Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 3 anos — Atualizado em: 3/12/2022, 9:30:00 PM
Em nome de meu irmão, o Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, e no meu próprio, manifesto nosso apoio ao valoroso povo da Ucrânia, bem como nosso indignado repúdio à grave e injusta agressão do tirano russo Vladimir Vladimirovich Putin contra aquela nobre nação, em violação das mais elementares regras do direito internacional, visando aniquilar sua identidade religiosa, cultural e histórica, e colocando em risco a paz, não apenas na Europa, mas em todo o mundo.
A esses sentimentos de repúdio e consternação, se somam os de solidariedade a todos os brasileiros que se encontram na Ucrânia, bem como à vigorosa comunidade de ucranianos no Brasil.
Não surpreende que um povo que suportou 70 anos de perseguições, cárceres e o pavoroso genocídio de milhões nos anos trinta do século passado, o Holodomor, se levante agora face ao muito mais poderoso agressor em defesa de sua identidade e de seu território. A Fé da Igreja Greco-Católica Ucraniana, acrisolada pela perseguição, alenta uma Nação inteira, dando à acomodada Europa e ao mundo uma lição de desassombro, valor e fidelidade aos princípios irrenunciáveis da Civilização Cristã.
A Família Imperial brasileira sente-se particularmente concernida nessa heroica resistência, pois em suas veias corre o sangue de São Vladimir o Grande, pelo casamento de sua neta a Princesa Ana de Kiev com o Rei Henrique I da França, de quem provem o Marechal Conde d’Eu, nosso bisavô.
Rogo, pois, a Deus Nosso Senhor, por intercessão de Nossa Senhora – que em Fátima previu que a Rússia espalharia seus erros pelo mundo – e de São Vladimir, o fundador da nação ucraniana, que alente e proteja seu povo nesta hora de extremo perigo. Rogo também pelo cumprimento da promessa, feita pela Santíssima Virgem, de que, depois de sofrer terrivelmente enquanto nação, a Ucrânia consolidaria sua soberania.
Assim sendo, urge que o Papa – e com ele os Bispos de todo o mundo – atendam finalmente ao pedido feito por Nossa Senhora à Irmã Lúcia, consagrando a Rússia ao Imaculado Coração de Maria. Somente assim será possível sua conversão e, consequentemente, o retorno da paz ao mundo. Do contrário, estaremos sujeitos aos castigos – e, notadamente, ao flagelo de guerras ainda mais devastadoras do que as do passado – anunciados em Fátima.
Que a Divina Providência nos livre deste terrível desfecho e nos permita a concretização do anelo de grandeza cristã palpitante em nossos corações.
São Paulo, 5 de março de 2022
Dom Bertrand de Orleans e Bragança
Príncipe Imperial do Brasil
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