Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
16 min — há 2 anos — Atualizado em: 5/14/2022, 5:18:14 PM
Deus criou os homens para Lhe renderem glória nesta Terra, e depois no Céu, por toda a eternidade. Ele quis que essa glória se materializasse nos povos através de suas realizações históricas, uma das razões pelas quais os russos e os ucranianos, no presente estado de guerra, atraem as atenções universais.
A Rússia foi a única nação apontada por Nossa Senhora em Fátima, em uma posição relacionada com o triunfo do seu Imaculado Coração. Quando Ela apareceu em 1917, a Ucrânia integrava a Rússia, da qual é o berço. Agora Deus permite essa guerra no coração desse conjunto, não sendo difícil considerar sua relação com a Mensagem de Fátima e o Reino de Maria nela anunciado.
Talvez o leitor fique surpreso com o silêncio que se faz sobre os planos de Nossa Senhora. Para entender melhor essa situação, é preciso voltar no tempo.
Batismo da Rússia
Até o ano de 988, o mundo eslavo de origem étnica viking incluía, numa imensidade territorial sem muita organização, as futuras Ucrânia, Rússia, Bielorrússia e partes de outros países. Caudilhos se impunham pela força das armas e usavam títulos de tsares, césares, reis ou análogos. O nome Rus ou Rutênia significaria “remadores”, pois os vikings dominavam os grandes rios das estepes remando em seus barcos.
Naquele ano a primazia era de Kiev, hoje capital da Ucrânia, onde com a morte do príncipe Igor assumiu a regência (945 a 969) a viúva Santa Olga. Ela foi a primeira soberana eslava batizada (em 945 ou 957), recebendo o nome cristão de Yelena em memória da imperatriz de Constantinopla.
Santa Olga defendeu o trono de seu filho Sviatoslav I contra rebeliões ferozes. Não conseguiu convertê-lo, mas seu neto, São Vladimir o Grande, reinou de 980 até 1015 com os títulos de Grão-Duque de Kiev e de todas as Rússias, ou ‘Tsar de todas as Rússias’.
São Vladimir foi batizado perto de Sebastopol (Criméia), cidade que possui uma catedral com seu nome. Depois voltou para Kiev, onde toda a sua família e o povo pediram o batismo. Tudo isso na década do ano 990. O Batismo de Kiev levou o mundo eslavo a se tornar católico.
O príncipe abateu os monumentos pagãos, destruiu os ídolos, combateu a bebedeira, trabalhou pela conversão de seus súditos e edificou numerosas igrejas, entre as quais a da Dormição da Virgem, primeiro templo em pedra do país. O Patriarca de Constantinopla doou à nova catedral um esplêndido mosaico de Nossa Senhora. De Moscou só se tem notícia no ano 1147.
Cisma diabólico e santo “uniatismo”
O demônio, que já agia no seio da Igreja, assanhou-se contra o império nascente. O Papa Pio XI explicou o fato na encíclica Ecclesiam Dei, de 11-11-1923. No ano 1054, o patriarca de Constantinopla, Miguel I Cerulário (1000-1059), provocou o Grande Cisma do Oriente, infestado de heresias. Ele era a cabeça do rito greco-católico estabelecido por São João Crisóstomo e, qual novo Lúcifer, arrastou legiões de bispos e fiéis à perdição.
Os Papas procuraram trazê-los de volta ao redil de Cristo. Pio XI destaca entre eles o papel de São Gregório VII, que invocou as bênçãos celestes sobre Demétrio, príncipe de Kiev e rei dos Russos, e sobre a rainha, a pedido do filho do casal que estava em Roma.
Os Papas Honório III, Gregório IX e Inocêncio IV enviaram legados aos príncipes, até que, em 1255, com a unidade refeita, o Núncio coroou Daniel, filho de Romano, como rei de todas as Rússias. Esta união durou muitos anos, ensina a Ecclesiam Dei, malgrado os percalços. Notadamente a invasão mongol da Europa pela Horda Dourada de Batu Cã e Subedei, uma das guerras mais letais da História, entre 1236 e 1242.
Eles devastaram a Rússia e chegaram até a Polônia e a Romênia, derrotando os austríacos, os húngaros e os cavaleiros teutônicos. Na Hungria, mataram metade da população. Finalmente retornaram à Ásia, mas conservaram Moscou, onde se fundiram com a população eslava local.
