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Eugenia: fetos anencéfalos são subumanos “por excelência”, afirma antropóloga

Por Edson Carlos de Oliveira

3 minhá 14 anos — Atualizado em: 10/9/2018, 10:08:44 PM


Antropóloga Debora Diniz, conhecida militante pró-aborto

Conhecida militante pró-aborto, a antropóloga Debora Diniz (foto ao lado) escreveu um artigo em defesa da “interrupção seletiva da gravidez” (ISG) – tradução: assassinato de bebês por possuírem deficiências graves – no qual nos fornece as sinistras razões que há por detrás da luta pela descriminalização desse tipo de aborto.

No texto pedante e cheio de neologismos com ar pretensamente acadêmico, Debora Diniz afirma:

“Primeiramente, a anencefalia sustenta seu reinado dentre as patologias por seu caráter clínico extremo: a ausência dos hemisférios cerebrais. Mas esta, no meu entender, não é a razão suficiente para fazer dos fetos portadores de anencefalia a metáfora do movimento em prol da legitimação do aborto seletivo.”

Por quê? Porque o assim chamado “aborto seletivo” visa não somente bebês com essa deficiência, mas a todos aqueles que forem caracterizados pelos abortistas como sendo subumanos. Leiam:

A ausência dos hemisférios cerebrais, ou no linguajar comum ‘a ausência de cérebro’, torna o feto anencéfalo a representação do subumano por excelência.”

O anencéfalo seria, então, o subumano “por excelência”, deixando claro que haveria outras formas “não tão excelentes” de “subumanidade”. O que seriam esses subumanos? Aqueles que logo morreriam depois de nascer ou mesmo antes do parto? Não.

Os subumanos são aqueles que, segundo o sentido dicionarizado do termo, se encontram aquém do nível do humano. Ou, como prefere Jacquard, aqueles não aptos a compartilharem da “humanitude”, a cultura dos seres humanos. Os fetos anencéfalos são, assim, alguns dentre os subumanos – os que não atingiram o patamar mínimo de desenvolvimento biológico exigido para a entrada na humanitude (…)”.

Debora Diniz cita a seu favor o padre progressista “Fernando Altemeyer Junior, vigário coadjutor da Comunicação da Arquidiocese de São Paulo, em artigo publicado no Jornal do Brasil, em 1 de abril de 1996, que dizia o seguinte sobre o aborto seletivo em casos de anencefalia: ‘…Muitos moralistas católicos de renome têm se posicionado em favor desta operação cirúrgica no caso específico da anencefalia, pois não são seres humanos os frutos desta gestação e portanto não se poderia exigir desta mãe o sacrifício de uma gravidez que não pudesse oferecer vida humana a uma criança destinada a sobreviver…‘.” (Altemeyer F. A única exceção. Jornal do Brasil 1996, Abril 1.)

Continua a antropóloga:

Os subumanos são aqueles para quem a vida é fadada ao “fracasso” – como considera Dworkin, um jurista liberal norte-americano estudioso do aborto – ou para quem, no mínimo, o conceito de vida não se adequa. Os subumanos são a alteridade humana extrema, aqueles não esperados pelo milagre da procriação.

Mesmo os aleijados não escapariam do “aborto seletivo”:

“… Existe uma expectativa de vida muito mais ampla e é exatamente isto o que une um feto anencéfalo a um feto portador de trissomia do cromossomo vinte e um e até a fetos com ausências de membros distais como potenciais alvos da ISG. É uma idéia social de vida, respaldada, é claro, pela plenitude biológica, o que justifica grande parte das solicitações de aborto seletivo.”

Como não pensar em eugenia – favorecida e “justificada” como na ditadura nazista, embora, de momento, ainda não obrigatória – lendo as afirmações acima?

Com a crescente paganização da sociedade, pululam idéias destoantes das virtudes excelsas da justiça e da caridade para com o próximo deficiente e aos poucos somos encaminhados para uma ditadura pseudo-científica e darwinista onde só aqueles que o Estado considerar como “perfeitos” terão direito à vida.

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