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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

Lula, fruto da “Teologia da Libertação”


Carlos Vitor Santos Valiense

 Se contra fatos não há argumentos, não se pode tocar neste assunto sem enfatizar a frase que me inspirou a escrever este texto: “Eu era fruto da Teologia da Libertação”[i].  Por incrível que pareça, essa frase não foi dita por Leonardo Boff ou Frei Beto. Sabem por quem? Por ninguém menos nem mais que o atual presidiário e ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Para compreender tal afirmação, basta ler o que diz a Sagrada Escritura no livro em que São Mateus (11: 33) fala sobre esse “fruto”: “Dizei que a árvore é boa e o seu fruto é também bom, ou dizei que a árvore é ruim e o seu fruto é também ruim, porque pelo fruto se conhece a árvore”.

Breve resumo do espírito da “Teologia da Libertação”

Sabemos que a “Teologia da Libertação” é um dos grandes males que devemos combater em nossos dias, pois ela fixa suas raízes nos princípios igualitários e libertários do marxismo. A TL visa transformar a Igreja em uma entidade igualitária e revolucionária, e nesse sentido atua como ponta-de-lança da Revolução universal, a qual busca destruir não somente o meio eclesial, mas também a ordem temporal.

Essa ação revolucionaria da TL na sociedade está intimamente ligada ao Comunismo, sendo essa a razão pela qual ela se camufla e muda de cor como um camaleão, até mesmo se travestindo de outras ideologias que perseguem o mesmo objetivo de destruir da sociedade. Seus agentes operam uma Revolução Cultural com diferentes facetas, como a revolução homossexual, a ideologia de gênero, o feminismo, o ecologismo (o comunismo verde tingido de clorofila).

As CEBs: militância da “Teologia da Libertação” e o surgimento do PT

A expressão do pensamento da esquerda no âmbito eclesial chama-se “progressismo”, e no campo socioeconômico, “esquerdismo católico”. A “Teologia da Libertação” é uma das doutrinas desse esquerdismo, cuja disseminação é levada a cabo pelas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) com sua pregação tristemente famosa da “luta de classes”.

As Comunidades Eclesiais de Base tiveram grande importância para a disseminação da TL, tendo o ex-frei Leonardo Boff declarado: “Há uma conexão muito estreita entre o fenômeno das comunidades eclesiais de base e o da teologia da libertação […] um não pode ser pensado sem o outro. As comunidades eclesiais e a teologia da libertação são dois momentos de um mesmo processo de mobilização do povo e de um processo que parte do povo”.[ii]

Os grandes mentores da CEBs sempre foram os mais notórios teólogos da libertação, sendo, portanto, dita teologia o conteúdo da doutrina religiosa desse movimento. Para se entender o que eles pregam e pensam, basta observar o seu vocabulário retórico e sistemático, as suas palavras de ordem, que são uma exteriorização ativa do comunismo: Somos a igreja do povo liberto”, “a queda a ditadura [?] do proletariado”, “a igreja antiga não dava oportunidade para o povo”, “libertar o homem da opressão e da injustiça”, “pecado social”, “Igualdade religiosa, social e política” “opção pelos pobres, oprimidos e marginalizados”, ”o meu céu é a propriedade tomada pelo povo popular”. Se a boca fala daquilo que o coração está cheio, esses exemplos nos mostram quanto a propaganda comunista está viva no coração da CEBs.

Luiz Carlos Prestes admitiu que a Igreja, “uma das piores adversárias” do PC (Partido Comunista) até 1964, “hoje está em comunhão” com os comunistas, “na medida em que seus representantes apoiarem a greve dos metalúrgicos”.

As CEBs espalharam seu espírito libertário em diversos pontos e os sindicatos foram terreno fértil para essa militância da “esquerda católica”. A greve dos metalúrgicos do ABC em 1980 foi um dos pontos marcantes da TL, chegando a ser elogiada por Luiz Carlos Prestes, então secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro. Após enaltecer a atuação de Lula, ele admitiu que a Igreja, “uma das piores adversárias” do PC (Partido Comunista) até 1964, “hoje está em comunhão” com os comunistas, “na medida em que seus representantes apoiarem a greve dos metalúrgicos”.

Com a Pastoral Operária, que sem sombra de dúvida foi um braço das CEBs, plantou-se na sacristia da “esquerda católica” uma erva daninha chamada PT, cujo primeiro fruto recebeu o nome de Lula. Devemos recordar que Lula teve um mentor “espiritual” de grande renome na TL, Frei Beto, admirador irrestrito da ditadura cubana. Amigo e homem de confiança de Lula, Frei Beto passou a morar na casa do líder operário, no Jardim Assunção, em São Bernardo do Campo. E ficou conhecido também por suas instruções táticas, tendo sido o grande impulsionador de Lula e partícipe, portanto, do atual caos em que vive o Brasil.

Como fruto da Pastoral Operária, que segue a TL, o Partido dos Trabalhadores não é um simples partido político, mas um ente revolucionário que tem por objetivo a destruição da sociedade e a implantação do Comunismo no Brasil, sendo mais destruidor do que o próprio Partido Comunista Brasileiro, pois foi mais além do que ele. Pode-se ainda dizer, reproduzindo as insuspeitas palavras de Palocci, que o PT é uma seita cujo guru é Lula.

Em resumo, o célebre professor Plínio Corrêa de Oliveira, ao tratar do assunto, disse profeticamente:  “Não sei se terei a desdita de ver instalado no governo o Partido dos Trabalhadores (PT), criado pela esquerda católica e pela teologia da libertação, mas quem viver nesse período fatídico comprovará que depois desse governo vão ser necessários uns 50 anos para se conseguir colocar o Brasil em ordem. E não será apenas nem principalmente do ponto de vista econômico, mas restabelecer a criteriologia psicológica do brasileiro, que ficará obliterada pelo pseudo-paternalismo do Partido dos Trabalhadores[iii].


[i] https://www.youtube.com/watch?v=efkaaNgNI_c

[ii] (BOFF, 1986, p. 105).

[iii] (cf. Hélio Brambila, “Balanço da Safrinha”, agência ABIM, São Paulo, Brasil, 19 de novembro de 2015http://www.abim.inf.br/balanco-da-safrinha-oh-trigo-e-milho/#.Vx4W5dQrLIU )

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