No Concílio de Florença (1431-1445), conhecido como de Basiléia, Dom Isidoro, Metropolita de Kiev e de Moscou, cardeal da Santa Romana Igreja, em nome de todos os povos de sua língua, jurou conservar santa e inviolável a unidade na fé de Roma, ratificando a promessa de 1255. Mas o inferno contra-atacou em 1453, quando o otomano Maomé II tomou Constantinopla, onde, segundo os erros cismáticos, residia o Espírito Santo, que teria abandonado Roma.
Convencidos pela calamidade de que o Espírito Santo não poderia estar nessa cidade, os bispos do rito greco-católico se reuniram com legados pontifícios no Concílio de Brest (1595-1596), na atual Bielorrússia, e juraram submissão aos Papas de Roma. Daí procede o nome “uniata”. O Papa Clemente VIII confirmou o referido Concílio na Constituição Apostólica Magnus Dominus e convocou a Igreja para agradecer a Deus pelo passo dado.
Mas o tsar de Moscou, Teodoro I — filho de Ivã IV, o Terrível — não aceitou tal decisão porque, como seus antecessores, utilizava-se dos bispos para consolidar suas conquistas. Convocou então um Sínodo e, sob ameaça de morte, obrigou os bispos a se dobrarem ante um “Patriarcado de Moscou” de sua invenção, bem como a reconhecerem que o Espírito Santo estaria em Moscou — a dita Terceira Roma, após Roma e Constantinopla.
“Por meus ucranianos, espero converter o Oriente”
Contudo, o Arcebispo de Polotsk (Bielorrússia), São Josafá Kuntsevytch (1580-1623), resistiu e baniu os cismáticos, sendo por isso martirizado em Vitebsk, no ano 1623. A brutalidade do crime estarreceu muitos cismáticos, que acabaram se reunindo na Igreja greco-católica ucraniana, fiel a Roma.
Por ocasião da beatificação desse mártir, em 1643, o Papa Urbano VIII defendeu a União de Brest com palavras que se revestem de importância em nossos dias: “Por meio de vós, meus ucranianos, eu espero converter o Oriente”.1 São Josafá foi canonizado por Pio IX em 1867 e seus restos mortais estão expostos na Basílica Vaticana.
Em sentido contrário, o Patriarcado de Moscou foi extinto pelo mesmo capricho dos tsares que o criaram. Em 1721, Pedro o Grande, achando-o uma velharia incompatível com a modernização do império, acabou enterrando-o por quase dois séculos, até que, aproveitando-se da derrubada da monarquia pelo comunismo, alguns bispos cismáticos interesseiros o restauraram.
A Revolução bolchevista precisava daquele patriarcado para enganar mais facilmente o povo, e o recompôs com a condição de ele pregar o socialismo. O Soviete dos Comissários do Povo, tribunal do terror marxista, concedeu-lhe cidadania em 5-2-1918. Com as sucessivas chacinas comunistas, dos 50.960 clérigos cismáticos — os ditos “popes” — então existentes, só restaram 5.665. Dos 90.000 monges sobraram algumas centenas; e das 40.500 igrejas e 25.000 capelas cismáticas restaram apenas 4.255, e mesmo assim em ruínas.
O ‘patriarca’ Tikhon protestou, sendo por isso encarcerado e torturado. Saiu do cárcere prometendo que “a partir de agora não sou um inimigo do poder soviético”. Tikhon morreu em 1925, quiçá envenenado, e o ‘Patriarcado’ continuou como agência do ditador de plantão, sendo seus membros escolhidos pela polícia política comunista.
O genocídio soviético
Grande parte do povo ucraniano pertence à etnia cossaca (ou povo livre, indômito e guerreiro), também presente em países vizinhos. Os cossacos permaneceram cismáticos e os tsares de Moscou lhes ofereceram muitas concessões em troca de servirem em unidades de cavalaria. Para alguns, eles são a coluna vertebral da Ucrânia moderna, como diz o hino nacional: “Nós somos da linhagem cossaca”.
Quando o comunismo destronou os tsares, os cossacos lutaram pela monarquia. Em vingança, o ditador Joseph Stalin, com a cumplicidade do “Patriarcado de Moscou”, exterminou pela fome entre 6 e 8 milhões deles. Paradoxalmente, os únicos a denunciarem o crime ao mundo foram os bispos católicos, que escreveram: “As sequelas do regime comunista se tornam cada dia mais aterradoras. Seus crimes horrorizam a natureza humana e fazem gelar o sangue [..]. Protestamos diante do mundo inteiro contra a perseguição de crianças, pobres, doentes, inocentes, e citamos os algozes diante do Tribunal de Deus Todo-poderoso. O sangue dos famintos e escravizados tinge a terra da Ucrânia e clama aos Céus pedindo vingança, o pranto das vítimas da fome chega até Deus no Céu”.2
Por sua vez, o comunismo obrigou os greco-católicos ucranianos a apostatar, ingressando no ‘Patriarcado de Moscou’, e lhes confiscou todos os bens. Os católicos resistentes foram martirizados, enviados à Sibéria, ou se refugiaram na clandestinidade, sendo o único grupo religioso que resistiu ao comunismo.
