Ajude a financiar a Semana de Estudos e Formação Anti-Comunista 2025
5 min — há 8 anos — Atualizado em: 8/30/2017, 6:28:35 PM
Após insistentes provocações nucleares e missilísticas a Coreia do Norte parecia seguir achando que vivia na era de impunidade que a moleza de Barack Obama lhe tinha garantido.
Mas agora, uma frota liderada pelo porta-aviões USS Carl Vinson navega a distância de fogo de suas paupérrimas, mas eriçadas bases militares.
A Agência Central de Notícias de Pyongyang achou “insultante” a manobra escreveu o “Chicago Tribune”.
A presença de navios de guerra americanos na região é costumeira, mas o Secretário de Estado americano Rex Tillerson esclareceu: “Se alguém viola os acordos internacionais, não cumpre seus compromissos, e se transforma numa ameaça para os outros, a um momento dado alguma resposta lhe deve ser dada”, acrescentou o “Chicago Tribune”.
A China logo percebeu que as bravatas do ditador norte-coreano Kim-Jong-un e que seus foguetes contrafacionados e de pontaria não demonstrada de pouco servem. Então decidiu intervir sorrateiramente.
De fato, a China constitui o grande problema por trás do exibicionismo e a arrogância de Pyongyang.
Segundo o jornal chinês “The Epoch Times” editado em Nova Iorque, fontes da mídia sul-coreana falam que 150 mil médicos e pessoal de apoio do Exército da Libertação Popular (ELP) da China foram mobilizados ao longo do rio Yalu, que a separa da Coreia do Norte.
Esta mobilização foi precipitada pela movimentação do grupo naval liderado pelo porta-aviões Carl Vinson, que se encaminhou para a Península Coreana em 8 de abril, mudando seu rumo original.
O presidente estadunidense Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping se encontraram na Flórida entre os dias 6 e 8 de abril. E foi num jantar que o chinês ficou sabendo que o americano tinha ordenado bombardear a Síria, escreveu “The Guardian”.
O recado foi claro. Xi Jinping saiu se dizendo satisfeito com as conversações e comprometido a conduzir a crise nuclear norte-coreana a uma conclusão pacífica.
Mas Xi percebeu logo o que pode acontecer na Coreia. Ele sabe que a China não tem sequer como enfrentar militarmente os EUA. Mas os imensos investimentos ocidentais em seu território são uma arma de chantagem de primeira magnitude.
Pyongyang esbravejou expressando confiança em seu “tremendo músculo militar com força nuclear” para se defender caso os EUA escolham uma opção militar.
A Coreia do Norte, ditadura comunista e um dos regimes mais repressivos do mundo tem graves dificuldades para alimentar basicamente a quem não é do Partido Comunista.
Embora sua infraestrutura industrial e tecnológica seja deplorável, já detonou pelo menos cinco bombas nucleares em subterrâneos e testou foguetes civis e militares que seriam capazes de atingir os EUA.
Num desses testes, a marinha da Coreia do Sul recuperou partes completas dos motores de um míssil que caiu no mar. As peças foram analisadas por especialistas internacionais, noticiou “The Washington Post”.
Esses constataram que muitas partes decisivas, incluindo software e peças vetadas à venda para a Coreia do Norte, haviam sido adquiridas no exterior usando empresas chinesas como intermediários.
O Unha-3 que pôs em órbita o satélite Kwangmyongsong-4 em 7 de fevereiro de 2016, foi o mais poderoso feito pelo regime de Kim Jong Un. Media mais de 30 metros de altura e era capaz de despejar engenhos nucleares em cidades remotas como Washington.
Nos restos do Unha-3 foi recuperado um vasto leque de partes eletrônicas fabricadas em países ocidentais e encaminhadas para a Coreia do Norte pela própria China.
A contrafação não impediu que explodisse logo após a ignição o foguete agendado para partir durante as espalhafatosas manifestações militares pelo aniversário do ditador Kim-Jong-un
A Coreia do Norte “é um regime imprevisível e agora tem capacidade nuclear”, disse o assessor de segurança nacional Tenente-General H.R. McMaster no Fox News Sunday.
“E o presidente Xi e o presidente Trump concordaram que isso é inaceitável, que o que deve acontecer é a denuclearização da Península Coreana”.
Em 10 de abril, o presidente Trump indicou numa mensagem de Twitter: “eu expliquei ao presidente da China que um acordo comercial com os EUA será muito melhor para eles se eles resolverem o problema da Coreia do Norte!”
E acrescentou: “a Coreia do Norte está à procura de problemas. Se a China decidir ajudar, isso seria ótimo, se não, resolveremos o problema sem eles!”
A Coreia do Norte com as costas esquentadas pela China não arreda e anuncia mais uma explosão nuclear em seu campo de testes nucleares subterrâneos de Punggye-ri, área montanhosa no nordeste do país.
Atividade inusual, inclusive um visita do jato privado do ditador, foi fotografada por satélite, segundo “The Washington Post”.
Concomitantemente, os EUA lançaram sua mais potente bomba não-nuclear sobre um conjunto de túneis e covas do Estado Islâmico em Achin, província de Nangarhar, Afeganistão, perto da fronteira com o Paquistão.
Foi a primeira vez que os EUA usou em conflito a bomba GBU-43 MOAB (Massive Ordenance Air Blast) conhecida como a “mãe de todas as bombas” pelas suas 11 toneladas de explosivos.
Nos mesmos dias a imprensa americana revelou que na hora do presidente Trump comunicar o bombardeio da Síria ao presidente Xi Jinping, com quem jantava a sobremesa.
Trump também comentou, aliás pouco polidamente: “Acredito que faremos muita pressão sobre a Rússia para que garantir que teremos paz, porque francamente se a Rússia não tivesse apoiado esse animal (o ditador da Síria), agora nós não teríamos problema”, segundo o “The New York Times”.
Já aconteceu na Síria… O que pode acontecer na Coreia do Norte e no mundo?
Seja o primeiro a comentar!