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Plinio Corrêa de Oliveira
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Mais um bispo em Resistência à Fiducia Supplicans

Fiducia Supplicans altera o significado das "bênçãos", tornando-as vagas e manipuláveis. A palavra "pastoral" é usada para contornar o Magistério, resultando em subjetivismo e relativismo no Dicastério da Doutrina da Fé.


Mais um bispo em Resistência à Fiducia Supplicans

Dom Robert Mutsaerts

O bispo católico holandês Dom Robert Mutsaerts reafirma verdades e aponta erros da Declaração Fiducia Supplicans: a Declaração recusa-se a nomear as práticas homossexuais como intrinsecamente más. Agora está claro que Fiducia Supplicans não trata de uma expansão do significado das bênçãos, mas de uma modificação deliberada do que é pecado. Objeções de numerosos bispos – na verdade, de conferências episcopais – e de centenas de padres e fiéis são rejeitadas pelo Vaticano. Veja-se por exemplo o número de bispos, conferencias episcopais na África, sacerdotes que manifestam sua rejeição à essa nova modalidade de bênção a recasados ou duplas lgbt.

Mudança de conceito

Fiducia Supplicans explica as “bênçãos” de tal forma que elas não têm mais um significado claro. Quando os conceitos se tornam vazios, eles são facilmente manipulados. Não chame uma criança no ventre da mãe de criança, mas de um amontoado de células, e você pode fazer o que quiser com ela (aborto). Então o aborto não é assassinato, mas cirurgia. Dê à “bênção” um novo significado e você poderá fazer qualquer coisa com ela. “Pastoral” tornou-se uma palavra mágica. Uma bênção formal não é permitida, diz a Declaração, mas uma bênção espontânea é. Isso é o novo significado da palavra “pastoral”, comenta com acerto a notícia.

Quantas vezes a palavra “pastoral” é usada para pôr de lado o Magistério. O cuidado pastoral não é mais um cuidado da alma; tornou-se sem alma. A doutrina é deixada de lado; afinal, são apenas palavras; não diz nada sobre o verdadeiro significado, ou pelo menos é o que as pessoas raciocinam. O subjetivismo e o relativismo reinam hoje no Dicastério da Doutrina da Fé. “Dicastério da Desconstrução” seria um nome mais apropriado.

Os jovens procuram a Tradição

Uma coisa é esquecida. Todas estas concessões à cultura secular não têm apelo para os jovens. Os seminários e congregações liberais estão morrendo. Pelo contrário, são os seminários e congregações tradicionais que estão a florescer. Embora a Igreja nos Países Baixos esteja quase em coma (a idade média dos fiéis é superior a 70 anos), vejo o crescimento das reuniões de grupos de jovens. Muitas vezes vêm de origens ateístas, mas estão em busca da verdade. Através do boca a boca chegam à Igreja Católica, a pastores que são simplesmente católicos, que não proclamam teorias vagas, mas são fiéis à Tradição. Qual é o desejo destes jovens: anseiam pela Eucaristia, por adorar, por mergulhar nas profundezas. Foram eles que redescobriram o sacramento da Confissão. Com o tempo, as coisas vão acabar bem.

O que fazer? Este pontificado chegará naturalmente ao fim. Ele é o papa válido? Sim. Você deveria obedecê-lo na recente Declaração Fiducia Supplicans? Não. Fique na Igreja! Não saia da Igreja! É a Igreja de Cristo. Essa Igreja é santa. Infelizmente, uns tantos membros da Hierarquia, já não são santos.

Santos Apóstolos Pedro e Paulo roguem pela Sé Apostólica e fortaleçam a Fé de todos nós, católicos, na promessa indefectível do Salvador: as portas do inferno não prevalecerão contra Ela.

Fonte: Life site news

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Mathias de Albuquerque

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