Portal do IPCO
Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação
Logo do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
Instituto

Plinio Corrêa de Oliveira

Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

PNDH-3, um chavismo sem Chavez

Por Leo Daniele

4 minhá 12 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:29:30 PM


O PNDH-3 (Terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos) é um plano radical de transformação socialista e chavista do Brasil. Escrito e publicado pelos que tentam ‒ esperemos que em vão ‒ torná-lo realidade, dado a público em fins de 2009, e aprovado enquanto plano pelo então presidente Lula da Silva, ele é uma ofensiva radical do igualitarismo.

Será executado parte por parte, gradativamente, sem que aqueles que não têm muito boa memória, perdidos nos detalhes, possam ter ideia de que é um plano, o que pode assustar. Porém, se olharmos em torno de nós, vamos encontrar um potente início de execução dele: novos códigos, projetos de lei, decretos, medidas provisórias, regulamentos, campanhas etc.. Mas é só o começo.

Os objetivos que os autores têm em vista com o plano são claros: “formação de nova mentalidade coletiva” (do PNDH-3), para em consequência mudar tudo. E explica, numa visão de conjunto chocante, cheia de pormenores, no que consiste essa mudança de mentalidade, da qual se conclui que, se o conteúdo do livreto acabar de ir à prática, resultará, não no Brasil que conhecemos, mas num País diferente, muito pior: soviético.

Vale bem a pena reler o livreto original contendo o plano. Oferecemos ao leitor, através de algumas amostras, uma rápida ideia de conjunto dele.

Moralidade pública: “desconstrução da heteronormatividade”, isto é, negação do princípio de que o casamento é de um homem com uma mulher. A cartilha  promove a “união civil” entre pessoas do mesmo sexo. Reconhece e inclui nos sistemas de informação do serviço público todas as “configurações familiares (sic)” constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). Desenvolve meios para garantir o uso do nome social de travestis e transexuais. Combate à homofobia, ou seja, a resistência ao homossexualismo, ainda que seja apenas por palavras. Procura “desconstruir os estereótipos relativos às profissionais do sexo”, ou seja, apagar a vergonha das prostitutas. E, é claro, facilita o aborto.

Segurança pública: “criação […] de ouvidorias de polícia autônomas e independentes, comandadas por ouvidores com mandato e escolhidos com participação da sociedade civil, como direito humano fundamental, rompendo com o passado de identificação entre ação policial e violação de direitos”.  Isto é uma ofensa pesada. Desenvolve normas de conduta e fiscalização dos serviços de segurança privados que atuam na área rural, o que facilitará as invasões no campo. Desenvolve campanhas de informação sobre o “adolescente em conflito com a lei” (“trombadinhas” e outros).

Judiciário: defende a implementação do “Observatório da Justiça Brasileira” (para julgar os juízes?), e a criação de “instrumentos coletivos de resolução de conflitos”. Pleiteia a redução de recursos e a “desjudicialização” dos conflitos. Estimula e amplia experiências voltadas para a solução de processos por meio da “mediação comunitária”  (Do Prefácio assinado pelo Ministro Vanucchi). Vão, pois, tentar substituir a ação dos juízes pela “mediação comunitária”!

Sovietização: os sovietes eram inicialmente conselhos de trabalhadores, mas depois passaram a “discutir não só salários e condições de trabalho, mas todas as questões relativas à sociedade em geral” (A. Pannekoek, o mais importantte teórico dos sovietes). Eles são apresentados pelo PNDH-3 como conselhos populares, “instrumentos coletivos de resolução de conflitos”, etc. A todo momento o PNDH-3 usa expressões equivalentes a estas. Parecem autônomos e independentes, cada um diferente dos demais. (Lênin). Já aconteceu na História: na Rússia, onde os sovietes foram criados em 1905, somente foram implantados como força dominante muitos anos depois. Houve sovietes também na Espanha (1936 – 1939), em Portugal (1974),  no Curdistão em 1994, em Cuba e em várias outras oportunidades. O MST, no campo agrário, já é considerado uma tentativa de criar um poder paralelo, que escapa às leis. Mas poderá chegar o momento em que alguém brade, como aconteceu na Rússia, “todo poder aos sovietes”.

E por aí vai o documento, que tem quase 80 páginas desse gênero. Estes são apenas alguns itens.

Deixei o pior para o fim. Como vimos, o PNDH-3 visa a “formação de nova mentalidade coletiva”. Ora, ter uma mentalidade esquerdista é muito pior que ter ideias esquerdistas. Como assim? Os icebergs, como se sabe, têm uma parte submersa muito maior que a que se vê sobre as águas do mar. Dr. Plínio compara as ideias esquerdistas com a parte visível da imensa rocha de gelo, e a mentalidade esquerdista com a parte ‒ ainda maior ‒ que fica submersa.

A mentalidade é o reflexo da doutrina em toda a personalidade da pessoa, inclusive no seletivo. Segundo as ideias que tem, o indivíduo seleciona suas preferências, suas fobias, assimila, rejeita, se reforma, se transforma, se conforma ou se deforma”. Por isso, o que querem os habilíssimos e ladinos socialistas é a mudança das mentalidades, com o que suas ideias poderão caminhar sem dificuldades. É a meta última do PNDH-3. Conseguindo isto, terão obtido tudo.

Detalhes do artigo

Autor

Leo Daniele

Leo Daniele

201 artigos

Categorias

Tags

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Tenha certeza de nunca perder um conteúdo importante!

Artigos relacionados