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Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

Lições da História para os que não se contentam com pouco: o Ressurgimento católico e a pseudo-direita nazifascista

Por Nuno Alvares

3 minhá 5 anos — Atualizado em: 1/23/2020, 5:49:06 AM


Professor de História, Diretor do Legionário, Plinio Corrêa de Oliveira viveu os dias anteriores ao nazismo e ao comunismo. Acompanhou de perto, a “evolução” do nazifascismo, com a publicação de mais de 2.300 títulos em que denuncia seus erros doutrinários, sua doutrina neopagã, seus métodos totalitários. Sem dúvida, é ele o mais atuante líder católico ao mesmo tempo anticomunista  e anti nazifascista.

Ele nos dá uma explicação mais profunda do fenômeno das pseudo-direitas que surgiram na Europa– os Cruzados sem Cruz — exatamente na quadra histórica do pleno desenvolvimento da ação dos Católicos na vida cívica.

Os católicos começam a organizar-se e intervir na Vida Pública

Diz o Prof. Plinio: “Dotada pelo Espírito Santo de uma maravilhosa fecundidade, a Igreja Católica, a despeito de todo o trabalho movido contra Ela, reconquistou depois da guerra de 1914 imensa influência nas almas. À luz das ruínas fumegantes do conflito europeu, e sob a impressão sinistra dos movimentos sociais que ameaçavam subverter e consumir o mundo inteiro (bolchevismo), a opinião pública começou a compreender melhor as Encíclicas e ensinamentos da Santa Sé, e o grande fato da pós-guerra foi indiscutivelmente um renascimento religioso verdadeiramente maravilhoso.

“Uma expressão desse renascimento foi o êxito com que, em quase todos os países europeus, os católicos, dóceis ao ensinamento de Leão XIII, começaram, por toda a parte, a intervir na vida cívica, organizando grandes agremiações eleitorais que se apossaram da direção dos negócios públicos, e por toda a parte esmagavam as esquerdas.

“Bruning na Alemanha, Dollfuss na Áustria, o Partido Católico na Bélgica e na Holanda, a Federation Nationale Catolique na França, Gil Robles na Espanha, Dom Sturzo na Itália, servindo-se da liberdade de ação que o regime liberal outorgava indistintamente a bons e maus, conquistaram na vida cívica triunfos assinalados. Um renascimento de influência católica na vida cívica foi a consequência de seu renascimento na vida intelectual.

No Brasil, acrescentamos nós, a fundação da LEC (Liga Eleitoral Católica) que teve papel decisivo na Constituição de 34 com o Nome de Deus na Constituição, Ensino Religioso nas Escolas, Prisões e Quartéis, proibição do divórcio, leis anti socialistas.

Continua o Prof. Plinio: “Posto de um lado o monstro hediondo da revolução social (bolchevismo), e de outro lado a santíssima Cruz do Redentor, a humanidade abandonava cada vez mais a Revolução, e se aproximava cada vez mais da Cruz.

O Demônio muda de tática: surgem os Cruzados sem Cruz, a Pseudo-Direita

“Foi à vista disto (desse ressurgimento católico na vida cívica) que o demônio resolveu fazer-se cruzado. Empunhou a bandeira da reação social. Multiplicou por todos os países os partidos da pseudo-direita, e, intentando o propósito evidentemente temerário e irrealizável de fazer uma cruzada sem cruz, quis promover a reconstrução de uma cristandade sem Igreja, de uma cristandade sem Cristo, de uma cristandade que não seria senão o cadáver da verdadeira e autêntica Cristandade.

“Daí o nazismo de camisa parda, o camisa oliva dos fascistas britânicos etc., etc.

“Em última análise, o que viria a ser o regime instituído por estes partidos (Nazismo, Fascismo etc): uma ditadura tão férrea quanto a comunista, tão sem religião quanto ela, tão igualitária quanto ela. Logo, este anticomunismo era, no fundo, perfeitamente comunista”. https://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG_401006_terceiro_ato3.htm#.Xijzg8hKguU

  • * * *

Fica posto o test: se você gostou desse resumo histórico esteja certo de que seus pulmões suportam o mergulho em mar profundo ou ser alpinista em grandes altitudes.

Sejamos práticos também: você está equipado para fazer bem ao Brasil, à sua Recristianização, à sua Reconstrução longe da “foice e martelo”, longe da pseudo-direita nazifascista. Como afirmou — acertadamente — o nosso Chanceler: nazismo e fascismo são fenômenos de esquerda.

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