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Plinio Corrêa de Oliveira
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Dois bispos fieis ao PCCh no Sínodo da Sinodalidade. Hipóteses

Reflexões sobre a possível transição da III para a IV Revolução na China e a participação dos bispos comunistas no Sínodo.


Dois bispos fieis ao PCCh no Sínodo da Sinodalidade. Hipóteses

Dois bispos chineses fieis ao Partido Comunista

Índice

  1. O histórico não traz bons augúrios

O Partido Comunista chinês autorizou dois bispos fieis ao PCCh a participarem do próximo Sínodo da Sinodalidade, em Roma, outubro.

Para o Sínodo de 2018 também compareceram dois bispos, não porém os fieis ao PCCh. Desta vez, porém, serão bispos da China continental, aquela dirigida ditatorialmente por Xi Jinping.

O histórico não traz bons augúrios

Onde estão os bispos chinese perseguidos por sua fidelidade à Roma. Por que não foi convidado o Cardeal Zen?

Desta vez, inclui os Bispos Yang Yongqiang de Zhouchun, Shandong, e Yao Shun de Jining, Mongólia Interior — ambos fieis ao PCCh.

Os dois são bispos “patrióticos” leais. Yao era o Diretor Espiritual do Seminário Nacional da Igreja Católica Patriótica, controlada pelo governo, quando esta foi claramente separada do Vaticano, na década de 1990, e era então amplamente considerado como o membro chave da Comissão Litúrgica da Igreja Patriótica. Ele se tornou em 2019 o primeiro bispo ordenado após o acordo Vaticano-China de 2018. Quando esse acordo foi assinado, Dom Yang era o vice-presidente da Associação Católica Patriótica Chinesa desde 2016, depois de ter ocupado cargos de liderança na Igreja Patriótica.
BitterWinter

Autorizados pelo PCCh

Como se sabe, essas viagens dependem da autorização do PCCh. Liberdade para viajar não existe em países comunistas. Segundo comenta a notícia “a Yao foi negada permissão para visitar a Mongólia independente da Mongólia Interior Chinesa durante a recente viagem papal à República da Mongólia.

Ou seja, vai aonde o PCCh manda.

Perguntas …

Por que teria o Partido Comunista chinês autorizado esses dois bispos “fieis” a participarem do Sínodo da Sinodalidade?

Ficam aqui algumas perguntas:

  • Os bispos chineses foram consultados e convidados a darem sugestões ao Sínodo, como se fez no Ocidente? Gostaríamos de sabê-lo.
  • Estão os bispos comunistas chineses dispostos a ouvir os seus fieis, estabelecendo as tais consultas “democráticas” ao Povo de Deus? Darão bênçãos às duplas lgbt? Diaconisas? Sacerdócio feminino?
  • Na mentalidade comunista o que signficam as palavras-talismã do Caminho Sinodal: inclusão, aproximação?
  • Farão eles campanhas de esclarecimento, na China comunista, — endossando a doutrina do culto à Mãe-Terra — contra a maior poluidora do Planeta que é dirigida pelo PCCh?
  • Ou será apenas uma participação publicitária, tendo em vista melhorar a imagem da China no cenário mundial — ela que é a maior perseguidora das religiões e opressora dos direitos fundamentais do ser humano?

* * *

Da III para a IV Revolução?

Há uma outra pergunta a se fazer. Como explica o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, em seu livro Revolução e Contra-Revolução, o comunismo não é a meta final do processo revolucionário. Ele representa a IIIa. Revolução, igualdade no plano econômico, ditadura, hipertrofia do estado. Infelizmente, nesse processo de decadência, o Ocidente ex-cristão vai entrando IVa. Revolução tribalista, revolução cultural, agenda global antifamilia, aborto, agenda de gênero. E, perguntamos, como estão essas agendas na China comunista?

A passagem para essa IV Revolução importa na derrocada da IIIa. Aceitará o PCCh a sua própria destruição e a transformação na augestão tribalista?

Não é impossível, entretanto, prever como será a IV Revolução. Essa previsão, os próprios marxistas já a fizeram. "Ela deverá ser a derrocada da ditadura do proletariado em conseqüência de uma nova crise, por força da qual o Estado hipertrofiado será vítima de sua própria hipertrofia. E desaparecerá, dando origem a um estado de coisas cientificista e cooperativista, no qual - dizem os comunistas - o homem terá alcançado um grau de liberdade, de igualdade e de fraternidade até aqui insuspeitável.

Qual o nexo dessa hipótese da passagem da IIIa para a IVa Revolução com o Sínodo da Sinodalidade e a participação de dois bispos comunistas do PCCh?

Muitas notícias têm sido publicadas, em grandes midias mundiais, a respeito da decadência da China, de sua economia em baixa. O sadio equilíbrio entre agricultura, comércio e indústria não existe na China. É um regime perfeitamente artificial com a criação de grandes cidades (industrializadas) e evasão da agricultura. Desde 1949 os chineses não sabem o que é uma eleição livre.

Irão os bispos chineses pregar o marxismo clássico no Sínodo da Sinodalidade? Ou aprenderão lá que o “futuro” está na IVa. Revolução tribalista, na agenda lgbt, no sacerdócio feminino, no culto à Mãe-Terra?

Ou será apenas mais uma estratégia do PCCh de aparentar boa vontade e melhorar sua imagem no Ocidente?

Uma coisa é certa: mais cedo ou mais tarde ruirá o império comunista por força da própria dinâmica da Revolução. Se, antes disso, a Providência divina não cortar o passo aos atuais mentores da revolução mundial, com a conversão da Rússia, a penitência do Ocidente e a realização do Reino do Imaculado Coração de Maria.

Nossa Senhora, imperatriz da China, liberte o quanto antes aquela Nação das garras da IIIa. Revolução, destrone os atuais ditadores e conduza a verdadeira China a realizar seu papel no mundo oriental.

Fonte: Bitter Winter

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León de La Torre

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