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8 min — há 5 anos — Atualizado em: 5/1/2020, 9:14:54 PM
O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira publicou no dia 26 de abril p.p. um manifesto sobre o plano maquiavélico da Revolução a ser implantado no mundo após a pandemia do vírus chinês. O estudo intitulado “A maior operação de engenharia social e de baldeação ideológica da História” está ancorado em quase uma centena de documentos publicados na imprensa nacional e internacional. O dossiê pode ser baixado no próprio site.
Já em seu primeiro parágrafo, o documento sintetiza as consequências psicológicas do medo provocado em todo o mundo a propósito dessa pandemia: “Se o Guinness Book of Records abrisse uma competição para inscrever a atitude mais insensata de uma pessoa, o galardão recairia provavelmente sobre aquele que se suicidasse por medo de morrer.” Tal medo foi provocado por projeções apocalípticas de estudos matemáticos baseados em dados não confiáveis a respeito do Covid-19.
A respeito de tais estudos matemáticos, o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, em seu primeiro discurso, comentou: “Se pegar, por exemplo, o número que mais assustou, o do Imperial College, em que 1,15 milhão de pessoas morreriam no Brasil, mas com algum tipo de cuidado específico, cairia para 44 mil. Isso é impossível: não tem medida que caia de 1,15 milhão para 44 mil. Se você gera números muito alarmantes, e começa a tratar o que é um modelo matemático, que é só um exercício matemático, você piora ainda mais o medo e a expectativa da sociedade” (https://noticias.r7.com/saude/teich-critica-previsoes-matematicas-da-covid-19-pioram-o-medo-22042020?amp&utm_source=taboola)
Por outro lado, as drásticas medidas de confinamento “horizontal” da população, que vêm sendo adotadas em alguns países para conter a epidemia, trouxeram consequências terríveis na economia em todo o mundo.
Uma dessas consequências é o “aumento de mortes pela fome nos países pobres será muito maior que o das vítimas da Covid-19”, comenta o estudo.“Nestes primeiros meses de 2020 já morreram de fome mais de 3,42 milhões de pessoas, numa média diária de 30.800 falecidos. Ou seja, quase cinco vezes mais do que o número de falecidos pela Covid-19 no 5 de abril, dia que registrou o maior índice mundial de fatalidades (6.367 vítimas).
“Numa sequência de medidas desastrosas, a OMS, em nome das “medidas preventivas de distanciamento”, sacrifica as crianças dos países pobres: No dia 26 de março, a Organização Mundial da Saúde publicou um documento intitulado ‘Princípios diretores para as atividades de imunização durante a pandemia da Covid-191, no qual se afirma que, em vista das medidas preventivas de distanciamento físico, ‘recomenda-se suspender temporariamente a realização de campanhas de vacinação em massa, devido ao aumento do risco de promover a circulação [de pessoas] na comunidade’.
“Concorda conosco o leitor, à vista desses dados, que o mundo contemporâneo – graças à irresponsabilidade da OMS, de seus líderes políticos e de sua mídia, que criaram o pânico – está se suicidando por medo de morrer de Covid-19? Isso é tão óbvio, que uma pergunta surge espontaneamente: Quem se beneficia com esse suicídio coletivo da nossa sociedade contemporânea?” – indaga o manifesto do IPCO.
Os quatro principais beneficiários desse suicídio:
“Alguns impacientes querem precipitar essa mudança revolucionária pela via violenta. Em artigo no jornal L’Opinion, o deputado Guillaume Larrivée, do partido Les Républicains (centro-direita, do ex-presidente Sarkozy), especula que na França “a brutalidade da deflagração econômica e financeira alimentaria uma revolta social, com base num terreno fértil de preocupações e reivindicações já muito vivas (como o demonstraram nos últimos dois anos os ‘coletes amarelos’ e a contestação à reforma das aposentadorias), reavivando as feridas da luta de classes e de gerações, assim como as fraturas territoriais do ‘arquipélago francês’, até acender os braseiros do motim”. E o parlamentar francês conclui, sublinhando em negrito: ‘Eu o escrevo sem exagero: a França estaria, então, em marcha rumo à guerra civil’.
“Na realidade os distúrbios já começaram: “Le Havre, Évreux, Bordeaux, Villiers-sur-Marne, Mantes-la-Jolie, Chanteloup-les-Vignes, Villeneuve-la-Garenne, La Courneuve, Trappes, Grigny… É a lista não exaustiva dos episódios de violência urbana registrados entre os dias 12 e 19 de abril” – informa Le Figaro.
“Os distúrbios servirão de argumento para acelerar os programas de socialização da economia por via legal. Em todo caso, as três correntes acima – dos verdes, dos globalistas e da ultraesquerda – são unânimes em afirmar peremptoriamente que “nada voltará a ser como antes” – comenta o manifesto do IPCO.