O arcebispo-mor dos católicos greco-ucranianos, Dom André Sheptytskyi, Arcebispo de Lviv e Patriarca de Aliche, apelou ao Papa Pio XII: “Este regime só pode se explicar como um caso de possessão diabólica coletiva”. E pediu ao Pontífice que todos os sacerdotes do mundo “exorcizassem a Rússia soviética”.3 Infelizmente, nem os governos ocidentais nem a Santa Sé atenderam a esses lancinantes clamores.
A graça de Fátima agindo na Ucrânia
Quando caiu a União Soviética, cerca de 300 mil católicos emergiram das catacumbas, mas, segundo estimativas atuais, na Ucrânia eles são cinco ou seis milhões. Pois tendo os católicos resistido ao comunismo — ao contrário dos “popes” cismáticos, que lhe foram submissos —, muitos ex-cismáticos passaram para a Igreja Católica, como outrora os “uniatas”.
Plinio Corrêa de Oliveira observou que “avalanches de pessoas da Igrejas Ortodoxas desejam entrar para a Igreja Católica. Isto é uma conversão. Mas a Ostpolitik da Santa Sé não simpatiza com elas porque abalam as relações entre o Kremlin e o Vaticano. A Ucrânia, junto com a Polônia e os países bálticos, podem formar uma faixa católica em extremo perigosa para o comunismo”.4 As sucessivas intervenções da Ostpolitik vaticana para frear essa tendência não tiveram êxito.
Indagado sobre a ação da graça de Nossa Senhora de Fátima na ex-URSS, o Prof. Plinio afirmou: “Onde vejo uma possibilidade mais saliente de conversão é na Ucrânia pisoteada, onde os católicos resistem com heroicidade, e cismáticos começam a se converter. Os torcionários do clero cismático produziram o sofrimento do povo e se degradaram muito ante a opinião pública.”
Ele via que essa tendência à conversão acarretaria uma possibilidade de apostolado católico em toda a Ásia, “pois não há região da Índia, da China, da Pérsia, em que a Sibéria ao longo dos tempos não pudesse funcionar como um chuveiro gotejando Fé”5. Isso acontecendo, realizar-se-ia a previsão do Papa Urbano VIII: “Por meio de vós, meus ucranianos, eu espero converter o Oriente”.6
Tal perspectiva encoleriza a Rússia de Putin e o “Patriarcado de Moscou”, o qual explora a simpatia do Papa Francisco pelo presidente russo para bloquear esse movimento. Em fevereiro de 2016, o Pontífice Romano desceu na capital da Cuba castrista para assinar uma Declaração Comum com o Patriarca Kyrill, vetando o “uniatismo” e a conversão de grandes grupos de cismáticos ao rito greco-católico.7
O vaticanista Sandro Magister escreveu, em 8 de junho de 2018, que uma comitiva desse Patriarcado em Roma ficou eufórica pelo “modo com que Francisco abraçou as teses do patriarcado de Moscou e, pelo contrário, condenou com palavras muito ásperas as posições da Igreja greco-católica ucraniana”.8 A respeito da conversão da Rússia [vide quadro no final].
Não espanta que, nesse mesmo ano, o chefe do “Patriarcado de Moscou” tenha ameaçado o “cisma ucraniano” com um “derramamento de sangue”, segundo noticiou o site Unisinos.9 Ele se referia aos cismáticos que trocavam o “Patriarcado de Moscou” por outra igreja cismática, mas se aproximavam do catolicismo. Agora, Kyrill fez a apologia da guerra de Putin contra a Ucrânia como uma “guerra moralmente justa e útil” contra um “Anticristo”,10 aduzindo pretextos “conservadores”.
Nos antros de Moscou reina o pavor diante da expansão da graça de Fátima no mundo eslavo. Os fatos atuais fornecem uma clave de interpretação religiosa com um fundo de esperança, apesar dos sofrimentos causados na martirizada Ucrânia.
