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Como podem mídia, chefes de Estado e religião enganar tanto sobre questões ambientais?

Por Luis Dufaur

5 minhá 8 anos — Atualizado em: 5/1/2017, 9:20:24 PM


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Para fazer rir: Obama e Xi Jinping presidem os países que mais produzem CO2. Mas a enganação é apresentar esse gás incolor como fumaça!

Nicolas Loris, um economista especializado em questões energéticas e ambientais da The Heritage Foundation, levantou uma questão que soa engraçada.

A grande mídia está sempre ecoando boatos, trabalhos pseudocientíficos ou científicos enviesados sobre o aquecimento global. Até aqui, nada de novo.

Porém, esses supostamente bem informados ou até eruditos órgãos, na hora de informar sobre o demonizado CO2, ilustram suas matérias com torres de fábricas soltando colunas de fumaça ou centrais nucleares emitindo vapor de água.

Mas o CO2 é um gás incolor! Será que esses zelotes do meio ambiente não têm notícia desse dado elementar?

O CO2, além de incolor, é inodoro e não tóxico. Os homens saudáveis exalam CO2 quando respiram e não sai fumaça. Acresce que o CO2 é o alimento indispensável para o crescimento dinâmico das plantas.

Quando o presidente Obama assinou juntamente com a China o acordo obtido na COP21 de Paris, o jornal oficial chinês “The South China Morning Post” foi o primeiro a transmitir a informação.

E ilustrou a matéria com imagens de fábricas emitindo repelentes e assustadoras colunas de fumaça preta. No pé da foto, a reputada agência Reuters explicava: “Colunas de fumaça saem das chaminés de uma fábrica química em Hefei, na província de Anhui”.

Toda a matéria do artigo era sobre a redução das emissões de CO2 que estariam esquentando o planeta por culpa da civilização humana!

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Com esta foto, site ambientalista sublinha a importância de reduzir logo as emissões de CO2. A foto impressiona mas não tem nada a ver com o tema. E trapaça jornalística.

O que aconteceu com esses sábios do ambientalismo? Não lhes ocorre encontrar ilustrações que não patenteiem perfeita ignorância sobre o que é o CO2? Seria mais responsável e de causar menos vergonha!

É claro que os leitores comuns tampouco sabem da ausência total de cor do CO2. Os ambientalistas desejosos de impor suas leis ao mundo podem, assim, enganá-los à vontade.

Mas isso é idoneidade científica? Deontologia jornalística? Ilustração séria?

A mentirada já foi impressa em massa, no papel ou em bytes, em jornais e revistas de papel ou em páginas virtuais, e aos bilhões de exemplares.

Para maior injúria à razão, o próprio “The South China Morning Post” ilustrava o problema das mudanças climáticas com fotos de cidadãos chineses pedalando em meio de nuvens, essas sim tóxicas, de poluição em Pequim.

Jornais desde a Austrália até o Brasil reproduzem cenas análogas com idênticos dizeres. Nada a ver com nada. A poluição chinesa não é fruto do CO2 e ninguém lhe diz para mudar o clima. Nem os mais descabelados ambientalistas!

Como pode essa mentira deslavada encher as páginas da mídia? Não haverá um cientista pela “mudança climática” que avise aos jornalistas seus amigos sobre o absurdo em que incorrem em larga escala? Ou não há?

Nada!

É como se esses famosos cientistas ambientalistas, ganhadores de Prêmios Nobel e comendas nacionais, além de substanciosos prêmios econômicos e até cadeiras de ministérios, não soubessem o elementar.

E o que dizer dos jornalistas que caíram nessa? Rir? Chorar? Rasgar as vestes? Faltam palavras…

Personalidades como o presidente dos EUA, Barack Obama, enchem a boca com expressões como “mudança climática”. Mas não sabem que o clima está sempre mudando e que a expressão é uma mera redundância etimológica que não diz nada?

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Num site ambientalista esta foto “prova” o mal que faz o CO2. Em outro serve para “provar” o aquecimento climático. Num outro, os perigos do câncer. Serve para “provar” tudo menos que seja maléfico o CO2 inodoro, incolor e benéfico !

Trombetear a “mudança climática” como sendo uma realidade é o mesmo que alertar contra a “luz iluminante”, a “água molhante”, o “frio esfriante”, e assim infinitamente, pronunciando muitas palavras e não dizendo nada.

Os problemas da China, com seu ar e água poluídos, são verdadeiramente sérios. Obama poderia ter falado disso quando esteve nesse país para assinar o acordo de Paris, mas sua preocupação foi com o inexistente!

Não havia um assessor, dos muitos que por ofício tem o presidente americano, que lhe sugerisse não falar coisas em sentido, nem que lhe soprasse alguma outra fórmula, ainda que meramente verbal?

Mas a mídia mundial levou muito a sério os sem-sentidos, os vácuos verbais, as ausências de pensamento, o desconhecimento da ciência, a falta de percepção da natureza, patenteados por Obama na hora de assinar o Tratado de Paris. Aliás, é a de tantos outros “responsáveis pelo planeta”.

O presidente Xi Jinping disse outras tantas, mas já avisou que não vai cumprir qualquer coisa que disser ou assinar a respeito. E ninguém vai lhe cobrar os incumprimentos.

Entretanto, há verdadeiros problemas ambientais. Basta ver as fotos de rapazes estudando com lanternas na Índia, por não terem acesso à eletricidade. Ou as da Coreia do Norte sumida na escuridão por falta de energia. Ou ainda as obsoletas fábricas da era soviética envenenando o ar, os assentados na miséria em terras de reforma agrária em Cuba, ou até mesmo no Brasil, em via de degradação.

Mas, para a mídia e os oráculos da sabedoria ambientalista, nada disso importa. Nem sequer existe. Só há uma realidade (aliás, um dogma); só há uma Inquisição santa: é a verde anarquista.

Não adianta serem pegos em flagrante, pois continuam a enganar desinibidamente a humanidade. E tanto mais agora, quando dispõem de uma encíclica igualmente libertada da verdade científica e do respeito objetivo da natureza: a “Laudato Si’”!

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Luis Dufaur

Luis Dufaur

1043 artigos

Escritor, jornalista, conferencista de política internacional no Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, webmaster de diversos blogs.

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