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5 min — há 4 anos
Algo vem chamando a atenção: apesar de decorridos quase 60 anos do Concílio Vaticano II – aliás, onde abriram-se as portas da Igreja ao Mundo, seu ‘aggiornamento’ –, algo inesperado vem ocorrendo, um verdadeiro revés ao progressismo, principalmente no que diz respeito a indumentária propria do Clero. Atualmente, temos jovens sacerdotes franceses – este fenômeno não se dá apenas na França – que cada vez mais anseiam por usar a Batina,este é o caso da Comunidade Sacerdotal de São Martinho*, conforme noticiou Infovaticana de 22 de abril de 2021. ¹
Se é verdade que o hábito não faz o monge, como diz um adágio popular, é muito mais indiscutível que um sacerdote imbuído da dignidade de sua vocação, que pede uma postura condizente com a sacralidade da sua pessoa, vê na Batina o seu própio habito; que vem de habitat, morar . Pode se dizer sem dúvida que monge que é monge veste hábito…
Como um simples ato de usar a Batina pode se tornar uma verdadeira Homilia Silenciosa?
Para responder, melhor é recordar um fato que ocorreu na cidade francesa Mantes-la-Jolie, onde o padre Vaugiraud pode experimentar o poder apostólico do uso da Batina; que bem pode fazer as almas!
“Um dia, ao entrar em um bar em frente ao qual já havia passado alguns minutos antes, o dono do bar confessou que sua batina havia causado uma discussão entre os clientes. “Deus entrou na conversa. Falamos muito sobre a caridade e o amor de Cristo. Este pedaço de pano[da Batina], que os franciscanos do Bronx chamam de “homilia silenciosa”, permitiu-me levar o nome de Jesus aos corações…”. ¹
Já para o Padre Raphaël Dubrule, que vive em um bairro de maioria mulçumana, usando sua Batina branca, comenta: “Em um bairro 75% muçulmano, uma presença cristã e religiosa como essa tem um impacto considerável sobre os vizinhos. “Os salafistas [islâmicos] geralmente não chegam muito perto. Costumam dizer que é um espaço cristão, ocupado pelos “homens de branco”. E os franceses, de cultura cristã [protestantes], embora tenham se distanciado da Igreja, reconhecem que são os católicos que usam o hábito. Para eles é como um pequeno raio de esperança ”. ¹
O Padre Lamballe enfatiza:“ que o padre deve beijá-la todas as manhãs antes de vesti-la, para que ela se lembre “quem ela é, para quem vive e quem a está servindo”. Em um nível mais espiritual, “assim como o escapulário nos oferece a proteção da Santíssima Virgem, a batina coloca o sacerdote sob o manto daquele a quem ele pertence primeiro”,¹ conclui o sacerdote.
“No entanto, a volta da batina está longe de ser unânime. Alguns se incomodam com ela e apontam seu caráter ostentoso ou antiquado, senão suas conotações ideológicas, chamando-a de “fundamentalista”. “É tudo ou nada, presume o padre Vaugiraud, mas prefiro arriscar a desaparecer do fórum público. Principalmente porque a tensão vem do clero e, em particular, dos superiores, que a consideram uma vingança contra o Concílio [Vaticano II]. Também há reclamações de alguns setores progressistas, mas nunca costumam vir de quem está longe da Igreja”. ¹
O padre Gastineou lembra que: “quando estava no seminário, era impensável usar roupas de igreja (eram obrigados a usar roupas seculares), embora todos escondessem uma batina no armário. “Nós colocávamos fora do seminário e nos trocávamos (a batina) secretamente. Embora não tenha sido o motivo principal, creio que o assumimos em resposta a uma geração de padres com quem não nos identificamos”, confessa.”. ¹ Afirma o padre Vaugiraud: “A opção pela batina corresponde a uma certa visão do mundo e da Igreja”. ¹ Por aí se vê como é difícil entender a existência de uma “hermenêutica da continuidade”…
Quem não vê que na essência de proibir a Batina aos sacerdotes os germes da “autodemolição da Igreja” (conforme expressão de Paulo VI), que, há mais de 50 anos, vem contaminando os pastores de Cristo, desde o Concílio Vaticano II?
Este revés ao progressismo católico, bem demostra uma graça do Espírito Santo que guarda sua Igreja dos lobos vorazes, no Seu Evangelho nos diz: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; elas jamais hão de perecer, e ninguém as roubará de minha mão.”(São João, 10:27-28).
O Espírito Santo quer restaurar a sacralidade na Igreja Católica que plasmou a Civilização Cristã e, um grande símbolo dela, foi a Tiara Papal.
Esperamos que este vento sacrossanto restaurador impulsione também o retorno – auguramos que seja em um futuro próximo – da Tiara Papal que os Vigários de Cristo portaram!
Fonte:
* = A comunidade sacerdotal de Saint Martin (francesa communauté Saint-Martin ) é um instituto de direito papal . Foi fundada em 1976 pelo padre Jean-François Guérin, sacerdote da Arquidiocese de Tours (França).
¹ = https://infovaticana.com/2021/04/22/clergyman-o-sotana/ (tradução livre)
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