Em uma palestra divulgada pela Internet, o historiador Roberto de Mattei lembrou que o contágio, além de físico, pode ser um fenômeno psicológico, e recordou a figura de Gustave Le Bon, autor do livro A Psicologia das massas: ‘A moderna teoria do contágio social’, inspirada em Le Bon, explica como, protegido no anonimato da massa, até o indivíduo mais pacífico pode se tornar agressivo, agindo por imitação ou sugestão. O pânico é um daqueles sentimentos transmitidos por contágio social, como aconteceu durante a Revolução Francesa no período chamado de ‘Grande Peur’ – grande medo”.
As autoridades religiosas contribuíram, de um modo especial, para espalhar o pânico e se adiantaram às autoridades políticas. “O pior exemplo possível foi o do Vigário de Roma, centro do catolicismo: após consultar o Papa Francisco, ele mandou fechar as igrejas: ‘O acesso às igrejas paroquiais e não paroquiais da Diocese de Roma abertas ao público, e aos edifícios de culto de qualquer gênero abertos ao público, ficam interditados a todos os fiéis’ – decretou o cardeal Angelo De Donatis, devendo dar marcha à ré dois dias mais tarde, em face da indignação dos fiéis. Entretanto, a privação dos sacramentos e da consolação espiritual proporcionada pela oração no ambiente interno de uma igreja não podia senão aumentar a angústia diante da epidemia; e, indiretamente, induzir ao pânico.”
Contrariamente ao que tem acontecido no Brasil, e em algumas regiões dos Estados Unidos, onde a população tem saído às ruas para protestar contra o confinamento, o que o pânico tem conseguido na Europa até o momento é uma atitude submissa das populações diante das severas restrições à liberdade de movimento impostas pelas autoridades.
Por meio do pânico e das medidas de confinamento – cujo resultado é discutível –, alguns governos que estavam com a popularidade baixa passaram a ser mais bem avaliados. Tal fenômeno é parecido com a Síndrome de Estocolmo pela qual a vítima de um sequestro desenvolve uma relação de cumplicidade e forte vínculo afetivo com seu captor. Houve, portanto, uma manobra psicológica para essa mudança de opinião.
No livro Baldeação Ideológica Inadvertida e Diálogo, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira analisou um dos estratagemas comunistas para conquistar a opinião mundial (Catolicismo, outubro-novembro de 1965, n° 178-179) ao descrever o processo pelo qual é possível predispor favoravelmente, e transformar em inocentes-úteis, pessoas refratárias à pregação comunista explícita. E o método consiste em agir nas mentalidades de modo implícito, sem que os pacientes percebam que estão sofrendo uma ação psicológica.
O manifesto “explica que esse processo pressupõe encontrar um ponto de forte impressionabilidade. Por exemplo, ‘uma desgraça presente, como a fome ou a doença.’ Paralelamente é preciso encontrar um ponto de apatia, simétrico ao anterior. No caso atual, vemos o paradoxo de muitos considerarem valor supremo da sociedade a vida dos idosos ameaçados pelo vírus; mas, até pouco tempo atrás, esses mesmos pleiteavam o direito dos idosos à eutanásia.
“Agora, ainda defendem um abrandamento das leis para que as mulheres confinadas possam abortar em casa ou fora do prazo. Outro exemplo de ponto de apatia é a insensibilidade ante o fato de que, se contra a fome ou a doença (aqui consideradas como males sociais) se deve fazer absolutamente tudo quanto é possível, de nenhum modo se deve tentar o impossível, o utópico; pois, a prazo mais ou menos curto, isto só agravaria esses mesmos males que se quer debelar.
“Eis algumas expressões assim manipuladas atualmente, dotadas dessa forte carga emocional, e repetidas até o cansaço pela mídia: “responsabilidade compartilhada”, “solidariedade global”, “respostas cooperativas”, “estratégia mundial”, “proteção inclusiva”, “salário universal”, “conversão ecológica”, “casa comum”, “pátria grande” etc.
“Presas pelo fascínio da ‘palavra-talismã’, as pessoas vão ‘aceitando sem mais, como ideais supremos e ardentemente professados, os significados sucessivamente mais radicais que ela vai assumindo’. O autor exemplifica com a palavra ‘diálogo’, amplamente instrumentalizada por setores do clero católico favoráveis a capitulações da Igreja diante dos erros do mundo moderno. Ontem o comunismo; hoje a ecologia radical, os planos de uma governança mundial inteiramente laica e o ‘outro mundo possível’ da esquerda radical.”
Dentro desse processo de baldeação ideológica para esse “mundo novo”, o apoio religioso tem um papel preponderante. “É possível – diz o manifesto – que, na atual conjuntura caracterizada pelo pânico, essa manobra venha a ter mais sucesso. Em tal caso, ainda que de modo passageiro, uma “nova ordem mundial” ecológica e socialista (centralizadora ou autogestionária) poderia ser imposta à humanidade com as bênçãos do Vaticano.”
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O manifesto demonstra, com farta documentação, esse apoio religioso. Para não alongarmos mais, não o descrevemos aqui. Aconselhamos o leitor que o leia na integra no site do IPCO. O documento termina com um alerta sobre a possibilidade de um castigo Divino caso essa “nova ordem” seja implantada no mundo. Como consequência, teríamos o cumprimento da promessa de Nossa Senhora em Fátima: Por fim o meu Imaculado Coração triunfará!
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