Ação da Divina Providência protege a Ucrânia
Bem antes de invadir a Ucrânia, Putin e seus oligarcas trombeteavam que em 48 horas o exército russo tomaria Kiev, a capital ucraniana, e apagaria do mapa um país que para eles não deveria existir. Quando, porém, após a fracassada tentativa, as colunas russas se retiraram vergonhosamente, entre os incontáveis restos de veículos havia um caminhão com fardas de gala com a medalha da “Vitória de Kiev”, para os soldados ostentarem na almejada passeata da vitória…
A diferença numérica de ambos os exércitos levou o oligarca Konstantin Malofeev, que se diz cristão, a exaltar o esmagamento da Ucrânia. Mas no momento em que escrevemos esta matéria a situação se inverteu e os ucranianos estão conseguindo deter os exércitos de Putin. — O que aconteceu?
Seria simplificação falar em milagre. O noticiário aponta para uma convergência de fatores naturais contra o Moloch assassino, mas é impossível não se perguntar sobre a ação da Providência. Vejamos esquematicamente.
1. Quando Kiev estava quase cercada, apareceram no céu nuvens formando uma figura parecida com São Miguel Arcanjo, padroeiro da cidade. Os fiéis telefonaram para o arcebispo-mor greco-católico Dom Sviatoslav Schevchuk. Ele esclareceu em vídeo que se tratava de nuvens, mas que Deus pode se manifestar por meio de elementos naturais. E concluiu: “Hoje percebemos que o comandante-em-chefe da hoste celestial está lutando pela Ucrânia. Hoje rezamos: ‘Ó São Miguel Arcanjo e toda a milícia celestial, derrubai o demônio que deseja nos derrubar!’”.
2. O “Patriarca de Moscou” Kyrill, vistoso agente de propaganda de Putin, qualificou a invasão de ‘justa’ e ‘santa’. Ele é o chefe da igreja russa, dita ortodoxa. Diante dos crimes de guerra do exército russo, bispos, sacerdotes e muitos fiéis querem depô-lo, diretamente ou em assembleia, mas temem represálias de Putin. Por isso pensam abandonar essa igreja cismática, aumentando assim as chances de conversões à Igreja Católica.
3. Aproximadamente seis mil cidadãos russos foram presos nas manifestações contra a guerra nas grandes cidades da Rússia. Correram boatos em Moscou de que generais descontentes desejavam depor Putin, que sem dar explicação destituiu alguns deles.
4. A “guerra psicológica” de Putin durante três décadas foi de que ele era um novo “Carlos Magno” ou “Constantino”, líder mundial dos “conservadores”. As atrocidades da guerra revelaram quem é ele… Putin mostrou ser o maior criminoso do século, continuador — como ele sempre disse — de Stalin, cuja URSS sonha restaurar.
5. Sete generais russos morreram na Ucrânia. Um deles — que havia prometido a vitória em 48 horas, mas que após 30 dias perdeu metade de seus homens e deixou o resto sem comida, água e diesel — foi intencionalmente esmagado por um tanque dirigido por um soldado russo enfurecido. Já são 15 os oficiais de alta patente mortos na Ucrânia. Os generais assumiram a liderança das unidades que se negavam a avançar, ficando mais expostos. Inexplicável falha nas comunicações russas levou oficiais a usarem celulares que fornecem a geolocalização deles, facilitando assim a pontaria ucraniana.
6. O seminário católico de Vorzel, perto de Kiev, foi saqueado. Dom Vitaliy Kryvytskyi, Bispo de Kiev, contou que os russos quebraram uma imagem de Nossa Senhora de Fátima e pilharam tudo o que puderam, mas não conseguiram matar ninguém.
7. Moscou comemorou a ocupação da área da antiga usina nuclear de Chernobyl, expulsou seus engenheiros e seguranças, e montou um grande acampamento militar sobre o interditado depósito de cinzas radioativas apelidado “Floresta vermelha”, pela estranha cor que adquiriram os pinheiros. Foram além. Cavaram trincheiras, abriram estradas e usaram da água, absorvendo radioatividade. Após um mês, os soldados sofriam estranhas doenças, até se detectar a causa. A tropa se revoltou e o acampamento foi abandonado. O último comboio de doentes partiu com 300 soldados cujo prognóstico de vida é de apenas um ano.
9. A força aérea russa deveria ter ficado com a supremacia nos primeiros dias por sua imensa superioridade, mas até hoje não ousa entrar no espaço aéreo ucraniano. Os pilotos alegam a eficácia da pequena aviação da Ucrânia, voam até a fronteira, disparam seus mísseis e voltam para as suas bases.
