Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 13 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:31:27 PM
Paul Trân Minh Nhât, jovem estudante vietnamita, encontra-se em alguma masmorra do mundo comunista. Provavelmente ferido pelo efeito dos maus tratos, em especial psicológicos, que são próprios a estes Neros de nossa época.
Qual seu crime?
Seu “compromisso em atividades militantes relacionadas à educação cristã recebida dos seus pais”.
Tran, na véspera de sua prisão, escreveu uma longa carta que parece ser de despedida onde mostra que já esperava uma intervenção da polícia que o seguia e controlava seus movimentos há algum tempo e termina agradecendo a seus pais pela fé que recebeu dos mesmos.
Em 27 de agosto último, ele terminava seus estudos. No final da sua última prova, quando saia da sala, quatro agentes de segurança uniformizados o acompanharam até a porta da universidade e o obrigaram a entrar em um carro que o esperava. Desde este dia, sua família não recebeu nenhuma notificação de detenção.
Mil considerações gostaria de fazer a propósito deste episódio. Desde a indiferença do mundo para com Tran, até o farisaísmo daqueles radicais que vivem gritando em defesa dos tais direitos do homem, declaração nascida do espírito nefasto da malfadada Revolução Francesa.
Mas prefiro abordar o assunto sob outro aspecto.
Acompanhei durante bom tempo um determinado apostolado onde os participantes, que eram rotativos, escreviam as intenções de pedidos de orações.
No total a maior parte destas intenções tinha um denominador comum, “para que meu marido consiga logo um novo emprego”, “para que minha filha arranje um bom noivo”, “para que eu seja curado de …..”, e por ai seguia…
Muito raramente apareciam intenções como, “para que Deus Nosso Senhor converta o mundo atual”, “em desagravo ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria pelos pecados cometidos nos dias de hoje”, “Pelo triunfo do Reino de Deus nos corações” etc, etc.
Quem sou eu para condenar o pedido por uma intenção pessoal dentro de tantas aflições em que passamos no momento presente. O que me impressiona é o egocentrismo predominante no geral do homem contemporâneo.
Em plena Idade Média, ao saber do sofrimento dos peregrinos católicos na Terra Santa o Bem Aventurado Papa Urbano II convocou uma Cruzada, aliás tão caluniada e execrada nestes séculos de impiedade – tal seria se não fosse assim… “me diga quem criticas que eu te direi quem tu és”. Participaram desta cruzada Santos, reis, pessoas de alta condição pessoal e porque não, com muito entusiasmo o “petit peuple de Dieu”.
Tran e todos aqueles que passam por sofrimentos indizíveis, porque exerceram o dom que receberam no santo Crisma, a Fortaleza, bem que mereciam uma Santa Cruzada de orações, de manifestações, de preocupações indignadas daqueles que se honram de serem chamados CRISTÃOS.
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