair diretamente sob a ação e o controle dos sentidos.
“Por isto mesmo, todas a religiões, e principalmente a Católica, na qual o sobrenatural se patenteia de forma visível e autêntica, foram como que postas de quarentena pela opinião pública. E todos os espíritos procuravam, tanto quanto possível, libertar-se da crença em uma ordem de fenômenos que não se enquadrasse rigorosamente dentro das leis da natureza. (Por exemplo, surgiu ai a teoria da Evolução negando a origem divina da Criação).
“A bem dizer, talvez nove décimos da opinião européia estava eivada de racionalismo e de modernismo. Evidentemente, essa contaminação não era igualmente extensa nem igualmente profunda em todos os espíritos. No entanto, mais visível em uma, menos em outros, ela tinha se insinuado de tal maneira que, mesmo entre os católicos leigos os mais eminentes, se podia notar uma ou outra infiltração daquelas tremendas formas de heresia.
Pio IX decide enfrentar os adversários externos e os “moderados” internos
Os moderados (internos) … “achavam que o espírito transviado do século XIX só poderia ser atraído ao redil por um largo sorriso de concessão e de tolerância; que não é com golpes de audácia mas com uma invariável brandura, que se consegue a conversão das massas; que seria loucura das mais declaradas, procurar desafiar o espírito público”.
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“No Concílio do Vaticano, reuniu-se a Santa Igreja através de seus Bispos, iluminados pelo Espírito Santo, e além da questão doutrinária, este grande problema de estratégia foi discutido. A bem dizer, era talvez a primeira ocasião em que este problema estratégico se apresentava ao exame do Episcopado com tanto vigor, depois do Concílio Tridentino.
“Os fatos pareciam dar inteira razão aos Bispos de opinião diversa da do Papa. Uma celeuma imensa se levantava pela Europa. As apostasias se multiplicavam. As discussões no Concílio eram longas e apaixonadas. Em última análise, ao lado da questão doutrinária se discutia o seguinte problema:
1 – um gesto de vigor tendente a preservar as massas do erro, conseguirá realmente imunizar os elementos não contagiados?
2 – esse gesto não terá como conseqüência exacerbar os espíritos que vacilam e levá-los à heresia?
3 – sobretudo, não produzirá ele o efeito de enraigar no erro indivíduos que poderiam talvez, pela persuasão, ser conduzidos à Verdade?
À primeira questão, o Concílio respondeu, “sim”. Às outras duas, “não”.
Foi este o significado da promulgação solene daqueles dois grandes dogmas.
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“Aparentemente, o Concílio errara. Continuava a irritação da incredulidade. O Arcebispo de Paris foi assassinado em plena Catedral por um indivíduo irritado pelo dogma da Imaculada Conceição.
“Rios e rios de tinta se gastaram para provar que o Concílio era retrógrado e obscurantista. Rui Barbosa escreveu seu famoso “O Papa e o Concílio”. A revolta contra a Igreja era franca e declarada…
Entretanto, os resultados esperados pelo Concílio não se fizeram esperar muito.
“Em primeiro lugar, todos os católicos militantes deram sua adesão incondicional. No seio do povo, as verdades definidas pela Igreja foram aceitas graças ao vigor com que a Igreja as promulgara.
“Até nos círculos intelectuais, o vigor com que agira o Papa lhe atraiu o respeito geral, e todo o mundo começou a respeitar e se interessar por uma Igreja dotada de tal vitalidade.
“O racionalismo e o modernismo foram decaindo gradualmente. E, hoje em dia (1938), a Igreja esmagou com sua vigorosa autoridade o dragão que ameaçou devorá-la no século XIX.
Leia a íntegra em: https://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG%20381211_AestrategiaapostolicadePioIX.htm
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