10. O número de tanques ucranianos aumentou, apesar das perdas na guerra. No 44º dia do conflito, a Rússia perdeu 2.770 blindados (incluídos 476 tanques), 1.041 (191 tanques) deles capturados pelos ucranianos, que os consertaram e reutilizaram contra os ex-proprietários… Muitos russos fugiam de seus tanques e abandonavam o combate. Outros sabotavam seus veículos e voltavam a pé, alegando avarias. Camponeses ucranianos transformavam esses veículos em caminhões para a lavoura. Um militar russo entregou sua unidade intacta em troca de dez mil dólares e um RG ucraniano, enquanto seus colegas voltavam a pé para suas casas. Foi feita uma tabela com o preço de cada arma útil mais o RG.
11. Usando mísseis portáteis diversos, punhados de soldados ucranianos de infantaria arrastam-se pelas plantações, emboscam colunas de tanques pesados e as põe em fuga.
12. Em Lviv, segundo testemunha, as procissões católicas em torno das igrejas não cessam, e quando soam os alarmes de bombardeio, são transferidas para os porões ou criptas das igrejas.
A guerra não terminou e momentos ainda mais trágicos se anunciam. Uma coisa, porém, é certa: a mão da Divina Providência está pesando a favor dos católicos ucranianos contra os inimigos da civilização cristã. A hora da conversão da Rússia prometida por Nossa Senhora em Fátima parece se aproximar.
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Notas:
1.Cfr. Miroslav Zabunka e Leonid Rudnytzky, The Ukrainian Catholic Church, 1945-1975, St Sophia Association, Philadelphia, 1976, p.9.
2. Mons. Ivan Buchko First Victims of Communism: White Book on the Religious Persecution in Ukraine, Roma, 1953, apud https://flagelorusso.blogspot.com/2019/11/genocidio-de-milhoes-de-ucranianos.html
3. Pe. Alfredo Sáenz S.J., De la Rusia de Vladimir al hombre nuevo soviético, Ediciones Gladius, Buenos Aires, 1989, pp. 438-439 apud https://flagelorusso.blogspot.com/.
4. Anotações, 25-9-90.
5. Conferência em 11-7-92.
6. Cfr. Miroslav Zabunka e Leonid Rudnytzky, The Ukrainian Catholic Church, 1945-1975, St Sophia Association, Philadelphia, 1976, p.9.
7. https://flagelorusso.blogspot.com/2016/02/hoje-como-ontem-ostpolitik-vaticana.html?m=0
8. http://magister.blogautore.espresso.repubblica.it/2018/06/08/en-ucrania-entre-ortodoxos-y-catolicos-francisco-tomo-partido-por-moscu/
9. https://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/580445-o-patriarcado-de-moscou-o-cisma-ucraniano-provocaria-um-derramamento-de-sangue
QUANDO VEREMOS UMA RÚSSIA CATÓLICA?
“A Rússia católica será o fim do Islã e o triunfo definitivo da Cruz sobre o Bósforo, sem perigo algum para a Europa; será o Império Cristão do Oriente restaurado com uma glória e um poder até agora desconhecidos; será a Ásia evangelizada, não mais apenas por alguns padres pobres e isolados, mas com a ajuda de uma autoridade mais forte que Carlos Magno. É, por fim, a grande família eslava reconciliada na unidade de fé e aspirações para a sua própria grandeza. Esta transformação será o maior acontecimento do século que a verá realizar-se, e mudará a face do mundo.
“Há algum fundamento para esta esperança? Seja o que for, São Josaphat será sempre o patrono e modelo dos futuros apóstolos da união da Rússia e do mundo greco-eslavo. Por seu nascimento, educação e estudos, pela inclinação de sua piedade e todos os seus hábitos de vida, ele lembrava muito mais os monges russos do que os prelados latinos de seu tempo.
“Ele sempre desejou que a Sagrada Liturgia de sua Igreja fosse inteiramente preservada, e seguiu-a amorosamente até seu último suspiro, sem a menor alteração ou diminuição, como os primeiros apóstolos da Fé Cristã a tinham trazido de Constantinopla para Kiev. Apesar dos preconceitos obliterados oriundos da ignorância e de seu nome ser desprezado agora na Rússia, São Josaphat será logo conhecido, amado e invocado pelos próprios russos.”
(“O Ano Litúrgico de D. Prosper Guéranger”, Tempo depois de Pentecostes, Livro VI. Traduzido da edição em inglês de D. Laurece Shepherd. / Também em: https://bit.ly/3rkrG62 ).
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