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Plinio Corrêa de Oliveira
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O desafio da Juventude e o Sagrado Coração de Jesus


Autor: Carlos Vitor Valiense

O Instituto Plinio Correa de Oliveira e a Ação Jovem pela Terra de Santa Cruz promovem acampamentos e programas regionais, durante feriados prolongados e férias escolares, nos quais demonstram os valores do Heroísmo e da Honra.

Em uma sociedade onde tudo é subjetivo, existe um grande perigo de se perder a fé; jovens que tentam seguir ao máximo os preceitos católicos se perdem em um mundo cheio de subjetividades.

O anseio da nossa juventude é a busca da Verdade.  Só que muitos se perdem nos labirintos da vida, encontrando uma verdade subjetiva e relativista. Vemos a religião ser ultrajada nos diversos ambientes, desde as universidades até as salas das nossas casas através da TV. Ultrajes e sacrilégios são cometidos contra a moral cristã, contra os princípios básicos da nossa fé. O que podemos fazer? O que vamos fazer?

Certa feita, uma grande mulher difundiu uma devoção muito bela, uma devoção que tinha por centro o Coração do próprio Deus feito Homem – a Devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Santa Margarida Maria Alacoque deixou-nos uma missão cuja finalidade seria de compensar todo o mal que o mundo faz contra o Coração Amabilíssimo de Jesus. O grande segredo está em uma palavra que nos causa um pouco de incômodo: Reparação!

Quando Jesus revelou o seu Coração a Santa Margarida Maria, a Igreja enfrentava uma heresia advinda dos Calvinistas, o Jansenismo. De lá para cá, essa devoção foi um remédio para a frieza do coração dos fiéis que haviam se afastado dos sacramentos da Igreja. Inúmeras pessoas retomaram a prática do Sacramento da Penitência e da Eucaristia. Essa preciosa devoção é por excelência uma devoção Eucarística, que nos faz aproximar e experimentar a misericórdia de Deus.

Em um mundo tão tecnológico e moderno, onde os jovens se deleitam com as mais diversas distrações, ideologias, pensamentos, na mais profunda vibe, em uma felicidade de final de semana e de relacionamentos noturnos, vive-se o supérfluo, esquecendo-se o necessário. Vivemos em um tempo onde supervalorizamos os “momentos alegres” e não nos preocupamos com a Eternidade que um dia viveremos. Jesus disse a Santa Margarida Maria: “Eis o Coração que tanto amou os homens, que nunca poupou, até se esgotar e se consumir para lhes mostrar o seu Amor. E em reconhecimento, Eu só recebo da maior parte dos homens ingratidões, pelas suas irreverências e seus sacrilégios”.

Meus caros amigos, Jesus nos fala hoje da mesma forma que falou a Santa Margarida: “Eu só recebo da maior parte dos homens ingratidões, pelas suas irreverências e seus sacrilégios”. Como colaborar para reparar as ingratidões, as irreverências e os sacrilégios, cometidos primeiramente por nós e também pelos nossos irmãos? Paul Claudel vai nos responder com uma frase muito bela. Ele disse certa vez: “A juventude não foi feita para o prazer, mas para o desafio”. Eis o nosso desafio como jovens: renunciar aos prazeres mundanos e passageiros.  São pequenas ações que vão gerar grandes efeitos no mundo.

As nossas vidas deveriam ter a mesma finalidade da patena que oferece ao Pai a hóstia pura e santa para o sacrifício verdadeiro: ofertar diariamente as nossas orações e obras, nossos pensamentos e palavras, alegrias e sofrimentos. Nós jovens temos muito que oferecer: a luta diária por uma vida pura e casta em meio à libertinagem, o desafio de viver uma Fé autêntica em oposição às falsas ideologias e princípios que nos são propostos. Lembremos: Fomos feitos para o desafio, e grandes desafios. Lutar contra a correnteza do relativismo com as forças da fé, reparar as ofensas que a nossa juventude comete contra o Coração de Cristo, para isso temos que ser soldados valentes: “Levantai-vos soldados de Cristo. Eia avante na senda da glória. Desfraldai no pendão da vitória o imortal Coração de Jesus’’.

Podemos oferecer a Deus pequenos atos cotidianos, além da devoção reparadora das nove primeiras sextas-feiras do mês; adoração reparadora, terço e outros. Desses pequenos atos, feitos com coração reto e sincero, Jesus tirará proveito em prol da nossa santificação. Reparação é um ato de amor e coragem que deve ser feito de coração contrito e com muita humildade.

Ergamos os nossos corações com espírito juvenil e a coragem de amar com intensidade o “Coração que não é amado’’. Lembremo-nos do nosso desafio. Enfrentaremos uma batalha árdua neste mundo, mas animados pelo dom da fortaleza, iremos reparar as ofensas cometidas ao Sagrado Coração, fazendo das nossas ações um eterno ato de reparação!

 

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